Presente em 72 municípios gaúchos, o braço de distribuição da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE-D), mergulhada em uma dívida bilionária, estimada em cerca de R$ 7 bilhões, conforme explica reportagem publicada hoje (19/12) pelo jornal Zero Hora (RS).
Segundo analistas, a dívida da distribuidora está relacionada a fatores que ficaram visíveis em diferentes períodos da trajetória da estatal, como problemas de gestão, desembolsos com ações judiciais e despesas com funcionários, do tempo em que a CEEE era uma autarquia.
De acordo com a reportagem, apesar das dificuldades, a CEEE-D tende a atrair interessados no leilão de privatização previsto para 3 de fevereiro de 2021. Um dos pontos que sustentam a projeção é o potencial do mercado da companhia, bastante concentrado na região metropolitana de Porto Alegre, que reponde por 57% do consumo e 59% do faturamento.
A CEEE-D distribui energia para cerca de 4 milhões de pessoas, em 1,7 milhão de unidades consumidoras na Grande Porto Alegre e nas regiões Sul, Campanha e litoral.
O competitivo leilão de linhas de transmissão
A média de 13,5 ofertas por lote mostra a atratividade do leilão de empreendimentos de transmissão de energia elétrico realizado na última quinta-feira (17/12) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), destaca o editorial econômico do jornal O Estado de S. Paulo, na edição deste sábado. A criação de um ambiente regulatório seguro para os investidores é essencial para o alto nível da competição, argumenta o editorial.
Segue o texto: “O deságio médio de 55,24%, o terceiro maior entre todos os leilões já realizados e alcançado num cenário fortemente marcado pelo impacto da pandemia sobre a atividade econômica e a vida das pessoas, mostra, de sua parte, o forte interesse nos empreendimentos e de até quanto os ofertantes estavam dispostos a abrir mão para vencer a disputa.”
PANORAMA DA MÍDIA
O balanço de fim de ano, apresentado ontem (18/12) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, é o principal destaque da edição deste sábado do jornal O Globo. O ministro afirmou que a retomada do crescimento no país depende de uma campanha de vacinação em massa contra a covid-19.
Paulo Guedes disse, ainda, que o governo voltará a autorizar gastos emergenciais caso uma segunda onda se confirme no país. Em entrevista à imprensa, o ministro afirmou ser a favor de que o uso da vacina seja opcional, mas defendeu que quem preferir não se imunizar seja proibido de circular em locais públicos – medida semelhante à autorizada esta semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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A Folha de S. Paulo informa que com taxas altas de ocupação das unidades de tratamento intensivo (UTIs) para a covid-19, estados enfrentam impacto em equipes e insumos na rede de saúde. Há relatos de falta de máscaras, respiradores e de medicamentos de UTI. Sem número suficiente de profissionais, funcionários têm a jornada de trabalho estendida e outros estão com salários atrasados.
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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue as suspeitas de que o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, orientou a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das “rachadinhas”, informa o jornal O Estado de S. Paulo.
A ministra também fixou um prazo de 30 dias para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, informe as “ações efetivamente adotadas para a elucidação dos fatos”.