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Choque do petróleo pode fazer arrecadação de municípios do Nordeste cair quase 20% - Edição da Manhã

O choque de preços do petróleo deve reduzir em 18% a arrecadação de royalties dos municípios do Nordeste em 2020. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) avalia que a perda será de R$ 200 milhões para os cofres públicos das cidades de região.

O Valor Econômico mostra o que essa perda de arrecadação significa para municípios da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe, onde a Petrobras desativou dezenas de campos em águas rasas e se prepara para reduzir as atividades terrestres nos próximos meses. A paralisação das operações é justificada dentro da lógica empresarial, pelos altos custos dos ativos, e afeta apenas 1% da produção da estatal.

Mas para uma série de pequenos municípios da região, cujas economias giram em torno da petroleira, o impacto deverá ser grande. Muitos desses municípios são pobres em receitas e dependem não só dos royalties para manter os serviços básicos para a população, mas também dos efeitos indiretos da atividade petrolífera local, que mobiliza fornecedores de bens e serviços e emprega centenas de pessoas, dinamizando a economia local.

A reportagem ouviu prefeitos da região e sindicatos do setor do petróleo, que relatam desde a demissão de empregados que trabalham como terceirizados, contratados por empresas prestadoras de serviços para a Petrobras, até o fechamento de hotéis, pousadas, bares, restaurantes e o comércio em geral, que apoiam as atividades da petroleira.

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Em teleconferência com jornalistas, realizada em abril, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, negou que haverá “demissões em massa” de funcionários próprios. Quanto à demissão de terceirizados, ele afirmou que a pergunta deve ser endereçada a essas empresas.

PANORAMA DA MÍDIA

O Brasil ultrapassou a marca de 10 mil mortos pela covid-19, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde divulgados ontem (09/05). Com 730 novos registros de óbitos causados pela doença nas últimas 24 noras, o número total de mortes confirmadas é de 10.627. O país é o sexto em mortes no mundo, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, dos EUA, que monitora os dados globais da pandemia. A evolução da covid-19 no Brasil é o destaque na edição deste domingo nos principais jornais do país.

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A Folha de S. Paulo explica que os novos óbitos anunciados, porém, não necessariamente ocorreram nas últimas 24 horas, pois há um intervalo de tempo entre o registro do óbito e a confirmação da infecção por coronavírus. Os casos de infectados pelo novo coronavírus no Brasil somam 155.939.

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O jornal O Globo conta as histórias de vida que foram interrompidas pela doença – as histórias por trás dos números da covid-19. “Para que a dimensão humana da tragédia não se perca na frieza das estatísticas, o Globo homenageia as vidas reunidas em um memorial virtual” – destaca o jornal.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que, com cerca de 4 milhões de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus no mundo e mais de 276 mil mortos, a corrida para o desenvolvimento de uma vacina tem se intensificado. De acordo com o último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado na semana passada, já são mais de cem candidatas sendo testadas em vários países e oito delas entraram na etapa de ensaios clínicos – que envolvem humanos.

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