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CCEE, EPE e ONS divulgam primeira revisão quadrimestral da previsão de carga – Edição do dia

O Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram, ontem (28/3), os dados da 1ª Revisão Quadrimestral das Previsões de Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética – 2023-2027. Para o ano, o aumento previsto é de 2,6% na carga, sem considerar a micro e minigeração distribuída, atingindo o valor 71.569 MW médios.

A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 foi revisada de 0,7% para 1%. Algumas premissas em curto prazo são importantes para concretização do cenário avaliado: desaceleração da economia mundial, devido a uma maior pressão inflacionária e alta taxa de juros na economia brasileira, manutenção das premissas econômicas conjugada ao impacto positivo da proposição de uma âncora fiscal e o encaminhamento da proposta de reforma tributária. Para o horizonte 2023-2027, a indicação é de um crescimento anual de 3,2%, atingindo 81.540 MW médios ao final do período. (Fonte: CCEE / ONS)

Light registra prejuízo de R$ 5,67 bilhões em 2022

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A Light registrou um prejuízo de R$ 5,67 bilhões em 2022, ante um lucro de R$ 398 milhões no ano anterior, informou a companhia ontem (28/3) à noite. Segundo a empresa, esse tombo vem principalmente, no segmento de distribuição de energia, em razão do provisionamento no valor de R$ 1,08 bilhão para devolução de créditos de PIS/Cofins aos consumidores e da atualização dessa soma, alcançando R$ 1,58 bilhão.

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Octávio Lopes, CEO da Light, no comando da companhia desde agosto, afirmou em mensagem, no relatório de resultados, que a renovação antecipada do contrato de concessão é fundamental para manter a operação. “A readequação da nossa estrutura de capital da Light SESA e a renovação do seu contrato da concessão em bases sustentáveis são essenciais para garantir a qualidade, continuidade e expansão do nosso serviço de Distribuição na nossa área de concessão”, disse o executivo. (O Globo)

Fitch: aporte do Itaú fortalece perfil de crédito da Equatorial

O Canal Energia informa que a agência de classificação de risco Fitch Ratings entende que o recém-anunciado acordo de R$ 2,1 bilhões em investimentos entre a Equatorial Energia e o Itaú Unibanco fortalece o perfil de crédito das empresas do grupo, considerando suas classificações atuais de Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA+(bra)’ e perspectiva estável a Equatorial Pará, Celg D, Equatorial Transmissão e a Echoenergia Participações.

De acordo com a Fitch, o investimento será corrigido ao longo dos anos de vigência, com a amortização ocorrendo por meio de dividendos a serem pagos pela Equatorial Distribuição, com prioridade para o acionista preferencial. Estes, por sua vez, serão remetidos conforme distribuição das três subsidiárias da empresa no Pará, Maranhão e Distribuidora de Energia SA no Piauí.

Em sua análise, a agência entende que a entrada de caixa antecipa o processo de redução da alavancagem projetado para o grupo, ainda que a holding passe a receber menor fluxo de recursos, sendo neutra para os ratings.

Petrobras rejeita dois nomes de indicados do governo federal para o Conselho de Administração

A Petrobras informou que dois dos indicados pelo governo aos cargos de membros do Conselho de Administração da estatal não estão elegíveis para assumir os postos. De acordo com a estatal, o relatório do Comitê de Pessoas (Cope) apontou que o indicado Sergio Machado Rezende, “por unanimidade”, não preenche os requisitos necessários previstos no Estatuto Social da companhia, já que ele é membro titular do Diretório Nacional do PSB (Partido Socialista Brasileiro).

Além disso, o Cope disse ainda que o indicado Pietro Adamo Sampaio Mendes não incorre em suas vedações desde que confirmada a sua renúncia formal ao cargo de secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível do Ministério de Minas e Energia (MME) e mantida a sua condição de servidor licenciado, afastado ou cedido da Agência Nacional do Petróleo (ANP). (O Globo)

A decisão final caberá à assembleia geral da Petrobras, convocada para 27 de abril. (portal EPBR)

Reservatório da Hidrelétrica de Serra da Mesa (GO) atinge armazenamento recorde desde sua inauguração em 1998

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) informa que, na segunda-feira (27/3), o reservatório da Hidrelétrica de Serra da Mesa (GO), no rio Tocantins, registrou um volume armazenado de água correspondente a 78,53% do volume útil de seu reservatório – o maior do Brasil e que pode armazenar 54,4 bilhões de metros cúbicos.

Com esse percentual acumulado, Serra da Mesa chegou ao maior volume útil já registrado desde o início da operação da hidrelétrica em 1998. O aumento no volume armazenado de Serra da Mesa, que vem ocorrendo nas últimas semanas, deve-se à melhora da situação hidrometeorológica em virtude das chuvas, assim como é resultado das condições de operação dos reservatórios do Sistema Hídrico do Rio Tocantins.

Reportagem do portal Metrópoles mostra que diversas casas foram inundadas nos últimos dias, em Uruaçu (GO), depois que o nível do Lago Serra da Mesa aumentou. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram imóveis sendo invadidos pelas águas.

Eletrobras propõe elevar em oito vezes reserva para remunerar executivos

Privatizada em 2022, a Eletrobras vai propor a seus acionistas a reserva de R$ 88,1 milhões para o pagamento de salários e bônus a seus administradores em 2023. O valor equivale a oito vezes o montante pago em seu último ano sob controle da União.

Desse total, R$ 64,7 milhões são reservados para a diretoria, que teve os salários elevados em 130% em assembleia extraordinária realizada em dezembro, quando o salário do presidente da companhia, Wilson Ferreira Junior, passou a R$ 300 mil mensais.

