Desde a semana passada, quando a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizaram o Fórum de Debates 2019 sobre segurança de mercado, o setor vem avaliando propostas que serão colocadas em audiência pública, entre junho e julho.
Uma das propostas em discussão pelos órgãos reguladores visa estabelecer chamadas de margem semanais junto aos agentes do mercado. A medida prevê um aporte de garantias prévio à liquidação financeira das operações, que acontece mensalmente. O objetivo é aumentar a segurança contra a inadimplência na comercialização de energia elétrica, em movimento que vem após casos de algumas tradings de energia que enfrentaram dificuldades financeiras e descumpriram contratos.
CCEE e Aneel defendem que o mecanismo poderia reduzir eventuais inadimplências, uma vez que empresas que não depositassem os valores para assegurar suas operações poderiam ser punidas mais rapidamente, ou seja, não seria necessário esperar a liquidação mensal das transações.
Na última sexta-feira (24/05), a agência de notícias Reuters produziu matéria sobre o tema e ouviu, de agentes de mercado, que a chamada de margem, se implementada, irá aumentar a segurança de mercado, mas deverá acarretar desafios de implementação, com a possibilidade de aumentar os custos operacionais das empresas. A medida exigiria, provavelmente, a contratação de pessoal ou investimento em software por parte das empresas, custos que podem acabar repassados aos consumidores que comprar energia no mercado livre.
A matéria divulgada pela Reuters foi reproduzida por diversos veículos de comunicação, entre eles o portal do jornal DCI na internet.
Aumento na conta de luz pode elevar o número de endividados no RJ
Serviços de cobrança e proteção ao crédito no Rio de Janeiro avaliam que o número de inadimplentes no estado deverá aumentar por causa dos reajustes nas contas de luz autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Foi o que apurou o portal de notícias G1. A reportagem ressalta que os clientes da Light terão de pagar, no próximo mês, 11,52% a mais nas tarifas residenciais. As contas de luz dos consumidores da Enel Rio também vão subir. A média é de 9,72%.
Segundo levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito/Serasa, citado pela reportagem, a maior parte das pendências dos brasileiros (52%) está ligada aos bancos, envolvendo dívidas relativas ao cartão de crédito, ao cheque especial, a financiamentos e empréstimos. No entanto, o mesmo estudo aponta que os débitos relativos às contas de água e luz já representam 10%.
PANORAMA DA MIDIA
A elevada evasão escolar provoca perdas anuais de R$ 151 bilhões à economia brasileira. São cerca de 1,5 milhão de jovens entre 15 e 17 anos fora da escola. Estudo realizado pelo economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper, Ricardo Paes de Barros, indica que há um custo para cada um desses jovens, impedidos de ocupar vagas com maior renda apenas com o ensino fundamental. A conta inclui também os custos para o país de ter na sua população trabalhadores menos qualificados. Este é o destaque na edição de hoje (26/05) do jornal O Globo.
A reportagem enfatiza que o resultado da evasão escolar na adolescência é que, dos 3,2 milhões de jovens que completam 18 anos a cada ano, 35% não terminam o ensino médio: o equivalente a 1,12 milhão nessa condição. O custo financeiro para o país é de R$ 135 mil ao ano, para cada jovem que não se forma.
A Folha de S. Paulo deu destaque à atuação dos partidos que comandam hoje o Congresso Nacional, o chamado grupo do Centrão, que reúne cerca de 200 parlamentares. De acordo com a reportagem, os líderes desses partidos definiram um pacote de medidas para limitar o raio de ação do presidente Jair Bolsonaro e tocar por conta própria temas considerados cruciais pelo empresariado e pelo mercado, como as reformas da Previdência e tributária.
O Correio Braziliense e o Estado de S. Paulo trazem, na primeira página, reportagem sobre as manifestações programadas para este domingo por apoiadores de Bolsonaro. Os dois jornais destacam que as manifestações nas ruas testam o apoio ao Planalto.
Segundo o Estado, por meio das redes sociais, organizadores haviam convocado até ontem (25/05), atos em pelo menos 312 cidades brasileiras. São Paulo lidera o número de municípios que têm manifestações programadas, com 63 cidades. Minas Gerais é o segundo, com 39 mobilizações.
O Correio Braziliense ressalta que “o risco de desgaste com as instituições e com o eleitorado está no cálculo de governistas e oposicionistas”.