Diante dos objetivos globais de transição energética para uma economia de baixo carbono, a busca dos agentes do setor elétrico por ativos ESG (sigla em inglês para políticas ambientais, sociais e de governança) tem se tornado determinante. Essa foi uma das constatações do painel que debateu a eletrificação e a descarbonização da economia pela visão do setor no Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), realizado pelo Canal Energia.
O tema é objeto de estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que está em fase de conclusão de um relatório sobre a criação de um mercado de precificação de carbono e é consenso entre os players que as novas fontes renováveis podem contribuir para a criação de um mercado de carbono no Brasil.
A presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum, que participou do evento, conta que tem observado uma busca ao longo do desenvolvimento da indústria eólica no Brasil e “certificados de energia, de carbono e atributos das fontes renováveis, tem gerado uma demanda crescente entre os agentes”.
Volume de energia distribuída da EDP Brasil cresce 4,2% no terceiro trimestre
A EDP Brasil registrou 6.446 GWh em volume de energia distribuída no terceiro trimestre deste ano, aumento de 4,2% em relação ao mesmo período de 2020. O desempenho positivo, segundo a empresa, é resultado da recuperação da atividade econômica, refletindo o aumento da produção industrial e da atividade comercial, quando houve maior restrição das medidas de distanciamento social, como prevenção do Covid-19.
O para este período, no entanto, ficou para o segmento rural que registrou o maior crescimento do período, de 14,1%. As condições climáticas no trimestre ficaram dentro do esperado, sem impactos para o consumo. O número de clientes aumentou 2,2%, com expansão tanto na categoria de clientes cativos quanto de clientes livres. (Canal Energia)
Temor de interferência em preços trava venda de refinarias da Petrobras
Reportagem do Valor Econômico revela que a menos de um mês do primeiro prazo estabelecido pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a venda de suas refinarias, a Petrobras está com negociações suspensas para três das oito unidades incluídas em seu plano de desinvestimentos. Para analistas e executivos do setor, o temor de intervenção gerado pelas recorrentes declarações do governo e seus aliados em meio à escalada dos preços está dificultando as conversas e pode adiar o processo de abertura do segmento de refino para depois da eleição de 2022.
A Petrobras diz que “segue plenamente comprometida” com a venda de oito refinarias, que representam cerca de 50% da capacidade brasileira de produção de combustíveis, mas internamente já se sabe que os prazos atuais não serão cumpridos. Há um mês, o diretor de Exploração e Produção da companhia, Fernando Borges, chegou a admitir em evento virtual que o risco de interferência política dificulta investimentos em refino no país. A empresa, porém, preferiu não comentar o assunto.
União Europeia prevê energia cara até abril e lança medidas para aliviar consumidor
A União Europeia estima que os preços de energia continuarão altos no continente até pelo menos o final de março. O bloco europeu publicou ontem (13/10) um guia de medidas de curto prazo para reduzir o impacto sobre consumidores. Em média, segundo a Comissão Europeia (poder Executivo do bloco), o custo da eletricidade no atacado neste final de ano é o triplo do registrado no ano passado, principalmente por causa da alta no preço do gás.
O combustível, por sua vez, teve seu custo impulsionado pela recuperação pós-pandemia e por um forte aumento de demanda na Ásia. Em 1º de outubro, quando começou o ciclo anual do mercado de gás, os preços eram recordes históricos na Europa e na Ásia, de acordo com a Agência Internacional de Energia. (Folha de S. Paulo)
PANORAMA DA MÍDIA
Aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei que muda a cobrança de ICMS sobre os combustíveis deve enfrentar um caminho mais tortuoso no Senado. A avaliação é de interlocutores do governo na Casa, que preveem pressão dos governadores sobre os senadores durante a discussão do projeto. Isso porque a proposta resulta em perda de R$ 24,1 bilhões em arrecadação apenas para os estados. (Valor Econômico)