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Chuvas abaixo da média tiram R$ 80 bilhões por ano do PIB brasileiro – Edição da Manhã

Seca, reservatórios de hidrelétricas em baixa, conta de luz mais cara e choque nos preços dos alimentos. Essas imagens, que se tornaram corriqueiras ao longo de 2021, apontam para um dado impactante: o Brasil perde, em média, R$ 80 bilhões do Produto Interno Bruto (PIB) por ano devido à falta de chuvas.

O cálculo é do economista Bráulio Borges, da LCA Consultores e do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas), e já considera efeitos da inflação no período, informa a Folha de S. Paulo em reportagem de capa na edição desta sexta-feira (10/12).

Embora o quadro de chuvas tenha se revelado especialmente dramático em 2021, com graves meses de seca e ficando 26% abaixo da média, desde 2012, as chuvas no Brasil têm sido abaixo do esperado, em todos os anos exceto em 2013, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

“A baixa intensidade das chuvas é um dos ingredientes que contribuíram para a década perdida do PIB, mas que costumava ser ignorado”, diz Bráulio Borges. “Geralmente, os maiores destaques são fatores internacionais e problemas de política econômica doméstica, como a nova matriz econômica.”

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CNPE autoriza inclusão de 11 blocos do pré-sal na oferta permanente e sinaliza que 2022 pode não ter leilões convencionais

O Valor Econômico informa que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou ontem (09/12) a inclusão de 11 blocos exploratórios localizados no pré-sal na oferta permanente – mecanismo de licitação sob demanda no qual a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) oferece ao mercado um cardápio de ativos que ficam permanentemente disponíveis para que as petroleiras manifestem interesse a qualquer momento. Os blocos somam R$ 1,283 bilhão em bônus de assinatura.

O CNPE também autorizou a ANP a oferecer, na modalidade, ativos que seriam ofertados nos próximos leilões de partilha e concessão, em 2022, num sinal de que as rodadas podem ser substituídas pela oferta permanente, a partir de agora, como principal meio para licitação de áreas de óleo e gás no Brasil.

Após 20 anos, governo altera modelo de leilões de petróleo e gás para evitar blocos encalhados

O jornal O Estado de S. Paulo também traz informações sobre a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), aprovada ontem (09/12). A reportagem destaca que o Conselho acabou com os tradicionais leilões de petróleo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e decidiu adotar um novo modelo em que os blocos disponíveis podem ser licitados a pedido de investidores interessados na exploração de petróleo e gás natural. Os blocos que já estavam previstos pela ANP para ir a leilão serão incluídos nesse novo modelo, conhecido pelo nome de “oferta permanente”.

Com essa decisão do CNPE, o governo encerra uma prática anual de realizar leilões sob o regime de concessão, iniciada em 1999. Ao longo de mais de duas décadas, os leilões ajudaram a promover a abertura do mercado e foram a porta de entrada para petroleiras estrangeiras no país no setor de petróleo e gás, até então uma área de monopólio da Petrobras.

Gás encanado terá reajuste de até 25% em São Paulo

A partir de hoje (10/12), as tarifas de gás encanado no estado de São Paulo estarão mais caras. O reajuste foi divulgado ontem pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e pulicado no Diário Oficial do estado de São Paulo. O aumento de preço vale para todos os consumidores atendidos pela Comgás e pela GasBrasiliano.

No caso da Comgás, o aumento varia de 15,5% a 22,3%. O menor percentual de reajuste será aplicado nas unidades consumidoras residenciais para consumo de até cinco metros cúbicos. O maior será para quem abastece com Gás Natural Veicular (GNV). No caso da GasBrasiliano, a alta percentual vai variar de 9,2% a 24,8%. O menor reajuste será para GNV e o maior, para clientes residenciais que consomem volumes de até dez metros cúbicos por mês e de até 30 metros cúbicos por mês. (Folha de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

Depois de mais de 100 anos, o Brasil voltará a ter ferrovias privadas. O governo federal assinou ontem (09/12), os primeiros contratos que autorizam empresas a erguer projetos do zero num novo modelo privado, com previsão de investimentos de mais de R$ 50 bilhões. São nove trechos ferroviários, cruzando dez Estados em 3,5 mil quilômetros de trilhos. (O Estado de S. Paulo)

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O Banco Central (BC) passou a monitorar os riscos dos créditos imobiliários com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), por causa da elevação dos ativos problemáticos – operações inadimplentes ou renegociadas após atraso no pagamento do financiamento. Essas transações saltaram de R$ 14,428 bilhões em dezembro de 2018 para R$ 29,334 bilhões em setembro último. A taxa de inadimplência das operações subiu de 1,47% para 2,45% no período. O alerta foi dado no Relatório de Estabilidade Financeira do 1º semestre, que notou crescimento dos ativos problemáticos, na contramão das carteiras de crédito total dos bancos. (Valor Econômico)

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Às vésperas do fim do ano legislativo, o Senado aprovou ontem (09/12) a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos dos 17 setores que mais empregam no país.

Em entrevista ao jornal O Globo, José Pastore, professor da FEA-USP e presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio-SP, diz que a aprovação da desoneração por mais dois anos é essencial para setores que são grandes empregadores.

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