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Chile inaugura primeira usina de energia termossolar da América Latina – Edição da Tarde

Reportagem publicada no site do jornal O Estado de S. Paulo (o link inclui vídeo) informa que o Chile inaugurou ontem (08/06), a primeira usina termossolar da América Latina, a Cerro Dominador, no deserto do Atacama, o mais seco e com maior radiação solar do mundo. Em uma área circular de 1.000 hectares, 10.600 helióstatos (espelhos) cercam uma torre de 250 metros de altura no topo da qual os raios do sol são refletidos.

O projeto, instalado a 100 quilômetros da cidade de Calama, consiste em dois componentes: um sistema fotovoltaico de 100 MW, em operação desde 2017, com 392 mil painéis solares, e um sistema solar térmico, com 110 MW de capacidade instalada. Os dois componentes, juntos, gerarão uma capacidade total de 210 megawatts e fornecerão energia verde para a rede elétrica chilena. “É uma fábrica que se encontra na fronteira do conhecimento e da tecnologia. Não há planta que tenha tecnologia melhor do que esta”, disse o presidente do Chile, Sebastián Piñera, no evento de inauguração.

Caminhos da energia

Esse é o título de um suplemento especial publicado hoje (09/06) pelo jornal O Estado de S. Paulo, com foco em energias renováveis. Em uma série de reportagens, o suplemento traz informações sobre a matriz elétrica brasileira.

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Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) , cerca de 83% da geração elétrica no Brasil provém de fontes renováveis, com destaque para a hídrica e avanços constantes em eólica e solar, além da biomassa. O suplemento inclui reportagens sobre clima e planejamento do setor elétrico; complementaridade de fontes para garantir a segurança do sistema; tecnologia para expansão da fonte renovável, cidades inteligentes; e mobilidade elétrica.

BC vê reprecificação de energia como ‘choque temporário’

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse ontem (08/06) que o desempenho do setor de energia no Brasil, com a expectativa de uma crise hídrica, tem contribuído para que as projeções para a inflação deste ano subam, já que há informações de que o nível dos reservatórios está baixo e que termelétricas começaram a ser usadas.

“Muito já foi falado sobre inflação, e temos tido revisões para cima para 2021, pois há muitos choques, como o de reprecificação de energia”, comentou durante palestra “Monetary policy outlook for Brazil in 2021” em webinar promovido pelo banco JPMorgan. Segundo ele, no entanto, o BC ainda enxerga esses choques como “temporários”.

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá na próxima semana para decidir o rumo dos juros no Brasil. O BC brasileiro foi um dos primeiros do mundo a promoverem um aperto monetário depois de meses de administrar a Seilc em seu nível histórico mais baixo e essa afirmação de Campos Neto pode sinalizar que o processo de ajuste parcial seguirá na próxima reunião.

“Quando olho para a reprecificação de energia, temos também que acompanhar outros preços administrados”, afirmou ele, salientando que é possível haver contaminação de energia para outros preços. “Mas em alguns momentos será reestabilizado”, considerou. (portal InfoMoney)

É preciso enxugar ‘jabutis’ e aprovar MP da Eletrobras

De acordo com reportagem do Valor Econômico, a medida provisória (MP) 1.031/2021, de privatização da Eletrobras, pode ser votada no Senado nesta semana. Ainda segundo o jornal, raramente uma MP conseguiu tamanha unanimidade de críticas. Renomados especialistas da área defendem que o Senado deveria vetar o texto ou simplesmente deixar que caduque.

O relator Elmar Nascimento (DEM-BA), na Câmara Federal, incluiu diversas emendas parlamentares não relacionadas ao texto original, os chamados ‘jabutis’. Se o projeto passar, a única certeza que fica é que a conta do consumidor deverá subir e as regras do setor elétrico serão deturpadas. Ainda de acordo com a reportagem, essas emendas “são tão inexplicavelmente direcionadas que dão razão às críticas de que nasceram de interesses fisiológicos, inspiradas por lobistas, movidas por interesses espúrios, obra acabada do espírito do centrão”.

Consumo de energia residencial segue em alta e inadimplência caiu na crise, diz Equatorial

O presidente da Equatorial Energia, Augusto Miranda, afirmou que o consumo de energia pelas residências, registrado pela empresa, segue em alta em 2021, após o aumento do ano anterior. Apesar da crise, ele afirma que a inadimplência diminuiu. O executivo participou hoje (09/06) da transmissão ‘Live do Valor’, que pode ser vista a partir deste link.

Segundo Miranda, houve aumento de 3,8% no consumo da energia distribuída pela Equatorial nos estados onde atua – Maranhão, Piauí, Alagoas e Pará – em 2020 na comparação com o ano anterior. No primeiro trimestre desse ano, essa trajetória de alta se confirmou, com avanço de 4% nesse consumo na comparação com mesmo período do ano passado, quando ainda não havia pandemia. Em contrapartida, disse o executivo, a inadimplência recuou mesmo durante a crise, quando a renda das famílias despencou. Miranda atribui o fato não só às medidas protetivas das empresas e do governo, como o auxílio emergencial, mas, sobretudo, à expansão da plataforma digital da Equatorial, que facilitou pagamentos.

PANORAMA DA MÍDIA

A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acelerou de 0,31% em abril para 0,83% em maio, a maior taxa para o mês desde 1996, quando foi de 1,22%. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (09/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em maio de 2020, o IPCA teve deflação, de 0,38%. A taxa de maio de 2021 ficou acima da mediana das projeções de 35 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de um avanço de 0,70%.

A energia elétrica subiu 5,37% e foi o maior impacto individual para a inflação no mês: o item respondeu por 0,23 ponto percentual da alta de 0,83% do IPCA. Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Entre janeiro e abril, estava em vigor a bandeira amarela, cujo acréscimo é menor (R$ 1,343). Houve também influência de reajustes em algumas regiões. (Valor Econômico)