O Valor Econômico traz matéria, em sua edição de hoje (12/04), sobre o leilão dos volumes excedentes da cessão onerosa do pré-sal que o governo federal pretende realizar em 28 de outubro, um negócio que deverá movimentar bilhões de reais. O jornal informa que, além da Petrobras, o certame deve atrair a atenção de grandes produtoras mundiais de petróleo que já estão com um pé na camada pré-sal, uma das mais produtivas do mundo.
O pré-sal, responsável por 55% da produção nacional, deverá representar cerca de 80% em 2027, com forte participação da Bacia de Santos, segundo projeção da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Estimativas no mercado apontam que os excedentes podem superar 15 bilhões de barris, com possível produção no pico de até dois milhões de barris por dia e inclusive implicar a instalação de mais de dez plataformas de produção. A EPE estima que a cessão onerosa, incluindo os volumes excedentes, responderá por 35% da produção em 2027.
Retorno do fornecimento de energia da Venezuela para Roraima é incerto
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse ontem (11/04), que o governo brasileiro não sabe se a Venezuela vai voltar a fornecer energia elétrica para Roraima. O abastecimento foi cortado em março, em decorrência do primeiro, da série de apagões que ocorreram no país vizinho, do qual o Brasil compra energia para Roraima.
Bento Albuquerque informou que o governo federal tem conversado com técnicos da empresa venezuelana de energia Corpoelec, mas “nem eles sabem dar respostas”.
Roraima é o único estado brasileiro que não faz parte do Sistema Interligado Nacional (SIN). A ligação depende da construção do Linhão de Tucuruí, cujas obras devem começar em junho. A previsão do governo é que as licenças necessárias para a obra sejam emitidas até maio.
O projeto visa criar uma linha de transmissão de pouco mais de 700 km entre Manaus (AM) e Boa Vista. Ele está parado há anos, por causa de um impasse com os índios Waimiri-Atroari que vivem na reserva por onde o linhão deve passar.
Hoje, em decorrência da situação da Venezuela, o estado de Roraima é abastecido, exclusivamente, por termelétricas locais. Em visita a Boa Vista, capital do estado, Bento Albuquerque anunciou um aporte de 30 megawatts de geração nas térmicas para a região, a partir de setembro. A reportagem é do portal de notícias G1.
Grupo criado para modernizar o setor elétrico terá seis meses para concluir estudo
O Jornal do Comércio, do Rio Grande do Sul, publicou hoje, matéria sobre atividades que estão sendo realizadas no setor elétrico brasileiro. Um dos destaques é sobre o grupo de trabalho designado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para desenvolver um estudo que traga propostas de modernização do setor, incluindo itens como expansão, digitalização, racionalização de encargos e subsídios, e mecanismos de formação de preços. O prazo inicial é de seis meses e poderá ser renovado por mais três meses.
Outro tema abordado na matéria é a participação da energia solar nas agendas dos leilões de energia elétrica do governo. O jornal ressalta que a energia solar superou a eólica na oferta de potência para o próximo leilão A-4, que irá se realizar em 28 de junho e que visa aumentar a oferta de eletricidade no País a partir de 2023.
A energia solar fotovoltaica apresentou 751 projetos, com capacidade instalada total de 26,2 GW, superando os 23,1 GW da energia eólica, que também cadastrou 751 projetos.
Investimento solar em SP é o que mais demora a se pagar
A Folha de S. Paulo publicou hoje (12/04), em sua coluna Painel S.A., uma nota sobre o retorno do investimento feito em painéis solares. Com o título de “Na sombra”, a nota informa que uma pessoa que queira instalar painéis solares em sua casa em São Paulo levará quase o dobro do tempo para recuperar o investimento do que alguém do Rio de Janeiro. O tempo médio de retorno na capital paulista é de 5,3 anos, contra 2,7 anos no entorno da capital fluminense.
Ainda de acordo com a nota, no segmento de média tensão, de pequenas indústrias e comércios, a capital em que o investimento se paga mais rapidamente é Manaus (4,5 anos). A mais demorada é Macapá, com 7,6 anos. A reportagem é do portal de notícias G1.
Petrobras suspende reajuste do diesel
A estatal havia anunciado reajuste de 5,7% nas refinarias, que entraria em vigor nesta sexta-feira e passaria de R$ 2,1432 para R$ 2,2662. De acordo com matéria publicada pelo jornal O Globo, o reajuste foi suspenso a pedido do governo federal, que considerou a importância do diesel para os caminhoneiros e o custo do transporte de cargas.
Esse seria o primeiro reajuste desde que a estatal anunciou uma nova política, no fim de março, que assegura um intervalo mínimo de 15 dias nas revisões de preços para cima ou para baixo.
PANORAMA DA MÍDIA
O governo federal enviou ao Congresso uma proposta que institui a autonomia do Banco Central (BC), cujo presidente terá mandato de quatro anos, não coincidente com o do chefe do Executivo. Este é o destaque de hoje do jornal O Globo, que ouviu a opinião de analistas de mercado, para quem a formalização da autonomia do BC em lei tende a reduzir a taxa de juros do país.
O Correio Braziliense informa que 13 mil cargos vagos e que vierem a vagar no serviço público federal foram extintos por decreto presidencial. A medida também limitará a realização de concursos públicos neste ano. A decisão de enxugar o quadro de pessoal na Esplanada foi um dos 18 atos anunciados ontem, pelo presidente Jair Bolsonaro, na cerimônia dos 100 primeiros dias do governo. Entre as medidas anunciadas estão, também, a instituição do 13º para quem recebe bolsa família e a regulamentação do ensino em casa. O Estado de S. Paulo também destaca medidas anunciadas ontem pelo presidente Jair Bolsonaro.
O Valor Econômico retoma o tema da reforma da Previdência em matéria de capa. De acordo com o jornal, a Câmara dos Deputados já tem 201 parlamentares inclinados a votar pela aprovação da proposta – 52 a mais do que em 13 de março, quando o Valor publicou a primeira avaliação feita pela consultoria Atlas Político. O apoio à reforma, portanto, aumentou 34,9% em um mês. Hoje, 98 deputados são francamente favoráveis à proposta de emenda constitucional (PEC) e outros 103 oferecem “apoio parcial” ao texto (defendem grande parte da redação, mas têm restrições a alguns aspectos). Diminuiu bastante a indefinição dos parlamentares, mas o número continua alto: 172. O total de opositores convictos variou pouco, caindo de 143 um mês atrás para 140 agora.
A Folha de S. Paulo informa que a reforma da Previdência, se aprovada com o texto original apresentado ao Congresso, poderá reduzir a distribuição de remédios a pacientes da rede pública de saúde obtidos com decisão judicial. Isso porque, informa o jornal, a proposta de reforma das aposentadorias altera o parágrafo 5 do artigo 195 da Constituição. O trecho trata do orçamento da seguridade social, que abrange saúde, Previdência e assistência social.
