A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) disponibilizou, ontem (25/10), uma solução que simplifica o registro dos contratos do mercado livre. Os agentes que utilizam a plataforma de integração ou arquivos XML para enviar os dados em lote poderão reduzir os dados encaminhados mensalmente, o que torna a operação mais eficiente, simples e ágil.
Com a nova funcionalidade, a CCEE planeja otimizar o registro de contratos que possuem um mês de suprimento e modulação flat, o que representa aproximadamente 40% dos registros mensais durante a janela de curto prazo.
Com esse novo registro será necessário fornecer 50% dos dados para a criação de um contrato mensal, além disso, o agente não precisará informar período de suprimento e vigência de montante, reduzindo a probabilidade de equívocos operacionais.
Essa inovação faz parte de uma série de ações de melhorias implementadas em 2024 para promover uma operação mais ágil e acessível, contribuindo para um ambiente de negócios dinâmico e eficiente para todos os participantes do setor. (CCEE)
Aneel anuncia bandeira amarela para o mês de novembro
A bandeira tarifária para o mês de novembro será amarela em razão da melhora das condições de geração de energia no país. Em outubro, a bandeira foi vermelha, patamar 2, mas com o aumento do volume de chuvas e a consequente redução do preço para gerar energia, foi possível acionar a bandeira amarela para novembro.
Dessa forma, a cobrança passa dos R$ 7,877 cobrados na bandeira vermelha, patamar 2, a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, para R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. A medida vale para todos os consumidores de energia conectados ao Sistema Interligado Nacional.
Apesar da melhora das condições de geração da energia no país, as previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ainda permanecem abaixo da média, indicando a necessidade de geração termelétrica complementar para atender os consumidores. (Aneel)
Campos Neto: Com a bandeira amarela, muitos estão ajustando o IPCA de novembro
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, abriu uma apresentação em Washington, sábado (26/10), comemorando o anúncio da bandeira amarela nas tarifas de energia em novembro — um alívio na conta de luz em relação à bandeira vermelha 2, que vigorou em outubro, e à bandeira vermelho 1, de setembro.
“Tivemos uma boa notícia com a bandeira amarela. Muitos de vocês, imagino, estão recalculando as expectativas de inflação de novembro”, disse o executivo durante evento com investidores promovido pelo Itaú em paralelo às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) na capital dos Estados Unidos. (O Estado de S. Paulo)
Bandeira amarela alivia conta de luz, mas não afasta risco de estouro da meta da inflação
A bandeira tarifária amarela deve aliviar as contas de luz no Brasil em novembro, mas não afasta o risco de estouro da meta de inflação em 2024, dizem economistas ouvidos pela Folha de S. Paulo.
A possibilidade de o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechar o ano com alta acima de 4,5% – o teto da meta – se mantém devido a uma combinação de fatores. A alta de alimentos como as carnes, a pressão do dólar mais alto e a eventual aplicação de uma bandeira tarifária mais cara em dezembro fazem parte dessa lista.
“Está difícil fechar o ano dentro da meta”, afirma o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sergio Vale, que espera IPCA de 4,7% no acumulado do ano.
Enel é responsável por apagões em SP para 70% dos paulistanos, segundo Datafolha
Para 7 de cada 10 paulistanos, a Enel é muito responsável pelos apagões que atingem São Paulo e a região metropolitana da capital. No mesmo patamar também está a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com 66%.
Os números fazem parte de uma pesquisa do Datafolha, que entrevistou 1.204 pessoas em São Paulo com 16 anos ou mais nos dias 23 e 24 de outubro. O levantamento tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos no total da amostra, com nível de confiança de 95%. (Folha de S. Paulo)
Energia solar avança em SP
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que a instalação de painéis fotovoltaicos, que captam luz solar e a transformam em energia elétrica, aumentou na cidade de São Paulo em 2024, chegando a 14,5 mil residências com telhados solares, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). No estado de São Paulo, o número chega a 1,9 milhão, com 400 mil novas instalações feitas entre janeiro e setembro deste ano. No país, entre as 95 milhões de moradias, 4% têm telhados solares.