Em comunicado a acionistas, a companhia diz que a nova política de remuneração “visa à solidificação de uma cultura meritocrática, capaz de reter e premiar talentos” e é estruturada para assegurar pleno alinhamento entre os interesses dos administradores e dos acionistas. (Folha de S. Paulo)

UE proíbe a venda de carros novos movidos a combustíveis fósseis a partir de 2035

A União Europeia (UE) chegou a um acordo ontem (27/3) para acabar com a venda de novos carros movidos a combustíveis fósseis a partir de 2035, estabelecendo novas metas ambientais para reduzir a emissão de carbono por veículos no bloco, de acordo com informação do Valor Econômico.

O projeto cria exceção para o uso de motores a combustão que utilizam combustíveis sintéticos, proposta defendida pela Alemanha. O projeto da UE quer redução de 55% das emissões por motores a combustão até 2030 na comparação com o total de emissões de 2021, e acabar com a venda de novos carros movidos a combustíveis fósseis a partir de 2035. Apesar do plano ousado para a descarbonização da frota de carros da Europa, a nova legislação da UE cria exceção para a venda de carros a combustão movidos por combustíveis sintéticos após 2035, uma reversão da proposta anterior que previa o fim de novos motores a explosão no bloco.

EUA e Japão fecham acordo sobre minerais usados em baterias para carros elétricos

Os EUA e o Japão chegaram a um acordo comercial para minerais usados em tecnologias de energia limpa. Sob o acordo, os EUA e o Japão concordaram em não cobrar taxas de exportação de minerais críticos que comercializam e coordenar os padrões trabalhistas na produção de minerais, entre outras medidas, de acordo com um anúncio dos EUA.

O pacto se baseia em um acordo comercial limitado que os dois países alcançaram em 2019 e revisarão a cada dois anos para ver se devem encerrá-lo ou alterá-lo. O governo Joe Biden começou a buscar acordos comerciais com aliados próximos sobre minerais críticos, enquanto tenta resolver dois problemas: as restrições impostas a novos subsídios para veículos elétricos e o atual domínio da China no fornecimento de minerais como lítio e grafite, necessários para fabricação de veículos elétricos. (Valor Econômico – com agências internacionais)

Usina abre comportas após volume de chuva acima da média e alaga fazendas de Batayporã (MS)

Cerca de sete fazendas localizadas no município de Batayporã (MS) foram alagadas após a abertura das comportas da usina hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, instalada no rio Paraná na altura dos municípios de Rosana (SP) e Batayporã. De acordo com o coordenador da Defesa Civil do município sul-mato-grossense, Gilberto Batista dos Santos, a situação é preocupante e o município já declarou situação de emergência.

Em nota, a Cesp explicou que em decorrência do volume de chuvas acima da média nos rios que formam a Bacia do Paraná, todas as usinas hidrelétricas localizadas na região abriram suas comportas. A Cesp informa, ainda, que tem mantido o vertedouro aberto para o controle de vazão da água liberada pela UHE Porto Primavera. (portal G1)

Saneamento puxa crescimento do mercado livre de energia

Reportagem do Valor Econômico destaca que mesmo não sendo um setor tão intensivo em energia, como cimenteiras, mineradoras e petroquímicas, o segmento de saneamento básico no Brasil tem ajudado a puxar a expansão do mercado livre de energia.

Nos últimos 36 meses, entre janeiro de 2020 e dezembro de 2022, essa foi a atividade econômica que obteve o maior crescimento de consumo em uma avaliação que considerou 15 segmentos produtivos. Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) com informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Neste recorte temporal, a participação do setor de saneamento básico aumentou de 1,6% para 2,3% em relação ao total de energia demandada no mercado livre, atingindo cerca de 525 MW médios mensais.

PANORAMA DA MÍDIA

BC reforça foco na inflação e mercado vê queda de juro distante. Esta é a manchete da edição de hoje (29/3) do jornal O Globo. A ata da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC) que manteve a taxa Selic em 13,75% afirmou que a queda dos juros exige “paciência e serenidade” o que, além de outros sinais, reforçou no mercado projeções de que eles não cairão no curto prazo.

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O Valor Econômico informa que o fluxo de capital estrangeiro na bolsa brasileira está negativo desde fevereiro, refletindo um ambiente global de maior aversão ao risco e incertezas no cenário interno, como a indefinição sobre a nova regra fiscal e os atritos entre o governo e o Banco Central. Em 2022 e em janeiro deste ano, o dinheiro do exterior foi o principal motor do mercado acionário doméstico. No entanto, em fevereiro o saldo deste grupo ficou no vermelho pela primeira vez desde setembro. Neste mês, o volume de retiradas tem sido ainda mais intenso. No acumulado do mês até o dia 24, os estrangeiros haviam sacado R$ 3,51 bilhões da bolsa, mais que o dobro do R$ 1,68 bilhão de todo o mês de fevereiro. O saldo no ano ainda é positivo em R$ 7,36 bilhões, em razão do alto volume de aportes em janeiro.

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Folha de S. Paulo: Três anos depois da primeira morte por covid no país, o Brasil chega à triste marca de 700 mil óbitos pela doença com um cenário marcado por paradoxos. Ao mesmo tempo em que a pandemia teve uma desaceleração recente devido ao avanço na vacinação, o país ainda enfrenta desafios como a baixa cobertura vacinal contra a covid em algumas faixas etárias, como crianças menores de cinco anos.

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O Estado de S. Paulo: A Comissão de Ética Pública da Presidência da República instaurou, após reportagens do Estadão, investigação sobre a conduta do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e de três assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro.