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Cenário internacional abala consumo de energia de dois setores de peso na indústria – Edição da Tarde

Os setores têxtil e de metalurgia consumiram menos energia no primeiro semestre do ano, segundo dados que serão divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Os números ilustram como o cenário externo pesou na atividade econômica até agora este ano, conforme explica o blog Capital, do Globo.

Na indústria têxtil, a queda no consumo na primeira metade de 2022 foi de 3%, na comparação com o mesmo período de 2021. Na avaliação da CCEE, a indústria têxtil foi impactada pela alta dos preços de matérias-primas no mercado internacional e pela crise logística, que provocou atrasos e prazos maiores para entregas de Índia e China. Na metalurgia, setor que mais consume energia, o volume caiu 0,2%. As maiores quedas foram na produção de laminados planos de aço (-5,1%) e metais não ferrosos e suas ligas (-2,3%).

Para a CCEE, a guerra entre Rússia e Ucrânia e os lockdowns na China foram preponderantes, ao reduzir o preço do aço e encarecer fretes.

Aneel usa crédito tributário para reduzir tarifa em MS e MT 

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou mais duas revisões tarifárias extraordinárias (RTEs) nesta terça-feira (26/07) que permitem converter valores de créditos tributários das distribuidoras Energisa Mato Grosso do Sul (EMS) e Energisa Mato Grosso (EMT) em redução na conta de luz dos clientes. Os descontos passarão a valer a partir de amanhã.

O Valor Econômico informa que os clientes da EMS terão a redução média de 1,38% no valor da energia consumida, com corte de 1,3% para a classe de consumo de baixa tensão (residências e pequenos comércios) e diminuição de 1,27% para classe de alta tensão (indústria e comércio de grande porte).

Já as unidades consumidoras da EMT contarão com a queda de 1,38% em média, com índice de -1,4% para a classe baixa tensão e -1,33% para a alta tensão. Há duas semanas, a diretoria da Aneel já havia aprovado redução das tarifas para consumidores de dez distribuidoras. A aplicação dos descontos, por meio de revisão tarifária extraordinária, está prevista na Lei 14.385/22. A legislação é aplicada à devolução de valores relacionados à decisão judicial que excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins cobrado indevidamente na conta de energia.

Governo instaura consulta pública sobre abertura do mercado de energia

O Ministério de Minas e Energia instaurou nesta terça-feira (26/07) uma consulta pública sobre a proposta de abertura do mercado livre de energia elétrica para um universo maior de consumidores. A medida, que vinha sendo bastante aguardada pelo setor elétrico, visa permitir que todos os consumidores atendidos em alta tensão possam optar pela compra de eletricidade de qualquer supridor gerador ou comercializador a partir de 1º janeiro de 2024.

Pelas regras atuais, consumidores com carga igual ou superior a 1.000 kW, atendidos em qualquer tensão, já podem optar pela migração ao ambiente de contratação livre (ACL). Também já está previsto no regulamento atual que, a partir de 1º de janeiro de 2023, o limite de carga cairá para 500 kW. A minuta de portaria normativa publicada hoje define que qualquer consumidor atendido em tensão igual ou superior a 2,3 kV poderá migrar ao mercado livre. O texto define ainda que esses consumidores serão representados por comercializadores varejistas Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Com relação aos consumidores em baixa tensão, como as residências, a pasta disse que neste momento não seria possível abarcá-los na abertura de mercado, tendo em vista a necessidade prévia de que sejam promovidas evoluções legais e regulatórias decorrentes de uma eventual inclusão, de modo a resguardar a sustentabilidade da abertura de mercado para esse segmento. A informação foi divulgada pela agência Reuters e publicada por diversos sites de notícias, como os portais Money Times e CNN Brasil

Privatização da CEEE-G pelo governo do RS é questionada na CVM sob alegação de baixo preço

A Agência Estado informa que o deputado Pompeo de Matos (PDT/RS) e sindicatos de trabalhadores do setor elétrico entraram com uma representação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), questionando o valor de R$ 836,5 milhões pedido pelo governo do Rio Grande do Sul para privatizar a Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica CEEE-G. O leilão de privatização está marcado para a próxima sexta-feira (29/07), na B3, em São Paulo.

A denúncia foi realizada com base numa avaliação feita pela consultoria UPside Finanças Corporativas. O documento mostra que o valor patrimonial da companhia é R$ 1,361 bilhão, cifra superior ao mínimo pedido pelo governo para vender a estatal, e que uma eventual alienação dos ativos pelo valor mínimo resultaria em perda de R$ 524,4 milhões ao estado.

De acordo com a reportagem, a avaliação da Upside foi encomendada por sindicatos de trabalhadores do setor elétrico, entre eles o Sindicado dos Engenheiros no Estado do Rio Grande do Sul (Senge-RS), e encaminhada à Frente Parlamentar pela Preservação da Soberania Energética Nacional, presidida por Pompeo de Matos. Além de embasar uma denúncia na CVM, o relatório da Upside será utilizado em ações judiciais que tentam impedir o governo gaúcho de realizar o leilão.

Caso haja um comprador para a CEEE-G, ele levará cinco hidrelétrias, oito Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e duas Centrais Geradoras Hidrelétricas, que somadas totalizam 1,145 gigawatts (GW) em capacidade instalada. Desse montante, 909,9 megawatts (MW) são 100% da companhia e outros 343,81 MW são participações em consórcios ou Sociedades de Propósito Específico (SPEs).

Tereos avança no mercado de energia por biogás

A usina Tereos Açúcar e Energia Brasil, do grupo francês Tereos, fechou uma parceria com a Lemon Energia, que conecta geradores de limpeza com pequenos negócios, para fornecer eletricidade por biogás e empreendedores no interior de São Paulo. A energia aumentará a produção de biogás na usina da Tereos de Cruz Alta, localizada em Olímpia, no noroeste paulista. A unidade já produz biogás por meio da vinhaça, destilação de cana-de-açúcar.

A Lemon Energia, que atua no segmento de geração distribuída (GD), já fechou contratos com pequenas e médias empresas para contratação de capacidade de energia. As informações foram publicadas pelo portal Click Petróleo e Gás.

PANORAMA DA MÍDIA

A redução de tributos sobre combustíveis e a conta de luz, em uma reação do governo federal à escalada de preços por causa dos choques negativos associados à pandemia de covid-19 e à guerra na Ucrânia, já começou a moderar a inflação de julho. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia do principal indicador de preço dos país, divulgado nesta terça-feira (26/07), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desacelerou e atingiu 0,13% em julho, abaixo do 0,69% de junho. (O Estado de S. Paulo)

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A indústria de private equity e venture capital viu o Ibovespa pelo retrovisor na última década. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Venture Capital e Private Equity (ABVCAP), a taxa interna média anualizada de retorno dos fundos do setor, em reais, foi mais que o dobro do principal índice da bolsa brasileira entre 2010 e 2020. De acordo com o estudo, no agregado, os fundos de capital de risco, ou VC, e os de participação em empresas apresentaram retornos médios de 17,5% em reais e 11,2% em dólar em dez anos. Já o Ibovespa registrou um rendimento anual médio nominal de cerca de 7,4% no período. (Valor Econômico)