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China dá o troco: Pequim anuncia tarifas adicionais sobre carvão, gás e petróleo dos EUA, e ainda investigará o Google – Edição do dia

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Crédito: Marcelo Casal (Agência Brasil)
Crédito: Marcelo Casal (Agência Brasil)

A China anunciou nesta terça-feira (4/2) que vai impor tarifas adicionais de 15% sobre a importação de carvão e gás natural liquefeito e de 10% sobre petróleo e maquinário agrícola provenientes dos Estados Unidos. As novas tarifas chinesas entrarão em vigor na próxima segunda-feira (10/2), informou o Ministério das Finanças local.

A medida foi divulgada após Washington anunciar tarifas adicionais sobre as importações chinesas, o que, segundo o Ministério do Comércio de Pequim, “viola seriamente as regras da Organização Mundial do Comércio”.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciara no sábado (1/2) tarifas adicionais de 25% sobre as importações do México e do Canadá, e de 10% sobre as da China. No entanto, as medidas contra México e Canadá foram adiadas por um mês após negociação. O republicano afirmou que as medidas comerciais têm o objetivo de punir esses três países por não conterem o fluxo ilegal de migrantes e drogas para o território dos Estados Unidos.

Em resposta, Pequim apresentou uma reclamação formal à Organização Mundial do Comércio (OMC) “para defender seus legítimos direitos e interesses” diante da imposição de tarifas adicionais dos Estados Unidos sobre seus produtos. (O Globo)

Lula diz a Alcolumbre que vai aprovar pesquisas para exploração de petróleo na Margem Equatorial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se comprometeu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), a destravar a proibição de pesquisas na região da Foz do Amazonas, que integra a Margem Equatorial, como informou o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

O petista recebeu Alcolumbre e o presidente eleito da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), expôs as prioridades do governo e, pela primeira vez, fez uma promessa deixando explícito que a exploração é uma decisão que será anunciada no curto prazo. O tema enfrenta a resistência de ambientalistas e da ministra Marina Silva (Meio Ambiente) e divide alas do próprio governo às vésperas do país sediar a COP-30, em novembro.

Calor será opressivo nesta terça-feira no RS

A MetSul Meteorologia adverte que o calor será opressivo nesta terça-feira (4/2) em várias regiões do Rio Grande do Sul com marcas excepcionalmente altas que oferecem risco à saúde e à vida principalmente de pessoas que são vulneráveis, como os idosos e com comorbidades.

A MetSul informa, ainda, que a Argentina registra 44ºC. A bolha de calor instalada entre o Centro e o Norte da Argentina traz calor excessivo e extremo em diversas províncias do país vizinho com máximas acima dos 40ºC em muitas cidades neste começo de semana. Milhões de argentinos enfrentam o calor excessivo.

Ontem (3/2), a cidade de Buenos Aires teve o dia mais quente do ano até o momento, com temperatura máxima no Observatório Central de Villa Ortúzar de 37,6ºC. No Aeroparque, pelo efeito das águas do Rio da Prata ao lado, a máxima não passou de 34,3ºC.

Do calor extremo às tempestades: o setor elétrico está preparado?

Reportagem da Agência Eixos destaca que a era dos extremos climáticos já chegou ao Brasil e o setor elétrico está sentindo o peso disso no seu planejamento para os próximos anos. Segundo a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), as concessionárias já anunciaram investimentos de R$ 30 bilhões por ano até 2027, com foco na redução das interrupções no fornecimento de energia, a exemplo dos apagões durante tempestades.

De acordo com uma segunda reportagem da Eixos, cerca de 40% desse montante será destinado à resiliência das redes. Os valores desembolsados são duas vezes maiores do que se investiu entre 2022 e 2023 para modernizar as redes. O movimento ocorre em meio à iminência de renovação de contratos –  21 concessionárias têm contratos encerrando entre 2025 e 2031 –, regras mais rígidas do governo federal para os aditivos, e previsões de tempestades mais frequentes e severas, assim como ondas de calor e períodos de seca mais intensos.
 
Publicada no final de janeiro, análise do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) calcula que o Brasil ficou 0,79ºC mais quente no ano passado, com a maior parte do país registrando anomalias de temperatura acima de 2°C. Isso se traduziu, no nosso dia a dia, em 578 municípios relatando cerca de R$ 20 bilhões em prejuízos relacionados aos eventos climáticos.

Petrobras registra queda de 9% na produção do pré-sal, no 4º trimestre

A Petrobras informou ontem (3/2) que a produção de petróleo e líquido de gás natural (LGN) vinda do pré-sal caiu 9,1% para 1,760 milhão de barris por dia, no quarto trimestre de 2024, em relação a igual período do ano anterior. O dado consta no relatório de produção e vendas. No dado consolidado de 2024, a produção do pré-sal subiu 0,4%, para 1,813 milhão de barris por dia em comparação com 2023. (Valor Econômico)

Petrobras usará IA para exploração do pré-sal

A Petrobras e a startup Wikki Data firmaram nesta segunda-feira (3/2) uma parceria que, por meio da inteligência artificial, promete tornar os processos de exploração muito mais precisos, reduzindo custos da petroleira.

Chamado de Wisdom (Well Integrity System for Design, Operation and Maintenance), o software será usado no pré-sal para melhorar a gestão dos poços. (Folha de S. Paulo)

Banco Central detalha decisão de elevar Selic a 13,25% em ata do Copom nesta terça

O jornal O Globo informa que o Banco Central (BC) vai detalhar na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) desta terça-feira (4/2) a decisão do encontro da semana passada de elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, de 12,25% para 13,25% ao ano.

No documento, a expectativa é de que o colegiado liderado por Gabriel Galípolo dê algumas pistas sobre até onde pretende ir com o ciclo de alta de juros, para além da promessa de aumentar a taxa a 14,25% na próxima reunião, em março, chegando ao maior nível desde outubro de 2016.

A ata pode ainda dar mais explicações sobre os novos riscos de baixa para a inflação futura observados pelo BC: uma desaceleração mais forte da atividade doméstica e um impacto deflacionário para economias emergentes de “choques sobre o comércio internacional”.

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: Após acordos de última hora com México e Canadá, o presidente Donald Trump decidiu adiar por um mês a imposição de tarifas de 25% sobre importações de produtos dos dois países pelos EUA, que entrariam em vigor a partir de hoje. México e Canadá planejavam retaliar, aumentando a perspectiva de uma guerra comercial regional mais ampla.

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Folha de S. Paulo: Dois dias após consolidar suas ameaças e assinar um decreto para tarifar produtos importados do México e do Canadá, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma pausa de um mês na taxação. Isso depois ter costurado acordos para reforçar a segurança nas fronteiras com os dois países com cerca de 20 mil agentes.

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O Estado de S. Paulo: As tarifas de 25% dos Estados Unidos sobre as importações do México anunciadas pelo presidente Donald Trump, que deveriam entrar em vigor na terça-feira (4/3), serão suspensas por um mês, segundo os governos dos dois países, após um acordo negociado entre o republicano e a presidente Claudia Sheinbaum. Em troca da pausa na aplicação de tarifas contra suas exportações aos EUA, o México reforçará a fronteira com 10 mil homens da Guarda Nacional para combater o tráfico de drogas, especialmente de fentanil  um opioide sintético responsável pela maior parte das overdoses nos EUA nos últimos anos.

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O Globo: A Bolsa de Hong Kong subiu mais de 3% no pregão da manhã desta terça-feira, 3 de fevereiro (hora local), em linha com outros mercados asiáticos, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a acordos com México e Canadá para adiar a imposição de tarifas.

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