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Cesp muda estratégia para enfrentar GSF – MegaExpresso – edição das 7h

O Valor Econômico informa que a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) está atuando para contratar antecipadamente a exposição ao déficit de geração das hidrelétricas (GSF) projetada para 2019 com o melhor preço possível. A decisão foi tomada após a empresa registrar uma despesa de R$ 819 milhões em 2018 devido ao GSF (na sigla em inglês para diferença entre a energia contratada e a efetivamente gerada).

De acordo com a reportagem, a postura pró-ativa foi adotada depois que os novos controladores da Cesp – Votorantim Energia e fundo de pensão canadense CPPIB – assumiram o controle da companhia, no início de dezembro de 2018. O novo presidente da elétrica, Fábio Zanfelice, disse ontem, em teleconferência sobre resultados do ano passado, que acredita na redução dos preços de energia nos próximos meses, como reflexo da melhora nas chuvas vista em março.

Tarifa social será mantida mesmo após desoneração da conta de luz, diz Aneel

O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Sandoval Feitosa informa que, apesar do esforço de desoneração tarifária da autarquia, o subsídio da tarifa de baixa renda deve ser preservado. Ele explica que o Brasil possui uma “grande base” de consumidores de energia incluídos na faixa de baixa renda que não recebem na conta de luz o benefício da tarifa social – desconto de 10% a 65%, dependendo da faixa de consumo – a que têm direito.

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Segundo a Aneel, 8,6 milhões de famílias recebem a tarifa social. No Cadastro Único para programas sociais do governo, porém, estão inscritas 22,2 milhões de famílias. Para ser elegível à tarifa social, além do cadastro único, a família deve ter renda mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo, ou de até três salários mínimos em casos especiais (portador de doença ou deficiência que requeira uso continuado de equipamento elétrico). “É uma questão de justiça social a reavaliação dos subsídios na conta de energia, mas, por outro lado, deve-se buscar assegurar aos mais necessitados por lei o direito de receber o benefício”, afirmou Feitosa.

As afirmações foram feitas em entrevista ao jornal Valor Econômico.  Segundo Feitosa, é necessária a articulação entre distribuidoras de energia e prefeituras para identificar as famílias que podem ser incluídas no benefício.

Comunidades da Amazônia trocam diesel por energia solar

A Folha de S. Paulo traz hoje (28/03) uma reportagem sobre comunidades da Amazônia que não são atendidas pelas distribuidoras de energia elétrica. De acordo com a reportagem, essas comunidades correspondem a menos de 1% da população brasileira. São cerca de 500 mil famílias, e 70% delas estão na Amazônia, segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME).

Essas famílias dependem de termelétricas a diesel, mas esse perfil começa a mudar. A energia solar é uma alternativa estudada e projetos de microcentrais hidrelétricas e eólicas também têm sido testados por ONGs que atuam na região. Ainda de acordo com a Folha, desde 2017, uma dessas áreas indígenas passou a ser atendida pela distribuidora Celpa (Centrais Elétricas do Pará), com a instalação de painéis fotovoltaicos em 1.806 locais, incluindo casas, escolas e postos de saúde da reserva extrativista Verde Para Sempre, no Pará.

BTG vai reduzir participação na Eneva

O Valor Econômico informa que o BTG Pactual continuará um sócio relevante da Eneva, empresa do setor elétrico, depois da oferta secundária de ações anunciada ontem (27/03) pela companhia. Detentor de 26,8% das ações da empresa, o banco deve sair da oferta com uma fatia próxima de 23%. Assim, deve continuar sendo o maior sócio da Eneva, igualando sua posição à da gestora Cambuhy, que tem 23% da empresa hoje. A oferta secundária envolverá no máximo 60,5 milhões de ações, ou 19,2% do capital social da companhia.

Energia de RR já custou R$ 70 mil ao Brasil desde apagão na Venezuela

Para garantir o abastecimento energético de Roraima já foram gastos R$ 70 milhões desde o primeiro apagão ocorrido na Venezuela, no início do mês. Desde então, toda demanda do estado tem sido suprida exclusivamente por quatro usinas termelétricas locais.

De acordo com reportagem do portal de notícias G1, todos os dias as usinas consomem cerca de 1 milhão de litros de óleo diesel para manterem Roraima com energia, o que representa um custo diário de R$ 3,5 milhões, segundo Anselmo Santana, diretor de Relações Institucionais da Roraima Energia, empresa responsável pela distribuição no estado. Segundo Santana, o valor é subsidiado pela “Conta Nacional de Combustível (CNB)” – em referência à Conta de Consumo de Combustíveis –, sendo, portanto, pago por todo país. Roraima é o único estado brasileiro que não está conectado ao Sistema Interligado de Energia (SIN) e, portanto, importa energia elétrica do país vizinho, a Venezuela.

Petrobras estuda medidas para reduzir exposição com gás boliviano

O site Brasil Energia informa que a Petrobas estuda alternativas para reduzir a exposição do contrato de importação de gás natural proveniente da Bolívia. Uma das possibilidades é estender, até 2023, o período para retirada do volume de gás já pago pela estatal. A petroleira brasileira não informou mais detalhes da negociação por se tratar de um acordo comercial.

De acordo com a reportagem, a estatal brasileira aplicou, nesta semana, uma multa à YPFB por volumes contratados e não entregues em 2018. O motivo para a não entrega dos volumes contratados se deu em função de dificuldades enfrentadas pelos bolivianos com a queda de produção de seus campos de gás.

PANORAMA DA MÍDIA

A tensão política em Brasília, provocada por constantes atritos verbais entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), segue nas manchetes dos principais jornais do país, que destacam o temor do mercado pela reforma da Previdência. O Valor Econômico informa que ontem (27/03), a Bolsa de São Paulo teve queda de 3,57%, acumulando perda de 8 mil pontos. Em um cenário de instabilidade política, as expectativas sobre o futuro das empresas são revistas para baixo, o que impacta diretamente o preço das ações. Já o dólar subiu 2,27% e fechou a R$ 3,95, o que reflete a busca por ativos de menos risco por parte de investidores.

O Estado de S. Paulo ressalta que nem a ida do ministro Paulo Guedes ao Senado contornou a situação. Durante quase cinco horas, ele respondeu a uma série de perguntas dos parlamentares sobre a reforma da Previdência e afirmou que não insistirá no cargo, caso sua agenda não seja aceita. “Não tenho apego ao cargo, mas não saio na primeira derrota”, disse o ministro. A crise política foi o tema, também, da manchete do Correio Braziliense.

A Folha de S. Paulo informa que o ministro Paulo Guedes fez críticas à atuação do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, na questão da reforma da Previdência. E a jornalista Miriam Leitão, do Globo, destaca a afirmação do ministro, de que a taxa Selic pode cair 1% ou 2% se a reforma da Previdência for aprovada.

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