A projeção de carga para o mês de abril aponta para uma expansão de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Se a previsão se confirmar serão 71.435 MW médios. Os dados foram apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ontem (24/03), durante o primeiro dia de reunião do Programa Mensal de Operação Energética (PMO) para o próximo mês. Em março a expectativa é de fechar o mês em alta de 1,5%, com 73.820 MW médios.
No acumulado de janeiro a maio, os estudos do Operador apontam para uma elevação de 1,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, com quase 72 mil MW médios de carga. No maior submercado do país, o Sudeste/Centro-Oeste deverá ter uma expansão de 5% em abril. Os dados preliminares de março apontam para uma alta de 2,4%, com 43.518 MW médios. Já para maio a estimativa é de crescimento de 0,9%.
No Sul é esperado que a carga fique 4,2% mais elevada que no mesmo mês do ano passado com 12.467 MW médios. Em março, os dados apontam para leve expansão de 0,3%. No Nordeste a carga está no mesmo patamar para março e os próximos meses em cerca de 11.550 MW médios. Em abril a perspectiva é de alta de 3%, enquanto o volume de março apresenta crescimento de 1,5% ante mesmo período de 2021.
Na contramão está o Norte, a carga de 2022 está menor para o trimestre de março a maio. Em abril a estimativa é de queda de 4,6%, enquanto para março a expectativa é de um volume 2,8% menor. O operador lembra que esse comportamento deve-se somente por conta de um grande consumidor na região, principalmente. Em maio de 2022 a projeção é de queda de 3,1%. As informações foram publicadas pelo Canal Energia.
PPPs de iluminação pública devem bater R$ 1,8 bilhões
Um levantamento da consultoria Radar PPP, a pedido do Valor Econômico, mostrou que só em 2022 as Parcerias Público-Privadas para iluminação pública devem ultrapassar os R$ 1,8 bilhão em investimentos privados, o maior volume de negócios desde 2014, quando a responsabilidade pela gestão dos parques de iluminação pública passou das distribuidoras de energia para os municípios.
Atualmente, o ambiente de PPPs e concessões no Brasil conta com 3667 iniciativas em 19 segmentos, sendo o de iluminação pública o segundo maior em número de projetos, com 461 desde 2014, atrás do segmento de água e esgoto.
Light nomeia Wilson Point à presidência
O executivo Wilson Martins Poit vai assumir o comando da elétrica Light no lugar de Firmino Sampaio. Segundo informação do Valor Econômico, o empresário, que até então era diretor superintendente no Sebrae-SP e também fazia parte do conselho de administração da empresa, assume o cargo com objetivo reestabelecer o equilíbrio financeiro da companhia.
O mercado reagiu bem à chegada de Poit. As ações da empresa (LIGT3) subiram 4,48%. Entretanto, nos últimos 12 meses os papéis caíram 43,37%. A Light tem passado por um processo de recuperação de perdas nos últimos anos. As perdas não-técnicas de energia, os famosos “gatos”, são um problema histórico para a companhia, que sofre prejuízos com desvios e conexões irregulares de energia.
ICMS sobre o diesel será de R$ 1,006 por litro, mas cada estado dará ‘desconto’
Diante do risco de perda de arrecadação de 25% a 30% caso não fechassem um acordo em torno de uma alíquota fixa de ICMS, os estados decidiram ontem (24/03) estabelecer uma cobrança de R$ 1,006 por litro de óleo diesel. Reportagem do jornal O Globo destaca que o valor de R$ 1,006 é maior do que o aplicado hoje pela maioria dos estados, mas os governos poderão dar “descontos” nessa alíquota. Ou seja, há uma espécie de teto geral, mas cada um pode manter o valor que pratica atualmente. Trata-se de uma mudança que, na prática, permite que a arrecadação permaneça como está, sem ganho ou perda.
PANORAMA DA MÍDIA
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para apurar o envolvimento do ministro da Educação, Milton Ribeiro, e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura em um gabinete paralelo no Ministério da Educação (MEC) que intermediava a liberação de verbas para prefeitura. A notícia é o principal destaque da edição desta sexta-feira (25/03) dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo.
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O Valor Econômico informa que a melhora do mercado de trabalho brasileiro no ano passado – com geração de vagas, embora com remuneração média menor – reduziu o total de “desalentados” no país, mas o número continua alto. O país tem agora 4,79 milhões de pessoas que não procuram uma vaga, mas que estariam dispostas a trabalhar caso tivessem uma colocação, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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A nova pesquisa do Instituto Datafolha indica que o presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou ter recuperado um pouco de fôlego na corrida para o Palácio do Planalto e chegou a 26% de intenções de voto na disputa, que segue sendo liderada pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva, com 43%. Empatados em terceiro lugar vêm ex-juiz Sergio Moro (Podemos, 8%) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT, 6%), seguidos de perto por um pelotão de adversários. A pesquisa doi feita com 2.556 eleitores em 181 cidades de todo o país, na terça (22/03) e quarta-feira (23/03). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos. (Folha de S. Paulo)