A projeção média do PLD no Sudeste/ Centro-Oeste para 2022 deve ficar em R$ 81,70/ MWh. O valor foi revelado no Encontro PLD, realizado ontem (03/01) pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Para 2023, a perspectiva é que ele fique em R$ 55,70/ MWh. Os valores do Sudeste se repetem no submercado Sul este ano e ano que vem nos cenários analisados.
No Nordeste, a projeção é de PLD médio de R$ 71,34/ MWh este ano. No ano que vem, o valor deve chegar a R$ 55,70/ MWh. No Submercado Norte, a previsão da CCEE é de um PLD de R$ 63,66/ MWh para 2022 e R$ 55,70/ MWh.
A estimativa dos Encargos de Serviços do Sistema (ESS) para dezembro de 2021 é de R$ 4,76 bilhões. Desse total, a segurança energética foi a responsável pela maior parte, com R$ 3,37 bilhões. As informações foram publicadas pelo Canal Energia.
Oferta primária da Eletrobras ficará entre R$ 22 bi e R$ 26,6 bi
Os ministérios da Economia e de Minas e Energia publicaram resolução no último dia 30 de dezembro com ajustes na modelagem e nas condições de privatização da Eletrobras. Reportagem do Canal Energia ressalta que a principal alteração aprovada ad referendum do Conselho do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) é a criação de uma faixa de valores de R$ 22 bilhões a R$ 26,6 bilhões para a oferta primária de ações, no processo de capitalização da estatal, em vez do R$ 23 bilhões estabelecidos anteriormente pelo PPI.
A faixa foi estabelecida com base na atualização do valor adicionado das novas concessões de hidrelétricas da empresa pelo Conselho Nacional de Política Energética. O beneficio econômico das novas outorgas passou de R$ 62,5 bilhões para R$ 67 bilhões. O objetivo, segundo o Ministério de Minas e Energia, é absorver eventual modificação dessas quantias, após a análise final do modelo pelo Tribunal de Contas da União.
Foi aprovado também o pagamento, em até 20 anos, de R$ 1,2 bilhão na transferência da totalidade da participação societária da Eletrobras em Itaipu Binacional à Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (Enbpar), a estatal que ficará responsável pela hidrelétrica e pela Eletronuclear.
Novos fornecedores de gás estreiam com 10% do mercado
Cerca de 10% da demanda das distribuidoras de gás natural no país passará a ser abastecida, neste ano, por empresas privadas, informa o Valor Econômico. Num marco para o processo de abertura do mercado, Equinor, Galp, PetroReconcavo e Shell estreiam como fornecedores de gás em 2022.
A diversificação de atores, porém, ainda é insuficiente para acabar com o domínio da Petrobras, segundo as concessionárias – que acusam a estatal de práticas abusivas e travam uma disputa judicial com a petroleira em torno dos novos preços do energético. Em cinco Estados (AL, CE, RJ, SC e SE), distribuidoras conseguiram liminares suspendendo os efeitos dos reajustes praticados pela Petrobras na virada do ano.
Nos novos contratos assinados com as concessionárias, válidos por quatro anos, a partir de 2022, a petroleira aumentou em cerca de 50% o preço do produto, frente aos custos maiores para importar gás natural liquefeito (GNL). Das 22 distribuidoras operacionais do Brasil, apenas quatro conseguiram acessar novas fontes de suprimento para 2022: Bahiagás (BA), Copergás (PE), PBGás (PB) e Potigás (RN). Juntas, elas têm contratos para aquisição de 4 milhões de metros cúbicos diários junto a fornecedores privados – incluindo desde as estreantes Equinor, Galp, PetroReconcavo e Shell até empresas menores como Alvopetro, ERG e Origem, que já tinham contratos ativos com a Bahiagás.
O diretor de estratégia e mercado da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Marcelo Mendonça, afirma que, apesar dos avanços, a abertura do mercado ainda vive uma fase de “protótipo”. A entidade pediu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em 2021, que as condições dos contratos até então vigentes com a Petrobras fossem mantidas na virada do ano. A previsão de aumento nos preços da estatal vai na contramão do “choque de energia barata” prometido pelo governo com a abertura do setor, na visão de especialistas.
Controlada da Cosan, Compass conclui compra de 51% da Sulgás
A Cosan anunciou ontem (03/01) que a sua controlada Compass Gás e Energia concluiu a aquisição de 51% da Companhia de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás). A Compass assume o controle da distribuidora de gás natural após vencer o leilão realizado em outubro de 2021, pelo valor mínimo de R$ 927,7 milhões. A controlada da Cosan foi a única empresa a apresentar proposta pelo ativo. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O presidente Jair Bolsonaro (PL) desembarcou na madrugada de ontem (03/01), em São Paulo, e seguiu em direção ao Hospital Vila Nova Star, na zona sul da capital, para avaliar quadro de obstrução intestinal e a necessidade de nova cirurgia. Em nota, o Palácio do Planalto informou que o presidente sentiu desconforto abdominal e passa bem. A equipe médica classificou o estado de saúde do presidente como “estável”, informou que ele está já em tratamento e que não há previsão de alta. (O Estado de S. Paulo)
*****
Depois de quase recuperar os empregos perdidos durante o primeiro ano da pandemia, o mercado de trabalho deve encolher nos próximos meses, em decorrência de dois fatores: a incerteza política provocada pela eleição, que reduz o ímpeto das empresas em investir, e a alta da taxa de juros promovida pelo Banco Central (BC) para combater a inflação. A crise sanitária fez o número de desempregados ultrapassar a marca de 15 milhões de pessoas (14,9% do total da força de trabalho do país). Ao longo de 2021, a recuperação da atividade diminuiu o desemprego de forma significativa, mas as perspectivas para este ano não são boas. (Valor Econômico)
*****
Em ato semelhante ao orquestrado pela Receita Federal nos últimos dias, o sindicato que representa os servidores do Banco Central (Sinal) iniciou ontem (03/01) movimento de entrega de cargos de chefia na autarquia. Segundo a entidade, a autoridade monetária conta com cerca de 500 posições comissionadas. Em nota, o Sinal afirmou que será elaborada uma lista nos próximos dias com os nomes de quem aderiu. (Folha de S. Paulio)
*****
Depois das festas, os postos de saúde de diversas capitais estão com espera de horas de pessoas buscando fazer testes e as farmácias já não conseguem atender a demanda. Há cinco dias, a média móvel de casos de covid está em um patamar superior ao dobro do cálculo de 14 dias atrás, o que demonstra forte tendência de alta. Enquanto isso, o surto de influenza avança pelo Brasil. Nos laboratórios particulares, esse crescimento se reflete no aumento da testagem. No Grupo Fleury, foram feitos 615 testes para influenza em novembro. O número saltou para quase 37 mil em dezembro. Para Covid, foram feitos mais de 123 mil testes em dezembro. (O Globo)