O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou ontem (04/03) que a apreciação da medida provisória (MP) que aumenta margem do crédito consignado e do projeto de lei do novo marco regulatório do setor de óleo e gás ficará para a próxima terça-feira (09/03).
De acordo com Ramos, a necessidade de ajustes na MP que aumenta a margem de consignado para aposentados durante a pandemia fez com que a votação do texto para a semana que vem. A MP tranca a pauta e impede que parlamentares iniciem a discussão da chamada lei do gás. As informações são do Valor Econômico.
Nível dos reservatórios perigosamente baixos
Em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo, o jornalista Celso Ming analisa a situação dos reservatórios de água das hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste. Ele vê como uma “ameaça à economia” os baixos níveis dos reservatórios, “que não foram recompostos nesta temporada de chuvas, que já está em seu final”.
Desde setembro de 2020, os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, responsável pela geração de cerca de 70% da energia consumida no País, operam com armazenamento médio próximo ou abaixo dos 30% de sua capacidade.
Celso Ming ressalta está afastada a ameaça maior, a de que sobrevenha um apagão de energia elétrica, como o que houve em 2001. Ele explica que desde então, o Brasil conseguiu desenvolver um sistema de compensação entre as várias fontes de energia elétrica, de maneira a suprir crises de oferta e dar mais segurança ao fornecimento.
No entanto, explica o jornalista, como as usinas termoelétricas são acionadas a gás ou a derivados de petróleo, cujas cotações em escalada já sobem mais de 20% somente neste ano, serão inevitáveis novos aumentos das tarifas de energia elétrica, fator que deverá pressionar os preços no atacado e, também, o custo de vida (inflação).
Gasmig congela preço do GNV por 90 dias em MG
A Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) anunciou que congelou, a partir de segunda-feira (01/03), durante 90 dias, o preço do gás natural veicular (GNV). De acordo com a empresa, a iniciativa, além de beneficiar os consumidores, estimula motoristas que enfrentam aumentos dos combustíveis a utilizar uma opção mais barata.
Atualmente, em Belo Horizonte, circulam cerca de 30 mil veículos com GNV que, segundo a Gasmig, demonstra a mudança de comportamento dos motoristas que procuram uma opção por um combustível que não afete o orçamento e que tenha um preço menor. (portal G1)
PANORAMA DA MÍDIA
A expansão da pandemia de covid-19 no Brasil e comentários feitos ontem (04/03) pelo presidente Jair Bolsonaro a esse respeito são o principal destaque na edição de hoje dos jornais de circulação nacional.
O Valor Econômico informa que a cúpula do Ministério da Saúde prevê que o Brasil irá atravessar nas próximas duas semanas o pior momento da pandemia. O Valor apurou que, no entorno do ministro Eduardo Pazuello, a expectativa é que haja uma explosão de casos e mortes no período, com os óbitos ultrapassando a barreira dos 3.000 por dia.
O diagnóstico decorre de uma tempestade perfeita: o alastramento do vírus em todo o país, impulsionado pelas aglomerações no fim do ano e no Carnaval; a dificuldade da população de manter-se em isolamento social; a circulação no país de novas variantes mais contagiosas e com grande carga viral; a iminência de um colapso do sistema hospitalar em diversos estados ao mesmo tempo; e a falta de vacinas disponíveis para imunizar os brasileiros.
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A quantidade de pessoas que morreram em 24 horas em decorrência da ccovid-19 foi de 1.786, de acordo com dados divulgados pelo consórcio de veículos de comunicação, informa o jornal O Estado de S. Paulo. É a segunda maior marca diária, só atrás do dado de anteontem (03/03), que ficou em 1.840. Com esse número, o país chega a um total de 261.188 óbitos. E os dados do consórcio mostram ainda que o Brasil registrou 74.285 novos casos da doença em 24 horas, chegando a um total de 10.796.506 diagnósticos confirmados.
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar ontem (04/03) as medidas de isolamento social no pais e disse que os problemas precisam ser enfrentados pela população, destaca a Folha de S. Paulo.
“Nós temos que enfrentar os nossos problemas, chega de frescura e de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos de enfrentar os problemas. Respeitar, obviamente, os mais idosos, aqueles que têm doenças, comorbidades, mas onde vai parar o Brasil se nós pararmos?”, questionou o presidente em evento realizado em São Simão (GO).
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Diante de números crescentes da pandemia no país, governadores se disseram “no limite de suas forças e possibilidade” de conter o vírus e voltaram a pressionar o governo federal por mais vacinas, informa o jornal O Globo.
Dirigentes de 14 estados encaminharam ontem (04/03) ao presidente Jair Bolsonaro uma carta em que pedem “imediata adoção de providências” para compra de vacinas contra a covid-19 junto a outros países e entidades internacionais, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), citando ainda como uma das preocupações a circulação da nova variante do coronavírus.
No texto, os chefes dos executivos estaduais afirmam também que as medidas que tomaram para tentar conter o avanço da doença estão próximas do “exaurimento” e que a pandemia “seguirá ceifando vidas, ameaçando, desafiando e entristecendo todos nós”. Nesse sentido, concluem, “a vacinação em massa, com a maior brevidade possível, é a alternativa que se afigura como a mais recomendável”.