MegaExpresso

Cemig pretende vender Taesa e abrir capital da Gasmig em 2022 – Edição da Manhã

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) tem para o ano que vem uma agenda bem carregada: pretende vender a participação que tem na Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) e também realizar a abertura de capital da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig).

Em entrevista ao Broadcast Energia, do jornal O Estado de S. Paulo, o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da companhia, Leonardo Magalhães, afirmou que a expectativa era concluir o processo de venda da Taesa este ano, mas não foi possível. “A gente entende que é um recurso importante para viabilizar os investimentos em Minas Gerais.”

Segundo ele, o processo de venda da transmissora não é fácil, já que ela tem um valor relevante. “O outro acionista (Isa Brasil) também teria opção de comprar nossa participação. Esse processo a gente entende que tem valores relevantes e gasta algum tempo para ser concluído.”

Em relação à Gasmig, que atende a região metropolitana de Belo Horizonte e outros municípios mineiros, a expectativa é que a abertura de capital também aconteça no próximo ano. Magalhães ressaltou que a empresa é um ativo valioso, que tem concessão até 2053, alavancagem baixa e que tem muitas condições para ser explorada. Para ser privatizada, no entanto, ele explicou que, assim como a Cemig, hipótese levantada pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, ela precisaria de aprovações na Assembleia Legislativa do Estado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Além de Taesa e Gasmig, o plano de desinvestimentos da Cemig considera a venda de outros ativos, como a Aliança Energia, joint venture com a mineradora Vale, a Renova Energia, que teve a venda anunciada hoje por R$ 60 milhões, além de fatias nas usinas de Santo Antonio, Belo Monte, Axxion e Ativas, entre outras.

Vestas mira potencial eólico no mar do Brasil

O Valor Econômico informa que a dinamarquesa Vestas, líder mundial em turbinas eólicas, pretende ser um player importante do mercado brasileiro de energia eólica em alto mar (offshore). Essa nova frente do segmento começou a engatar e deve ganhar uma regulamentação até fim do ano.

Em entrevista ao Valor, o presidente global da companhia, Henrik Andersen, destacou a eólica offshore e o hidrogênio verde como tecnologias fundamentais para o processo de transição energética global e que, em sua avaliação, encontrarão terreno fértil no Brasil. Segundo Andersen, o governo brasileiro deve lançar um programa “realista” para eólica offshore, tanto em prazos quanto em capacidade instalada.

Para ele, os compromissos indicados pelo ministro de Minas Energia, Bento Albuquerque, poderão viabilizar, daqui a alguns anos, a produção local de aerogeradores voltados a esses empreendimentos. Atualmente, a Vestas tem uma unidade industrial em Aquiraz (CE), onde fabrica aerogeradores de até 4,2 megawatts (MW) de potência para usinas terrestres, modelo que se adaptou bem aos ventos brasileiros.

Os equipamentos para offshore, porém, têm outra escala: eles podem atingir até 15 MW. E o diâmetro do rotor supera facilmente 200 metros. Por isso, para fabricá-los, seriam necessários investimentos em novas linhas produtivas.

Depois de 130 anos, Shell tira “Royak Dutch” do nome e anuncia mudança de sede para Londres

A Royal Dutch Shell informou ontem (15/11) que abandoná sua estrutura de ações duplas e mudará sua sede da Holanda para a Grã-Bretanha, afetada pelos impostos holandeses e enfrentando a pressão climática na Justiça enquanto o gigante da energia deixa de ser petróleo e gás.

A empresa, que há muito enfrentava dúvidas de investidores sobre sua estrutura dupla e recentemente atingida por uma ordem judicial holandesa sobre suas metas climáticas, pretende retirar “Royal Dutch” de seu nome para se tornar Shell Plc. (O Globo – com informações da agência France Press)

Enquanto a indústria se concentra em carros elétricos, a Toyota busca o sonho do hidrogênio

O jornal O Globo informa que o presidente da Toyota, Akio Toyoda, testou, recentemente, um carro a hidrogênio. De acordo com a reportagem, ainda não há data para o lançamento de um modelo comercial. A empresa precisa, em primeiro lugar, conciliar preço, alcance e custo operacional para competir com os carros convencionais movidos a gasolina.

A meta é em 2025 ter 15 modelos de veículos elétricos disponíveis e investir US $ 13,5 bilhões (R$ 73,6 bilhões) na próxima década para expandir a produção de baterias. Ainda de acordo com a reportagem, a última investida da Toyota na tecnologia de hidrogênio ocorre em meio à corrida pelo mercado de veículos elétricos e redução de C02. Embora ainda seja pequena a parcela dos veículos nas estradas, os registros globais de carros elétricos aumentaram 41% em 2020, de acordo com a Agência Internacional de Energia.

PANORAMA DA MÍDIA

Energia solar gerada no país já equivale a quase uma Itaipu – esta é a manchete da edição de hoje (16/11) do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a reportagem, somente nas residências, a capacidade instalada cresceu 53% no ano. No total, a capacidade instalada de geração solar no Brasil atingiu 12 GW na semana passada, o que inclui as usinas de grande porte. A reportagem ressalta que isso equivale a quase toda capacidade de produção da usina de Itaipu – que gera 14 GW – e a cerca de 7% da energia elétrica produzida no Brasil, num total de 180 GW.

*****

Com crescimento fraco e deterioração do cenário econômico, o Brasil pode ter de conviver por uma década com desemprego alto e só voltar ao chamado pleno emprego a partir de 2026.

O cenário consta de uma análise do economista Bráulio Borges, do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre FGV) e da LCA, feita a partir de projeções de um relatório do Latin Focus Consensus, publicado na primeira semana de novembro.

Pelos cálculos do economista, o chamado pleno emprego no Brasil considera que a taxa de desemprego deveria estar entre 8% e 10%. Esse ponto de equilíbrio, em que os salários reais crescem em linha com a produtividade, só deve ser alcançado a partir de 2026, quando a taxa de desocupação cairia para 10,1%. (Folha de S. Paulo)

*****

Os brasileiros passaram a comprar mais pela internet e mudaram seus hábitos desde o início da pandemia, a partir de março de 2020. Mesmo com a redução dos casos de covid-19 e a volta das pessoas às lojas físicas, o consumo digital deve permanecer em alta no país. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizado em sete capitais no mês de agosto, mostra que as compras on-line não só cresceram no período, como devem continuar nesse ritmo nos próximos 12 meses. Entre as famílias entrevistadas, 59,4% informaram comprar mais por meios eletrônicos desde a pandemia e 44,4% manterão o hábito.

O perfil apurado pela FGV também aponta diferença nos gastos por renda. Quem possui ganho mensal acima de R$ 9,6 mil diz ter consumido 71,8% mais pela internet durante a pandemia. Para aqueles que têm ganhos mensais abaixo de R$ 2,1 mil, o percentual de aumento de compra foi de 41,1%. (Valor Econômico)

*****

Na esteira de uma crise que levou 37 funcionários do Inep a pedirem demissão, o presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (15/11) que o Enem, exame de acesso à universidade, “começa a ter a cara do governo” e que a prova a ser aplicada nos dois próximos domingos “não terá questões absurdas”. A fala de Bolsonaro chegou após a denúncia feita por servidores ao programa “Fantástico” (TV Globo), no qual relataram que 20 questões do exame foram alteradas para “atender à visão ideológica do governo”. (O Globo)

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.