Reportagem publicada hoje (10/8) pelo Valor Econômico destaca que a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) está preocupada com o quadro do escoamento de energia elétrica na região norte do estado de Minas Gerais, bem como no triângulo mineiro, por causa das restrições na infraestrutura da região. Redes da empresa e linhas de transmissão que escoam a energia gerada por painéis solares de diferentes portes não têm espaço para transportar mais eletricidade e estão sob risco de sobrecarga e mesmo cortes no fornecimento.
Uma nota técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgada há cerca de 15 dias aponta gargalos relevantes na região, tanto nas redes de distribuição da Cemig quanto em linhas de transmissão, de maior capacidade, chamada “rede básica”. “Em razão do expressivo aumento das solicitações de acesso de novos geradores e da micro e minigeração distribuída nas redes de distribuição, passam a ser observados impactos nos transformadores da RBF desses locais”, disse o ONS, em nota.
RBF é a sigla para rede básica de fronteira, como é chamada a rede de distribuição de alta tensão da Cemig Distribuição. Para evitar maiores problemas, enquanto a expansão da rede na região está em fase de planejamento, a Cemig vem recomendando a empreendedores que busquem outras regiões de Minas para implantar projetos solares, como o sul do Estado e a Mantiqueira.
Governo decide incluir usina nuclear de Angra 3 no PAC
O jornal O Globo informa que o governo decidiu incluir no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que será lançado amanhã (11/8), estudos técnicos, econômicos e sociais sobre a conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3, em Angra dos Reis (RJ). No ano passado, a estatal Eletronuclear reiniciou o processo de concretagem do edifício do reator da usina.
Marina nega postura política do Ibama e diz que órgão avalia licença de petróleo com isenção
Em meio às divergências no governo sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, classificou de “injustas” as críticas de que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) teria uma postura política e ideológica. Em entrevista à EBC, na Cúpula da Amazônia, ontem (9/8), a ministra disse que os estudos do órgão são técnicos e devem ser respeitados.
Marina garantiu que a autarquia analisará “com toda a isenção” e “senso de responsabilidade” a revisão de uma decisão em que negou a concessão de licença à Petrobras na chamada Margem Equatorial. Segundo ela, a negativa reflete o fato de que a região demanda um cuidado adicional por ser foco importante de biodiversidade.
“O Ibama e Ministério do Meio Ambiente não dificultam nem facilitam. Nós olhamos para os pedidos de licenciamento, são feitas análises e, em um governo que tem compromisso ético com a preservação do meio ambiente e com a ciência, os estudos e as posições dos técnicos são respeitados”, disse.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também na Cúpula da Amazônia, argumentou que a economia brasileira não pode abrir mão do petróleo e defendeu o direito de promover pesquisas sobre combustíveis fósseis. “Não se pode negar ao Brasil o direito de conhecer suas potencialidades”, afirmou. (Agência Estado)
Eletrobras quer o linhão HVDC do leilão de dezembro
O Canal Energia informa que a Eletrobras está avaliando todos os lotes que serão colocados em disputa no leilão de transmissão de dezembro. O presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr, destacou a atuação da empresa em quase todos os ativos em HVDC (high-voltage direct current, isto é, corrente contínua em alta tensão) no país, condição que pode colocá-la em posição de destaque em termos de competitividade.
Nesse segmento que é estratégico para a empresa, o objetivo é atuar em projetos greenfield. “A companhia está avançando em competitividade e pela segunda vez poderemos participar de forma competitiva como foi no leilão de junho. Temos avaliado as alternativas no mercado, mas a prioridade onde vemos criação de valor está em projetos greenfield”, comentou o executivo.
Eletrobras já recebeu manifestação de interesse por térmica movida a combustível fóssil
A Eletrobras já recebeu manifestação de interesse por uma das térmicas movidas a combustíveis fósseis que serão vendidas no âmbito do plano de descarbonização da companhia, afirmou ontem (9/8) Wilson Ferreira Junior, presidente da empresa.