Apenas neste ano, foram realizadas 2,2 mil novas instalações desses painéis na capital paulista. Apesar do avanço, o número ainda é pequeno, sendo apenas uma fração, por exemplo, das mais de 3 milhões de residências que ficaram sem luz no último apagão no município, no começo de outubro.
Segundo especialistas, o custo da implementação de painéis solares se tornou mais acessível do que era na década passada, e as possibilidades de financiamento também aumentaram.
O presidente do conselho de administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, diz que o momento é ideal para a instalação de painéis fotovoltaicos e baterias por causa de uma queda de preços que ocorreu na China no último ano, e que não deve durar muito tempo. Segundo ele, a diminuição do preço está ligada à crise do setor imobiliário que a China vem enfrentando. A economia na conta de energia, diz, pode chegar a 90%.
Eneva conclui operação de aquisição da Linhares Energia
A Eneva informou que foram consumadas, na sexta-feira (25/10), as operações realizadas com o BTG Pactual para a aquisição da totalidade das ações ordinárias da Linhares Brasil Energia e suas debêntures.
Com isso, foi concluída também a associação com o BTG Pactual para uma cisão parcial da BTGP (BTG Pactual Holding Participações), incorporando a parcela cindida, que inclui 100% das ações da Tevisa Termelétrica Viana e da Povoação Energia. A Eneva pagará R$ 640 milhões pela Linhares e R$ 215 milhões por suas debêntures. (Valor Econômico)
Degradação da Amazônia por fogo explode em 2024 e é a maior em 15 anos, aponta levantamento
A degradação da floresta amazônica em 2024, de janeiro a setembro, chegou a 26.246 km2, um índice nunca registrado em 15 anos de medição do Sistema de Alerta de Desmatamento, da ONG Imazon. Os dados foram divulgados na sexta-feira (25/10). A área equivale a de 17 cidades de São Paulo.
No mesmo período em 2023, as áreas degradadas na Amazônia somaram 1.922 km2. O aumento, portanto, foi de 1.265%. Degradação é um indicador usado para se referir aos impactos causados na floresta pelas queimadas e pela exploração de madeira. É diferente do desmatamento, que se trata do corte definitivo de uma área antes preservada. (Folha de S. Paulo)
PANORAMA DA MÍDIA
O resultado do segundo turno das eleições municipais é o principal destaque desta segunda-feira (28/10) na mídia.
Num segundo turno marcado pela força do centro e da direita, com destaque para os desempenhos de PSD e MDB, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito em São Paulo com 3.393.110 votos, equivalentes a 59,35% dos votos válidos, contra 40,65% do deputado Guilherme Boulos (Psol). (Valor Econômico)
Reeleito prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) terá o desafio de acomodar mais partidos no primeiro escalão de seu novo governo e lidar com uma Câmara Municipal sem a liderança de Milton Leite (União), que vai se aposentar da política. A nova composição da Casa inclui uma bancada de bolsonaristas aguerridos e vereadores de perfil mais independente, o que poderá demandar mais habilidade do Executivo para aprovar projetos de seu interesse. (O Estado de S. Paulo)
Confirmada ontem a recondução dos seis prefeitos de capitais que ainda estavam no páreo, as eleições municipais de 2024 chegaram ao fim com um índice de 80% de reeleição nas principais cidades brasileiras. O patamar é o mesmo do registrado nos mais de 5 mil municípios no primeiro turno, quando 81% dos prefeitos conseguiram um segundo mandato. (O Globo)
Folha de S. Paulo: A cidade de São Paulo registrou neste domingo (27) a maior abstenção de sua história em um segundo turno de eleição municipal. Deixaram de votar 31,54% dos eleitores habilitados da capital paulista. A possibilidade de disputa em duas rodadas para a prefeitura da cidade foi instituída em 1992.