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Cerco ao carro a gasolina cresce no mundo e pressiona as petroleiras – Edição da Manhã

O jornal O Estado de S. Paulo traz hoje (06/12) uma série de reportagens sobre a transição da indústria de veículos movidos a combustível fóssil para alternativas ambientalmente sustentáveis. A reportagem mostra que vários países vêm anunciando prazos para o fim das vendas de veículos novos movidos a derivados do petróleo, e empresas mais focadas em ‘energia limpa’ ganham espaço nas Bolsas; para alguns analistas, porém, gasolina e diesel ainda têm uma longa sobrevida.

A Inglaterra anunciou, no mês passado, a antecipação, para 2030, da proibição de venda de novos carros movidos a gasolina ou diesel. O Japão também deve anunciar em breve uma proibição parecida, que entraria em vigor em meados de 2030. A China prevê colocar em vigor essa regra em 2035. Nos Estados Unidos, o Estado da Califórnia informou em setembro que, também a partir de 2035, veículos novos movidos a gasolina ou diesel estarão fora do mercado.

Com o avanço das discussões ambientais em todo o mundo, as limitações a esses carros deve aumentar cada vez mais. E isso tem colocado grande pressão sobre a indústria do petróleo. “O cerco está se fechando para que os países reduzam o uso de combustível fóssil”, diz Jaime Andrade, sócio da PwC Brasil.

Hoje, a gasolina e o diesel movem cerca de 90% dos novos carros vendidos no mundo. E esses produtos são uma parte muito importante dos ganhos das petroleiras. No caso da Petrobras, por exemplo, 50% da produção atual é de gasolina e diesel para o transporte rodoviário.

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A reportagem ressalta que em outubro, um acontecimento do mercado financeiro acabou se transformando num marco desse novo mundo mais preocupado com questões ambientais. A NextEra, uma das maiores geradoras globais de energia solar e eólica, ultrapassou, em valor de mercado, a ExxonMobil, que já foi a maior empresa privada do mundo.

Para Petrobras, petróleo terá espaço para muitas décadas

Na sequência de reportagens sobre a transição energética publicada hoje (06/12), o jornal O Estado de S. Paulo entrevistou Viviane Coelho, gerente executiva de Mudanças Climáticas da Petrobras. Na opinião da executiva, a transição para uma economia sem emissões de gases efeito estufa não será rápida, principalmente em países emergentes como o Brasil. Ela acredita que o petróleo ainda terá espaço por muitas décadas para produtores eficientes.

Viviane Coelha ressalta que há mais de uma década a estatal tem a transição energética no radar, com perfeita consciência da tendência de redução da demanda e do preço do seu principal produto, o petróleo. Mas, diferentemente de algumas de suas rivais, a opção, neste momento, é não entrar na produção de energias renováveis, mas, sim, continuar apostando no petróleo.

Os esforços são para manter em seu portfólio apenas projetos resilientes ao novo cenário de preços baixos. A seu favor, a empresa tem reservas gigantes da commodity no pré-sal, de baixo custo e baixo teor de carbono, garantindo vida longeva para os negócios da empresa.

PANORAMA DA MÍDIA

O principal destaque da edição deste domingo (06/12) da Folha de S. Paulo é a situação do Brasil em relação à corrida pelas vacinas contra a covid-19. A reportagem enfatiza que, ao apostar as fichas em poucas candidatas, o Brasil está ficando para trás na corrida das vacinas contra a covid-19, e a população corre o risco de ficar sem os imunizantes por mais tempo.

A grande favorita do governo federal é a produzida pela Universidade de Oxford (Reino Unido) em parceria com a AstraZeneca. Embora o imunizante tenha saído na frente na corrida, uma vez que já vinha sendo testado para outros coronavírus, sua média de eficácia foi de até 70%.

Segundo a reportagem, “é isso que o Brasil até agora pode almejar, já que não fechou acordos com as candidatas de maior eficácia apresentada até então, como as das farmacêuticas americanas Pfizer e Moderna (95% e 94,1%, respectivamente), formuladas a partir de RNA do vírus, tecnologia até então inédita em imunizantes aprovados para uso médico”.

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O jornal O Estado de S. Paulo destaca, em sua principal reportagem de hoje (06/12), que a proporção de casos de contaminação pelo coronavírus aumentou na faixa de jovens com até 29 anos, segundo dados do governo estadual. Em junho, essa faixa etária correspondia a 20% do total de infectados e, desde setembro, são 27% (considerando a data de notificação). De 1,250 milhão de diagnósticos até o dia iº de dezembro, no estado, 307,6 mil estão no grupo. Por outro lado, apenas 2% dos mortos são jovens.

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O jornal O Globo informa que o Brasil tem sido o principal alvo de hackers durante a pandemia de covid-19. Segundo a reportagem, são 2.300 tentativas de ataque cibernético por dia. Os ataques são conhecidos como ransomware, no qual os criminosos “sequestram” dados usando criptografia e exigem pagamento de um resgate para liberá-los.

A lista de casos que se tornaram públicos é extensa e diversa em todo o mundo. Segundo especialistas há uma segunda onda global dessa modalidade de crime digital, e os brasileiros estão entre os principais alvos. Um em cada três ataques com ransomware acontece no setor corporativo, e as companhias brasileiras estão na mira.

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