Em entrevista coletiva sobre os resultados do segundo trimestre, Ferreira destacou que tem expectativa de que a companhia receba a proposta pelo ativo ainda neste mês. Mas não sinalizou qual é o ativo em questão. (Valor Econômico)
Eletrobras vê número de clientes no ACL disparar
A Eletrobras viu seu número de clientes no mercado livre disparar. Passou de 32 para 162 ao final do segundo trimestre deste ano. O aumento reflete a aposta da empresa nesse segmento que poderá receber mais de 100 mil novos clientes a partir de janeiro de 2024.
O presidente da empresa, Wilson Ferreira Júnior, afirmou que a estratégia da companhia é diversificar o número de clientes e operar de forma integrada. Nesse caminho, disse ele em entrevista coletiva, está a concepção de novos produtos padronizados que são de interesse de clientes. Ou, ainda, estruturar produtos de acordo com especificidade de clientes. (Canal Energia)
Após dois reajustes de energia, CPI da Enel deve ser instalada hoje (10) na Alece
A Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) deve instalar, nesta quinta-feira (10/8), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel, com foco no contrato de concessão da distribuidora de energia, previsto para vigorar até 2028.
A CPI foi convocada após a companhia aplicar reajuste de 24,85%, em média, no ano passado, além de sucessivas reclamações a respeito da prestação de serviço da companhia no Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor. Na última terça-feira (8/8), a Procuradoria da Alece apresentou parecer favorável à abertura da CPI, cujo pedido foi protocolado no fim de fevereiro. As informações foram publicadas pelo portal Cariri Ativo.
Kinsol entra no mercado livre de energia e quer faturar R$ 40 milhões
A Kinsol Energias Renováveis, franquia especializada em soluções por meio da energia solar, anunciou sua entrada no mercado livre de energia. “Estamos há um tempo estudando e buscando formas de oferecer mais solidez para todas as nossas franquias e franqueados. Fizemos diversas pesquisas e estudamos para encontrar um diferencial inovador que representará um avanço, permitindo estabilidade financeira para nossos parceiros”, explica Maurício Crivelin, presidente da Kinsol.
“Os clientes que adquirirem a Kinsol no mercado livre poderão usufruir um benefício adicional, com a possibilidade de adquirir o sistema fotovoltaico”, afirma Crivelin. A oferta da Kinsol está direcionada a qualquer cliente do grupo A que tenha gastos a partir de R$ 10 mil em energia elétrica. Essa categoria abrange um amplo segmento de clientes, incluindo indústrias de médio e grande porte como, shopping centers, universidades, supermercados, padarias, hospitais, postos de gasolina, academias, entre outros. (blog Canal Executivo)
New Fortress espera fechar novos contratos de gás no Brasil nos próximos meses
A empresa norte-americana New Fortress Energy está empenhada em assinar novos contratos de fornecimento de gás natural no Brasil e iniciar a operação dos terminais de regaseificação de Barcarena (PA) e Baía de Babitonga (SC) entre o fim deste ano e início de 2024, disse o diretor financeiro da companhia, Christopher Guinta.
O executivo explicou que o plano original da NFE era iniciar as operações dos dois ativos no primeiro semestre de 2022, mas os projetos atrasaram em meio às mudanças no mercado global de gás natural liquefeito (GNL) após a eclosão da guerra da Rússia na Ucrânia. O conflito alterou os fluxos comerciais e de investimentos em direção à Europa – que busca reduzir a sua dependência do gás russo.
A New Fortress informou durante teleconferência com analistas e investidores, realizada terça-feira (8/8), que o terminal de Barcarena está “mecanicamente completo” e que o ativo deve começar a operar no quarto trimestre. O terminal de Barcarena está ancorado na demanda da Norsk Hydro e numa térmica de 630 MW, prevista apenas para 2025. O fornecimento à refinaria de alumina deve começar este ano. (portal EPBR)
Hidrogênio Verde será um dos temas do congresso Ecoenergy 2023
O Congresso Brasileiro de Geração de Energia Renovável – Ecoenergy terá o painel “Oportunidades e desafios no desenvolvimento de projetos integrados de energia renovável e hidrogênio” no dia 22 de setembro, às 16h30. O simpósio que encerra os três dias de congresso no WTC Events Center, em São Paulo, apresentará considerações sobre desenvolvimento de projetos, além de analisar o mercado e o cenário político-global. (Portal Radar Magazine)
Ciclo de baixa mais longo desafia Braskem
O ciclo de baixa da indústria petroquímica global será mais longo do que o esperado e seguirá pressionando os resultados dos produtores, em particular daqueles que estão expostos a matérias-primas com custos menos competitivos, como a Braskem. A expectativa, agora, é de recuperação gradual dos spreads petroquímicos em 2024, com normalização somente em 2025.
