A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram hoje (27/03), os dados da 1º revisão quadrimestral de carga em 2019 para o planejamento anual da operação energética referente ao período de 2019 e 2023.
De acordo com notícia publicada no site da CCEE, o documento aponta uma previsão de crescimento de 3,4% da carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) para o ano de 2019 quando comparado ao ano de 2018, o que sinaliza recuo de 0,2 pontos percentuais (p.p) em relação à projeção inicial, que era de 3,6% para o crescimento da carga neste ano. Em montantes de energia, a carga estava inicialmente prevista para ser de 68.897 MW médios. Após a revisão, ficou em 68.827 MW médios.
A avaliação das organizações do setor elétrico é de que a previsão menor da carga reflete o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) 2018, que foi menor do que o inicialmente previsto, e o alto nível de incerteza em relação à capacidade de recuperação da economia, o que influencia na previsão das projeções de crescimento do PIB nos próximos anos. No site da CCEE, após esta notícia, há um link de acesso às informações detalhadas sobre o tema.
Governo prevê publicar em dezembro, plano para o setor de energia até 2050
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse hoje, em audiência realizada na Câmara dos Deputados, que o governo federal deverá publicar em dezembro o Plano Nacional de Energia 2050, que apresentará diretrizes para a política do país no setor, para as próximas décadas.
O ministro afirmou ainda que há discussões em andamento no governo sobre a possibilidade de aumentar o horizonte de outro estudo de planejamento publicado periodicamente – o Plano Decenal de Energia (PDE). Bento Albuquerque destacou que o governo quer garantir “previsibilidade” para os investidores.
Ao responder a perguntas de parlamentares, o ministro afirmou ainda que a pasta de Minas e Energia pretende divulgar no próximo mês um plano para abertura do setor de gás natural. As informações foram divulgadas pela agência de notícias Reuters.
MME extingue quatro contratos da Chesf
O Ministério de Minas e Energia (MME) revogou quatro contratos de concessão de projetos de transmissão de energia da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da Eletrobras. O motivo foi a não implementação das obras previstas. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e divulgada hoje (27/03) por diversos canais de internet, como o Investing.com.
Segundo o ministério, a medida não exime a elétrica de outras penalidades previstas na legislação e nos contratos, que haviam sido assinados em 2007, 2011 e 2012. A avaliação sobre eventuais punições adicionais à empresa é de responsabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Aneel aprova CVU da Norte Fluminense
O Canal Energia informa que a Aneel definiu o Custo Variável Unitário (CVU), visando o ressarcimento da empresa Norte Fluminense S.A pela geração da Unidade Termétrica Norte Fluminense. O valor de CVU foi confirmado para quatro patamares da usina: R$ 61,43/MWh para o 1º, e R$ 72,05/MWh, R$ 137,10/MWh e R$ 396,59/MWh para os patamares seguintes. Os valores serão aplicados no processo de contabilização a partir do mês de fevereiro de 2019, e março para o quarto patamar.
A agência também confirmou o CVU da UTE Termopernambuco, visando o ressarcimento dos custos variáveis da usina referente ao mês de agosto de 2018. O valor foi fixado em de R$ 118,50/MWh e será aplicado no processo de contabilização a partir de fevereiro deste ano.
Empresas adiam IPO à espera da reforma da Previdência
Empresas brasileiras estão adiando seus planos de abertura de capital para o fim do ano ou para o início de 2020, à espera da aprovação da reforma da Previdência. A informação foi publicada no site da revista Exame, que cita como exemplo a Neoenergia, da corretora XP Investimentos e do banco digital Agibank que decidiram aguardar a aprovação da pauta no Congresso para fazer sua emissão inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
“Estamos com tudo pronto desde meados do ano passado, mas preferimos aguardar a volta (dos investidores) estrangeiros (à bolsa brasileira) que só virão quando houver maior previsibilidade fiscal”, afirma Paulino Ramos Rodrigues, diretor financeiro do Agibank. De acordo com a reportagem, os investidores estrangeiros acompanham atentamente as negociações da reforma da Previdência de olho na janela de oportunidades do mercado de capitais brasileiro.
Fonte solar fotovoltaica e o leilão de energia A-6
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) espera que o governo federal inclua a fonte solar fotovoltaica no Leilão de Energia Nova A-6 de 2019, previsto para setembro deste ano, informa o Canal Bioenergia. A decisão do MME deve ser oficializada nas próximas semanas e a entidade já articula com as autoridades a participação da fonte solar fotovoltaica no certame, que possui a maior demanda de contratação no país.
A Absolar argumenta que a energia fotovoltaica tem se tornado uma das fontes renováveis mais competitivas no Brasil e, desta forma, a entidade espera que o MME estabeleça condições de isonomia e igualdade entre todas as fontes participantes. “A inclusão da fonte solar fotovoltaica no leilão A-6 aumenta o nível de competitividade do certame e estimula a consequente redução de preço ao cidadão, com ganhos de diversificação e segurança energética ao país”, afirma Ricardo Barros, vice-presidente de Geração Centralizada da associação.
PANORAMA DA MÍDIA
O ministro da Economia, Paulo Guedes, está participando na tarde de hoje (27/03) de audiência no Senado Federal para prestar esclarecimentos sobre a reforma da Previdência. A audiência está sendo realizada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O site do jornal O Globo está transmitindo a audiência ao vivo neste momento (15 horas).