A cogeração de energia em operação comercial no Brasil é de 20,4 GW, o equivalente a 1,46 vezes a capacidade instalada de Itaipu, a maior hidrelétrica do país, com 14GW. O montante foi apurado em dezembro de 2022, de acordo com informações apuradas pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen) na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O número representa 10,8% da matriz elétrica brasileira (188,98 GW).
Em 2022, o incremento foi de 886,9 MW, o que equivale a um crescimento de 4,5% no período de 12 meses (19,6 GW em dezembro de 2021). Foram adicionados 639,1 MW em 18 novas usinas e 247,9 MW em sete ampliações de capacidade instalada. (Jornal da Cana)
Brasil será peça-chave na perfuração de poços de petróleo e gás natural em 2023, projeta Westwood Energy
A consultoria Westwood Energy está com previsões otimistas para a perfuração de novos poços nos próximos meses. Segundo a empresa, o mercado assistirá à abertura de até 85 novos poços de alto impacto ao longo deste ano. Além disso, a companhia está projetando um grande destaque para a América do Sul, em especial o Brasil, principalmente nas áreas da Bacia Suriname-Guiana e offshore no território nacional.
Para o futuro da perfuração de poços no mercado nacional, os destaques apontados pela Westwood Energy são Morpho (operado pela Petrobrás na Bacia da Foz do Amazonas) e Ubaia (operado pela TotalEnergies na Bacia de Campos). A Westwood também afirma que a Argentina verá seu primeiro poço em águas profundas sendo perfurado em 2023.
Já na América do Norte, a atividade no setor de petróleo e gás natural deverá voltar a se reerguer. Em 2022, houve apenas a perfuração de nove poços de alto impacto na região, marcando um período calmo no setor. A Westwood Energy espera ainda que a África veja poços na emergente Bacia de Orange na costa da Namíbia, bem como testes de fronteira na costa de Marrocos, Gabão e Moçambique. O Mediterrâneo Oriental continuará crescendo em 2023, com a perfuração de cinco novos poços de alto impacto no ramo de petróleo e gás natural. (Click Petróleo e Gás)
Setor sucroenergético pede antecipação de metas do RenovaBio por conta de desoneração
Com a desoneração dos impostos federais (PIS/Cofins e Cide) sobre os combustíveis prorrogada pelo governo federal até 28 de fevereiro, integrantes do setor sucroenergético articulam com o governo o restabelecimento dos prazos de cumprimento das metas dos Créditos de Descarbonização (CBios), vinculados à Política Nacional dos Biocombustíveis (RenovaBio).
O segmento defende que as metas de 2022 sejam cobradas até 31 de março deste ano e que, posteriormente, seja retomado o cumprimento anual (ou seja, até 31 de dezembro). (Agência Estado)
Projeto usa GLP na geração de energia elétrica
O portal EPBR informa que a Copa Energia, detentora das marcas Copagaz e Liquigás, e a Aggreko vão iniciar, neste trimestre, um projeto de pesquisa de geração de energia com gás liquefeito de petróleo (GLP), em geradores. A pesquisa será feita em parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). De acordo com a reportagem, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já validou o projeto, para início dos estudos.
A Copa Energia instalará, na UFMS, uma central de GLP conectada a um gerador de 85 kW. O equipamento foi desenvolvido pela Aggreko. O estudo vai avaliar a eficiência energética e a economicidade do grupo motor gerador, tanto em off grid (sem conexão à rede) como em on grid (conectado à rede de distribuição).
O equipamento vai operar no horário de pico, e a energia vai abastecer a universidade. Ainda de acordo com a reportagem, o objetivo da pesquisa é produzir dados técnicos e científicos que possam promover a abertura do mercado para novos usos do GLP no Brasil.
Setor busca padronização de equipamentos de GD solar no Brasil para evitar blecautes como na Europa
A Agência Infra informa que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o setor de geração distribuída (GD) solar, fabricantes de equipamentos e as distribuidoras de energia estão analisando a possibilidade de padronização de inversores – aparelhos que transformam a irradiação solar em eletricidade.
O Operador solicitou aos fabricantes um diagnóstico das ações realizadas até a próxima segunda-feira (23/1). É um movimento do ONS para evitar no Brasil problemas de blecaute ocorridos na Europa e ampliar a segurança no abastecimento com o avanço da geração descentralizada.
PANORAMA DA MÍDIA
Reportagem do Valor Econômico indica que as perspectivas econômicas da América Latina para 2023 são de forte desaceleração do crescimento e inflação ainda elevada, pressionada pela fraqueza das moedas locais. As dúvidas sobre a retomada das atividades da China, principal compradora de commodities da região, devem ampliar as incertezas na maior parte dos países latino-americanos, dizem analistas. A região ainda sentirá em 2023 os efeitos dos desequilíbrios econômicos causados pela pandemia de covid-19 e pela guerra da Rússia na Ucrânia, afirmam os especialistas. Além disso, a aversão ao risco decorrente das incertezas globais deve se associar a eventos políticos locais que pressionarão o câmbio – e consequentemente a inflação –, mantendo a pressão de alta sobre os juros e freando o crescimento.