O Valor Econômico informa que a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) acusa a Vale de não cumprir o compromisso firmado pela mineradora de neutralização dos repasses financeiros de R$ 781 milhões, provenientes dos agentes do setor elétrico, em razão da perda de geração de energia da Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (140 MW de potência) após impactos do rompimento da Barragem de Fundão, da Samarco.
A reportagem ressalta que a catástrofe em Mariana (MG) deixou um rastro de destruição e mortes, consequências ambientais no Rio Doce e um prejuízo gigantesco, já que a hidrelétrica Risoleta Neves foi devastada pela onda de lama e rejeitos, causando o total assoreamento do reservatório e inviabilizando a operação da usina.
Mesmo sem gerar energia, a usina recebeu por mais de cinco anos recursos do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) , um sistema de compartilhamento de riscos para evitar desabastecimentos durante os períodos de seca. A hidrelétrica é detida pelo Consórcio Candonga, formado por Vale e Aliança Energia, esta última tendo como acionistas a própria Vale e a Cemig. Além disso, Vale é também uma das sócias da Samarco, junto com a BHP Billiton.
A Cemig afirma que o Consórcio figura como vítima do evento ocorrido em Mariana (MG), cuja responsabilidade recai sobre a Samarco e a Vale. A Vale e a BHP não quiseram se pronunciar.
Potenciais compradores da Enel Goiás consideram negócio caro
O jornal O Estado de S. Paulo traz hoje (08/07) uma reportagem a respeito da tentativa da elétrica italiana Enel de vender a Enel Goiás (antiga Celg-D), em meio a pressões do governo estadual, que cobra melhoria na qualidade dos serviços de distribuição de energia no estado, e sob o risco de perder a concessão. Nos próximos dias, a companhia recebe propostas pela distribuidora, apenas cinco anos após comprá-la num leilão de privatização por R$ 2,1 bilhões.
A reportagem destaca que, para as grandes empresas do segmento, é uma oportunidade, num setor com poucas oportunidades de fusões e aquisições e no qual as principais privatizações já foram feitas. Por conta disso, há especulações de que o ativo possa interessar a Energisa, Equatorial, Neoenergia, EDP e CPFL.
Executivos de companhias que avaliaram a concessionária e que aceitaram falar com a reportagem sob a condição de anonimato dizem, porém, haver fatores que jogam contra o negócio: o alto preço pedido pela Enel, que chegaria a R$ 10 bilhões, e a pouca evolução desde a época da privatização. Apesar de ter recebido investimentos bilionários desde que a Enel assumiu o controle, a qualidade dos serviços prestados segue entre as piores do país.
“Brasil vai ser hub de exportação de hidrogênio”, diz presidente da Vestas para a América Latina
Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da Vestas para a América Latina, Eduardo Ricotta, afirmou que o país tem capacidade de ser um hub de exportação do hidrogênio verde, visto como um dos elementos decisivos para os planos de descarbonização em escala global da geração de energia.
A multinacional de origem dinamarquesa é a maior fabricante de aerogeradores do mundo, com mais de 145 gigawatts (GW) instalados em todo o planeta, e com cerca de 50% do mercado brasileiro. O hidrogênio renovável recebe esse nome quando vem de um processo que usa exclusivamente energia de fontes renováveis, como hídrica, eólica e solar. Para Ricotta, será possível ao Brasil dobrar a participação da energia eólica na matriz energética nacional dentro de cinco anos. Hoje, são 20 GW.
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico informa que o volume de emissões de debêntures – títulos de dívida de empresas – somou R$ 60,2 bilhões entre maio e junho, o que representa um aumento de aproximadamente 39% em relação ao terceiro bimestre de 2021, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Segundo gestores, a tendência deve continuar neste mês. Debêntures devem manter fôlego até as eleições A avaliação dos analistas é que a Selic mais alta favorece a migração de investidores para a renda fixa.
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O adiamento da votação da Proposta de Emenda à Constituição, conhecida como “PEC Eleitoral”, ou “PEC das Bondades”, decidido ontem (07/07) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é o principal destaque da edição desta sexta-feira (08/07) dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo. Segundo Lira, o texto será votado na próxima semana. O adiamento atrapalha os planos do governo de aprovar a proposta rapidamente para que benefícios cheguem à população antes das eleições. O texto já foi aprovado pelo Senado.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou ter recebido R$ 50 milhões em emendas apoio dado à campanha de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado em 2021.