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Câmara retira “jabuti” que podia pesar R$ 24 bilhões na conta de luz e aprova combustível do futuro – Edição do dia

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Plenário da Câmara / Crédito: Pablo Valadares
Plenário da Câmara / Crédito: Pablo Valadares

A Câmara dos Deputados aprovou ontem (11/9) o projeto dos biocombustíveis, apelidado de combustível do futuro, e retirou do texto o jabuti que podia impactar a conta de luz em R$ 24 bilhões na conta de luz até 2045. O dispositivo previa a prorrogação de um subsídio para energia solar de 12 meses (como é atualmente) para 30 meses. Jabuti é o termo usado para designar uma proposta colocada dentro de um projeto de lei que não tem a ver com a sua temática original.

O projeto dos biocombustíveis, chamado também de PL do combustível do futuro, cria programas nacionais para descarbonização do diesel, do combustível de aviação e do gás natural. O projeto demanda, ainda, que seja estipulada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) uma taxa de mistura de diesel verde no diesel comum. Este percentual deve ser de 13% a 25%.

A proposta também determina que a mistura de etanol à gasolina deve ser de 27%, com variação entre 22% e 35% —atualmente esse escopo está entre 18% e 27,5%. O texto vai à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). (Folha de S. Paulo)

Indefinição de leilão de segurança energética pode onerar consumidor

A indefinição do Ministério de Minas e Energia (MME) sobre as regras e o cronograma do leilão de segurança energética (reserva de capacidade) tem deixado empresas em compasso de espera e pode fazer com que o setor tenha que adotar medidas que onerem ainda mais os consumidores, de acordo com reportagem do Valor Econômico.

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Esse tipo de leilão tem como objetivo a expansão da oferta de energia e de ao Sistema Interligado Nacional (SIN) com confiabilidade e segurança, mesmo em períodos críticos. Grandes companhias como Petrobras, Eletrobras, Eneva, Copel, Auren e Spic, entre outras, já manifestaram interesse no certame, mas precisam das regras para definir as participações.

Amazônia torna-se o maior emissor de gases de efeito estufa do planeta

Em meio ao cenário de seca extrema e queimadas no Norte do país, dados do Copernicus, o programa de observação da Terra da União Europeia, indicam que o sudoeste da Amazônia foi a região que mais emitiu gases de efeito estufa no planeta nos últimos cinco dias, segundo Lucas Ferrante, doutor em biologia e pesquisador da USP e da Universidade Federal do Amazonas.

Reportagem do jornal O Globo explica que a conclusão é baseada no volume de aerossóis e de monóxido de carbono captado nessa área de emissão. Esses gases são associados aos que causam o efeito estufa na atmosfera, como o dióxido de carbono, que também é liberado nos incêndios.

Pelo menos 12 grandes rios brasileiros estão secando, aponta estudo

O jornal O Globo informa que um levantamento do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), mostra que os maiores rios do país estão secando. A seca atual atinge 55% do território nacional e é a mais extensa já registrada, atingindo 4,6 milhões de km².

Por satélite, o laboratório detectou redução na vazão de rios, lagos e reservatórios das regiões Centro Oeste, Sudeste e da Amazônia. Pelo menos 12 grandes rios já são afetados. Na lista de maior redução no volume de águas estão os rios Manso, Paranaíba e Jequitinhonha, em Minas Gerais; Tocantins, entre os estados de Tocantins e Maranhão; e o Rio Paraná, no trecho entre São Paulo e Mato Grosso do Sul.

“Estou apavorado. Ninguém previa isso; é muito rápido”, diz Carlos Nobre sobre crise climática

Referência internacional em estudos sobre aquecimento global, o climatologista Carlos Nobre está apavorado. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele conta que a crise climática explodiu um pouco antes do que os próprios cientistas previam. Tudo indica que 2024 deve bater mais um recorde de temperatura.

As ondas de calor e as secas intensas assolam o planeta. O Brasil arde em chamas – já são mais de 5 mil focos de incêndio em todo o país. Se em maio o Rio Grande do Sul ficou quase inteiro debaixo da água, em setembro São Paulo sufoca sob uma espessa camada de poluição.

Seca causa apreensão com armazenamento de usinas hidrelétricas

O nível de armazenamento das hidrelétricas do país tem apresentado quedas expressivas nos últimos meses devido à pior seca da série histórica, que considera os últimos 94 anos. Reportagem do Valor Econômico ressalta que o problema assola a maior parte do Brasil e cria apreensão para o risco de nova crise energética, similar a que ocorreu em 2021. Embora não seja considerado alarmante, o qua dro pode se agravar caso não se confirme a perspectiva de chuvas fartas a partir do fim de novembro, quando começa o “período úmido”.

Entre o segundo semestre de 2023 e a primeira metade deste ano, o país esteve sob efeito do fenômeno climático El Niño, responsável pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico, que causa seca na maior parte do país e chuvas mais fortes no Sul. A partir de maio, segundo explicou Marcely Sondermann, meteorologista do Climatempo, o país entrou num período de neutralidade, com perspectiva de ficar sob um fraco efeito do La Niña, que causa resfriamento das águas do Pacífico, com chuvas mais intensas no Norte do país e seca no Sul.

Procura por ações da Eletrobras e Eneva aumenta com disparada nos preços de energia, diz BofA

O Valor Econômico informa que o interesse pelas ações da Eletrobras (ELET3, ELET6) e da Eneva (ENEV3) aumentou substancialmente nos últimos meses em meio à alta nos preços da energia elétrica e ao aumento nos despachos vindos das usinas termelétricas, diz o Bank of America (BofA).

Os analistas Arthur Pereira e Gustavo Faria escrevem que a Eletrobras se beneficia por ter baixo volume de energia contratada e se aproveita dos maiores preços no mercado à vista por operar ativos hidrelétricos de qualidade.

No caso da Eneva, a empresa vai ter mais despachos de energia vinda das suas termelétricas, tanto para o mercado doméstico quanto para exportação, mas há riscos envolvendo a execução do seu plano de expansão.

PANORAMA DA MÍDIA

Folha de S. Paulo: A massa de ar seco estacionada sobre a região metropolitana de São Paulo vai persistir pelo menos até o próximo sábado (14/9). O bloqueio atmosférico mantém a previsão de temperaturas acima da média e baixa umidade. A situação aumenta o risco de queimadas e incêndios nas áreas vegetadas. Além disso, as condições atmosféricas não favorecem a dispersão dos poluentes, o que contribui para a péssima qualidade do ar.

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O Globo: Em meio ao cenário de seca extrema e queimadas no Norte do país, dados do Copernicus, o programa de observação da Terra da União Europeia, indicam que o sudoeste da Amazônia foi a região que mais emitiu gases de efeito estufa no planeta nos últimos cinco dias,

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O Estado de S. Paulo: Um ano após anular todas as provas do acordo de leniência da Odebrecht (atual Novonor), o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), acumula em seu gabinete mais de 20 processos derivados de sua decisão que abriu um ciclo de desconstrução de medidas tomadas no âmbito da Operação Lava Jato. Das 46 petições em tramitação no gabinete do ministro em Brasília, 24 são de investigados pela Lava Jato, em especial de delatores.

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Valor Econômico: Em ano de eleições e de mercado de trabalho aquecido, o número de funcionários no setor público foi recorde no trimestre encerrado em julho, com 12,695 milhões de pessoas. No 2º trimestre, a alta de vagas nos municípios foi de 8,3% ante o trimestre anterior, segundo levantamento do economista da LCA Consultores Bruno Imaizumi, a partir de dados da Pnad Contínua.

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