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Choque de energia barata começa com gás da Bolívia – MegaExpresso – edição das 7h

O gás importado da Bolívia deverá ser a primeira peça da transformação do mercado brasileiro do combustível. Com parte dos contratos de fornecimento entre a estatal de óleo e gás Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e a Petrobras vencendo em 2020, a importação deverá ser disputada por outras empresas que atuam no mercado brasileiro.

A análise é do secretário de Planejamento, Energia e Loterias do Ministério da Economia, Alexandre Manoel. Em entrevista ao Valor Econômico, ele afirmou que a expectativa no governo é que, com isso, os preços já comecem a cair, dando início ao choque de energia barata prometido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Atualmente, o gás boliviano é importado para o Brasil exclusivamente pela Petrobras. No entanto, o Novo Mercado do Gás (NMG) pretende abrir espaço para a competição.

Os contratos a vencer com a Bolívia somam 18 milhões de metros cúbicos ao dia, para um consumo brasileiro de 60 milhões de metros cúbicos ao dia. O novo mercado do gás, explicou o secretário, vai tirar a Petrobras das atividades de transporte e distribuição, abrindo espaço para outras empresas entrarem nesse mercado. A estatal vai concentrar-se na produção.

Vale e Petrobras puxam PIB para baixo

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Estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a pedido do jornal O Estado de S. Paulo indica que dificuldades na produção de duas das maiores empresas nacionais, Vale e Petrobras, devem reduzir significativamente o crescimento do país neste ano. O mau desempenho da indústria extrativa no primeiro semestre diminuirá em 0,2 ponto porcentual a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, apesar da melhora esperada até o fim do ano. O montante equivale a uma perda de R$ 13,7 bilhões, a preços de 2018.

O levantamento do Ipea foi feito com base nos relatórios de produção da Vale e da Petrobrás, divulgados na semana passada, além de dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Sistema de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Argentina equilibra conta de petróleo e gás depois de oito anos

O Valor Econômico informa que a Argentina está perto de ter superávit novamente na conta de petróleo e gás, depois de conviver oito anos com déficit no setor. Isso porque a produção de gás não convencional – o gás de xisto –, está acelerando e deve diminuir a necessidade de importação da Argentina.

Em junho, a produção total de gás da Argentina foi a maior em 11 anos, com um total de 140 milhões de m3 /dia – crescimento de 5,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse aumento deve-se à produção 28% maior de gás de xisto, que compensou a queda de 7% do gás natural. Segundo analistas ouvidos pela reportagem, para continuar expandindo a produção, será preciso mais gasodutos e plantas de liquefação.

PANORAMA DA MIDIA

O endividamento das famílias brasileiras voltou a crescer e agora alcançou o maior nível em três anos, segundo dados do Banco Central (BC), utilizados como base para o principal destaque da edição de hoje (05/08) do Valor Econômico. Em maio, a taxa de endividamento em relação à renda acumulada em 12 meses subiu para 44,04%, maior nível desde abril de 2016. Em maio do ano passado, essa taxa era de 41,9% e no auge da crise, em abril de 2015, de 46,8%. Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC) também mostra aumento no número de famílias que se declaram endividadas. Elas eram 64,1% do total em julho, maior percentual desde maio de 2013 (64,3%).

A pauta em destaque do jornal O Globo é a retomada dos debates sobre a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, a partir da próxima semana, para a votação em segundo turno. De acordo com a reportagem, a estratégia do governo para bloquear mudanças no texto será apresentar estudos sobre os gastos elevados com benefícios no Brasil. Um dos pontos que mais preocupa a equipe econômica é a pensão por morte. No primeiro turno de votação, o tema foi bastante explorado pela oposição, que defende que o benefício não possa ser inferior a um salário mínimo.

A manchete do Correio Braziliense é sobre o impacto do juro baixo para quem busca investimentos como forma de poupar recursos para a aposentadoria.

O Estado de S. Paulo informa que o Ministério da Economia vai propor um aumento de 50% dos recursos para o Fundeb, o fundo que atende a educação básica no Brasil. Em entrevista ao jornal, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Junior, antecipa que a ideia é saltar dos atuais R$ 13 bilhões para R$ 19,5 bilhões. Segundo ele, para conseguir esse dinheiro adicional, o plano é desidratar os chamados fundos constitucionais, que são fundos regionais abastecidos com recursos públicos e que financiam pequenas empresas, produtores rurais e programas destinados a reduzir a desigualdade e gerar emprego.

A Folha de S. Paulo traz uma reportagem sobre as dificuldades encontradas por promotores do estado em ressarcir valores que empreiteiras relatam ter repassado a políticos. De acordo com o jornal, as tentativas feitas pela Promotoria esbarram em resistência do governo João Doria (PSDB) e de outros membros do próprio Ministério Público de São Paulo. Em foco, estão acordos de leniência da Promotoria com as empreiteiras Odebrecht e com a CCR (controlada por Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Soares Penido) homologados por juízes estaduais e que chegam a R$ 103 milhões.

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