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Câmara deve avaliar projeto sobre mercado livre de energia após primeiro turno das eleições – Edição da Manhã

Reportagem do portal de notícias UOL destaca que a pauta de energia deve continuar dominando a Câmara dos Deputados após o primeiro turno das eleições. Além da análise do marco legal da energia eólica e solar em alto-mar, a Casa pode finalizar a votação do PL 414/2021, o novo marco do setor elétrico.

O texto prevê o acesso gradual ao mercado livre de energia elétrica para todos os consumidores brasileiros, inclusive para os de baixa tensão (pequenos negócios e residências), que hoje só têm acesso ao mercado regulado. A reportagem explica que o projeto já foi aprovado no Senado (PLS 232/2016) em fevereiro de 2021. Na Câmara, o texto está na Comissão Especial, presidida pelo deputado Cacá Leão (PP-BA), com relatoria de Fernando Coelho Filho (UB-PE).

Ainda de acordo com a reportagem do portal UOL, o que atrasou a tramitação foi a movimentação nos bastidores para a inclusão de uma emenda (proposta de inclusão / alteração destinando R$ 100 bilhões do pré-sal (que iriam para o Tesouro), para a construção de gasodutos. Embora esse item tenha sido retirado, há outras 104 emendas ao texto original na comissão especial que ainda serão discutidas.

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Engie vende termelétrica e sai de carvão no Brasil

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O Valor Econômico informa que a Engie Brasil Energia vendeu sua última usina, a termelétrica Pampa Sul, por R$ 2,2 bilhões, e saiu do carvão no país. O objetivo, de acordo com a reportagem, é pavimentar o processo de descarbonização do seu portfólio de geração de energia. O negócio foi fechado com os fundos de investimento em participações Grafito e Perfin Space X, geridos pelas empresas Starboard e Perfin.

Desde 2016, com a decisão de sair de combustíveis fósseis, a empresa se desfez de quatro térmicas. Localizada em Candiota (RS), a térmica de 345 megawatts (MW) pode gerar energia suficiente para atender cerca de 1,3 milhão de pessoas. O diretor-presidente da empresa, Eduardo Sattamini, diz que o objetivo é que o capital seja aplicado em aumento de capacidade eólica e solar e transmissão de energia.

Sucesso econômico do país depende do meio ambiente, segundo Convergência pelo Brasil

Sem sustentabilidade ambiental e combate ao aquecimento global não há sucesso econômico e social, alertam 12 ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central de diferentes governos, em documento obtido com exclusividade pelo jornal O Globo e que será lançado hoje (16/09) pelo movimento Convergência pelo Brasil.

A carta com sugestões aos presidenciáveis condensa em quatro propostas os caminhos que o país tem de seguir para se tornar uma economia de carbono zero na energia, mobilidade, indústria e agricultura. Os signatários afirmam no documento que “o Brasil tem a capacidade técnica e os recursos naturais para ser vitorioso no novo ambiente econômico mundial pautado pela necessidade de evitar o aquecimento global e alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável sufragados por grande número de países”.

Os signatários do documento listam as condições indispensáveis na agenda brasileira de sustentabilidade: zerar o desmatamento da Amazônia; aproveitar as vantagens comparativas, “avançando para economia de carbono zero”; aumentar a capacidade do país para enfrentar os impactos do aquecimento global; e impulsionar a pesquisa e a inovação para explorar a “floresta em pé”, a bioeconomia.

Diretor de renováveis vai assumir comando da Shell

Ben van Beurden, presidente-executivo da Shell, vai deixar o cargo após quase uma década no posto. Wael Sawan, diretor de gás e energias renováveis, foi nomeado para substituí-lo. O anúncio foi feito ontem (15/09). Sawan, que assumirá no fim do ano, herda uma empresa que está gerando lucros recordes, mas ainda enfrenta grandes dúvidas sobre a força e o ritmo de sua estratégia para reduzir as emissões à medida que ela muda dos hidrocarbonetos para formais mais limpas de energia. (Valor Econômico – com informações do jornal britânico Financial Times)

Presidente da Petrobras é diagnostica com câncer e inicia tratamento

O presidente da Petrobras, Caio Mário Paes de Andrade, teve detectado um carcinoma (um tipo de câncer) na cabeça e no pescoço e começou tratamento para a doença. A informação, publicada pelo site Metrópoles, foi confirmada ao Valor Econômico por uma fonte próxima ao executivo e por pessoas ligadas à empresa.

Segundo a fonte próxima de Paes de Andrade, não há inicialmente a previsão de que o executivo se afaste do posto para o tratamento. Ele fará sessões de quimioterapia e radioterapia e está sob o acompanhamento da equipe do médico Fernando Maluf, do Hospital Albert Einstein. A assessoria de imprensa da Petrobras confirmou que o executivo está começando o tratamento de saúde e acrescentou que ele continua trabalhando e despachando normalmente.

PANORAMA DA MÍDIA

O resultado na última pesquisa de intenções de votos do instituto Datafolha é o principal destaque da edição desta sexta-feira (16/09) dos jornais Folha de S. Paulo e O Globo. De acordo com a pesquisa, a disputa segue estável com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sustentando uma vantagem de 12 pontos sobre Jair Bolsonaro (PL). O petista tem os mesmos 45% das intenções de voto marcados há uma semana, e o atual presidente oscilou negativamente de 34% para 33%. Em terceiro lugar, empatados tecnicamente, vêm Ciro Gomes (PDT), com 8%, e Simone Tebet (MDB), com 5%. A nova pesquisa do Datafolha foi realizada de terça (13/09) a quinta-feira (15/09).

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O Valor Econômico informa que a arrecadação do ICMS dos 26 estados e Distrito Federal teve queda real de 8,4% em agosto, em relação a igual período do ano passado, somando R$ 57,57 bilhões. A queda reflete a desaceleração da economia, mas também a redução das alíquotas do imposto para combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transportes a partir de junho. Dos 27 entes federativos, 22 viram suas receitas caírem em termos reais nessa comparação.

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Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostra que, com a verba federal sem reajuste desde 2017 e a inflação dos alimentos, relatos de racionamento e cortes de merenda escolar se multiplicam pelo Brasil. Alunos que tiveram a mão comparada para não repetir o prato, ovo dividido para quatro crianças e corte de itens básicos, como arroz e carne, estão entre as queixas. Em agosto, o governo federal vetou o reajuste, com correção pela inflação, aprovado pelo Congresso. A justificativa foi que isso poderia drenar verbas de outros programas e estourar o teto de gastos. Não há reajuste previsto no Projeto de Lei Orçamentária para 2023.