O Valor Econômico informa que, caso o processo de venda das ações da distribuidora da Companhia Energética de Brasília (CEB-D) para um novo controlador se estenda muito além deste ano, a estatal corre o risco de ter sua concessão extinta e passar por liquidação, o que poderia levar a um prejuízo de R$ 1 bilhão ao governo do Distrito Federal, segundo estimativas da própria companhia.
A reportagem ressalta que o processo de desestatização da CEB-D, iniciado no ano passado, já está nas fases finais. O “data-room” com informações sobre a venda do ativo foi aberto em agosto para grupos interessados. Nesta semana, o projeto deu mais passos importantes: os acionistas da CEB Holding aprovaram a alienação de 100% das ações da distribuidora pelo preço mínimo de R$ 1,42 bilhão, e foi realizada uma audiência pública para discutir a operação.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), contratado para coordenar a desestatização, prevê pouco mais de um mês para a conclusão do negócio. Conforme o cronograma do banco, anunciado ontem (14/10), o edital da licitação deve ser lançado em 5 de novembro, com a sessão pública do leilão acontecendo logo depois, em 27 de novembro, na B3, em São Paulo.
Até lá, BNDES e o consórcio de assessores financeiros e jurídicos ainda farão um “road show” com interessados na concorrência. A distribuidora de energia é responsável pelo atendimento de cerca de 3 milhões de pessoas.
GDSolar anuncia R$ 305 milhões para Minas até o fim de 2021
A empresa paulista GDSolar anunciou ontem (14/10) R$ 305 milhões de investimentos no estado até o fim de 2021. De imediato serão R$ 105 milhões para 11 novas usinas fotovoltaicas em municípios do Triângulo Mineiro. Apesar de a sede da empresa ser em São Paulo, Minas concentra os negócios do grupo. “Além de reunir as melhores condições climáticas, o estado tem uma política de incentivo ao consumo de energia solar”, afirmou o presidente da GDSolar, Alexandre Gomes. Minas responde por um quinto (19.9%) da geração distribuída do país. As informações são do jornal O Tempo (MG).
Solatio – Na mesma reportagem, o jornal informa que até o fim de outubro, a Solatio Energia Livre vai inaugurar uma usina fotovoltaica em Paracatu, no Noroeste mineiro. O investimento é da ordem de R$ 32 milhões. Até 2023, a Solatio vai investir mais R$ 21 bilhões em usinas fotovoltaicas no estado.
PANORAMA DA MÍDIA
A principal reportagem da edição de hoje (15/10) do Valor Econômico é sobre sustentabilidade. O jornal destaca que, enquanto na Europa os governos impõem a agenda de sustentabilidade e diversidade, no Brasil essa transformação está sendo liderada pelo setor privado.
Na área de transportes, por exemplo, as matrizes de grandes multinacionais da indústria e do varejo pressionam para que os produtos que fabricam no país sejam transportados por caminhões cada vez menos poluentes. Neste ano, a Scania começou a produzir veículos a gás que permitem o uso de biometano, um biocombustível feito a partir de resíduos de aterros sanitários ou de produtos agrícolas.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que, conforme levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), pelo menos 3.275 cidades não se sentem seguras para a retomada das aulas presenciais. A maioria ofereceu aulas remotas durante pandemia, mas a pesquisa indica ainda ausência de internet por fibra em ao menos 1.558 municípios.
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Os jornais O Globo e Folha de S. Paulo trazem como destaque o resultado da plenária virtual do Supremo Tribunal Federal (STF), que ontem (14/10) formou maioria para manter a decisão do presidente da corte, ministro Luiz Fux, de revogar o habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello a André de Oliveira Macedo, 43, conhecido como André do Rap. Ele é um dos líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e está foragido.