Dados preliminares de medição dos valores médios coletados entre os dias 1º e 15 de maio indicam crescimento do consumo de energia de 2%, alcançando 62.766 MWmed frente aos 61.543 MWmed no mesmo período do ano passado.
As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e foram divulgadas hoje (24/05) pelo Canal Energia. O boletim traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O Ambiente de Contratação Regulada (ACR) apresentou crescimento no consumo de 2,4% em relação a maio de 2018, considerando a mudança de clientes cativos para o Ambiente de Contratação Livre (ACL). Excluindo o impacto das migrações, o ACR registraria aumento de 4%.
Já no ACL, o consumo apresentou crescimento de 1% em relação ao mesmo período do ano passado, considerando a mudança de clientes cativos para o ACL. Eliminando o impacto da migração de novas cargas, o ACL apresentaria queda de 2,6%. Os consumidores livres apresentaram redução de 0,9%, já os especiais aumentaram em 12%, influenciados pela migração. Suprimindo esse efeito, há queda de 2,8% para os livres e aumento de 1,6% para os especiais. Os autoprodutores diminuíram seu consumo em 6,5%.
Fontes renováveis sobem 2,3 pontos percentuais na matriz energética brasileira de 2018
A participação passou de 43% em 2017 para 45,3% em 2018. Os números apresentados pelo Ministério de Minas e Energia (MME) indicam, ainda, que a energia solar obteve crescimento da ordem de 298%, ficando, portanto, com a maior taxa de elevação na matriz energética do ano passado. A eólica cresceu 14,4%, seguida pela hidráulica, com 4,1% e, na sequência, a bioenergia, com 2,4%.
Os indicadores foram elaborados com base nas estatísticas do Balanço Energético Nacional, ciclo 2019, recentemente concluídas pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em parceria com o MME.
O documento confirma ainda que, em volume, a expansão das fontes renováveis foi de 4,3 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep), ficando a energia hidráulica com 33%. Na matriz de oferta de energia elétrica, as fontes renováveis avançaram 2,8 pontos percentuais na participação, passando de 80,5% em 2017 para 83,3% em 2018. No indicador das renováveis de 2018, a hidráulica ficou com 66,7%, bioenergia (8,5%), eólica (7,6%) e solar (0,5%).
As informações estão publicadas no site do MME. O Balanço Energético Nacional pode ser acessado na íntegra pelo Sistema de Informações Energéticas do Brasil – SIE Brasil.
Neoenergia inaugura hidrelétrica no Paraná
A elétrica Neoenergia, controlada pelo grupo espanhol Iberdrola e presente em 18 estados brasileiros, inaugurou ontem (23/05) a Usina Hidrelétrica do Baixo Iguaçu, em Capanema (PR). Foram investidos um total de R$ 2,4 bilhões na implantação da unidade, que tem capacidade de gerar 350 megawatts de energia, o suficiente para atender a 1 milhão de residências. A Neoenergia participa do Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu (CEBI), junto com a Companhia Paranaense de Energia (Copel). As informações foram publicadas pelo jornal Correio da Bahia, entre outros veículos.
Usina solar em Pernambuco já pode operar 12 MW
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou hoje (24/05) o início da operação comercial das unidades geradoras UG6 a UG11 da central geradora fotovoltaica Fazenda Esmeralda. Cada uma tem 2 MW, somando 12 MW. A usina está instalada na cidade de Agrestina (PE).
A Aneel também liberou para iniciar a operação comercial da pequena central hidrelétrica Fortuna II, de 3 MW, nas cidades mineiras de Guanhães e Virginóplis. As informações são do Canal Energia.
Zema vê Cemig como entrave
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse ontem (23/05) em discurso na Federação das Indústrias do estado (Fiemg), que a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) é um dos fatores que emperram o crescimento no estado, por causa de barreiras burocráticas. “Nos últimos anos, eu gosto de mencionar, a nossa empresa de energia elétrica, a Cemig, serviu mais como um entrave ao desenvolvimento, do que agente propulsor”, afirmou.
Zema aproveitou a presença no evento do presidente da Assembleia de Minas, deputado Agostinho Patrus (PV), para dizer que encaminhará nas próximas semanas à Casa, pacote com as propostas para que o estado possa aderir ao regime de recuperação fiscal, proposto pela União. As informações são do Estado de Minas.
PANORAMA DA MÍDIA
Em entrevista exclusiva à revista Veja, que começa a circular hoje (24/05), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que se o Congresso aprovar uma mudança radical na proposta original da reforma da Previdência, ele renunciará ao cargo. “Pego um avião e vou morar lá fora”, avisa. “Já tenho idade para me aposentar.”
Segundo o ministro, a Previdência quebrou e, se não for feita uma reforma profunda, não haverá dinheiro para pagar os funcionários públicos. “A Previdência é hoje um buraco negro, que engole tudo ao redor. O déficit tem crescido cerca de R$ 40 bilhões por ano. A reforma é urgente, porque os mercados não vão esperar muito mais. Eles fogem antes. A engolfada pode vir em um ano, um ano e meio.”
A revista IstoÉ Dinheiro também traz matéria de capa sobre a crise econômica, mas o foco da reportagem é outro. “Por que o avanço da reforma tributária no Congresso pode ser mais importante que a articulação em torno da Previdência”, anuncia a chamada para a matéria. Já a IstoÉ aborda as forças e as motivações político-ideológicas que atuam no entorno do presidente Jair Bolsonaro.
A Carta Capital também analisa o cenário político, com destaque para a atuação do Centrão – bloco informal de partidos políticos que reúne cerda de 200 parlamentares e que tem hegemonia no Congresso, sob a liderança do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A revista Época desta semana fugiu das pautas de economia e política. O destaque é o debate sobre os efeitos da maconha, aberto nos Estados Unidos após o lançamento de um livro do jornalista Alex Berenson, ex-repórter do jornal New York Times. Segundo ele, “a maconha causa paranoia e psicose. Paranoia e psicose causam violência. Há evidências esmagadoras que ligam transtornos psicóticos à violência”, escreveu Berenson em ‘Conte a seus filhos: a verdade sobre a maconha, doenças mentais e violência’, publicado em janeiro passado.
Internacional – Depois de meses de impasse provocado por sua dificuldade de aprovar no parlamento britânico um acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia, a primeira-ministra Theresa May anunciou hoje (24/05) pela manhã que irá renunciar à liderança do Partido Conservador no dia 7 de junho.
Com a renúncia à liderança da legenda, Theresa May deixa, também, o cargo de premier do Reino Unido. O político que vier a substitui-la ficará encarregado de conduzir o processo de rompimento com o bloco europeu. A corrida para a sucessão deve durar entre seis e oito semanas e só começará por volta de 10 de junho. A notícia foi publicada pelos principais canais de internet, como o UOL e o G1/Globo.