“O cenário é de ciclo de baixa, mas um ciclo de baixa atípico”, disse ontem (10/8) o presidente da Braskem, Roberto Bischoff. “Quase metade da demanda global está impactada de uma forma que é incomum considerando-se a última década, com a convergência de menor crescimento da demanda global e entrada de novas capacidades”, observou.
Nesse ambiente e na esteira de nova provisão relativa ao afundamento do solo em bairros de Maceió (AL), de pouco mais de R$ 1 bilhão, a companhia brasileira encerrou o segundo trimestre do ano com prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 771 milhões, com queda de 45% na comparação anual. (Valor Econômico)
Defasagem em preço de combustíveis inibe importação, e distribuidoras já restringem venda de diesel
A nova política de preços da Petrobras pode dificultar o abastecimento de diesel no mercado doméstico. Segundo cálculos do setor, a defasagem do preço dos combustíveis chega, atualmente, a 26%, tornando a importação do produto inviável para distribuidoras independentes.
Isso já se reflete no abastecimento do combustível, apurou a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo com fontes de distribuidoras, que ainda não sentem a falta do produto, mas começam a colocar restrições na venda em alguns pontos do país.
Chinesa BYD já vendeu quase toda a produção de carros elétricos
A chinesa BYD anunciou, ontem (9/8), ter atingido a produção de cinco milhões de veículos elétricos e híbridos. Até julho, as vendas acumuladas globais desses modelos ultrapassaram 4,8 milhões de unidades. A marca foi anunciada por Wang Chuanfu, presidente e CEO da fabricante, em uma cerimônia realizada na sede global da BYD, em Shenzhen, na China. “Hoje chegamos a um momento histórico para a BYD ao testemunharmos o lançamento do nosso veículo número 5 milhões da linha de produção”, afirmou. (Folha de S. Paulo)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: Depois de um 1º semestre mais complicado, os grandes bancos esperam uma segunda metade do ano mais positiva, principalmente devido ao ciclo de queda dos juros. De janeiro a junho, a inflação afetou a capacidade de pagamento das famílias, especialmente as de baixa renda, e impulsionou a inadimplência e as provisões para devedores duvidosos.
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O Estado de S. Paulo: A alta de crimes contra povos quilombolas e indígenas na Amazônia Legal tem feito algumas dessas comunidades recorrerem a tecnologias, como GPS e até drones, para proteger seus territórios. Somente no Pará, a violência contra esses povos quadruplicou em dois anos. Foram 232 registros no ano passado, segundo levantamento da Rede de Observatórios da Segurança.
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A prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, ontem (9/8), é o principal destaque da edição desta quinta-feira (10/8) dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo.
O relatório da investigação que embasou a operação traz trechos de depoimentos prestados à Polícia Federal (PF) pelo próprio Vasques e também pelo ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Nas oitivas sobre uma suposta tentativa de interferir no fluxo de eleitores no segundo turno do pleito do ano passado, os dois nomeados por Jair Bolsonaro (PL) deram informações conflitantes sobre os bloqueios em estradas perpetrados pela PRF na ocasião, sobretudo no Nordeste, única região do país na qual o hoje presidente e então candidato Luiz Inácio Lula da Silva superou o antecessor em votos. Enquanto Silvinei defendeu que “a operação não era da PRF”, Torres citou a “autonomia operacional” do órgão e alegou que “não tinha atribuição para vetar” eventuais planos de ação. (O Globo)
A Polícia Rodoviária Federal responsabilizou uma resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), emitida poucos dias antes do segundo turno da eleição do ano passado, pelo aumento das operações de fiscalização de meios de transporte no Nordeste no dia da votação. (Folha de S. Paulo)