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Cogeração de energia no Brasil atingiu patamar de 20,5 GW de capacidade – Edição do dia

Em entrevista publicada hoje (20/4) pelo portal Petronotícias, o presidente da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Newton Duarte, informa que a cogeração em operação comercial no Brasil alcançou a marca de 20,5 GW no final de março, o que representa uma alta de 4% no total de capacidade instalada na comparação com o ano passado (19,71 GW, em março de 2022).

Além disso, o número representa 10,8% da matriz elétrica brasileira (191,4 GW). O dado foi apresentado nesta semana Congen. Atualmente, a cogeração equivale a 1,46 vezes a capacidade instalada da maior hidrelétrica do país, a usina de Itaipu, que possui 14 GW de capacidade instalada.

De acordo com os dados da Cogen, a cogeração brasileira conta agora com 654 usinas. A produção de energia movida a bagaço de cana-de-açúcar totaliza 387 usinas. A capacidade instalada é de 12,356 GW, o que representa 60,4% do total da cogeração. Em segundo lugar no ranking está o licor negro, com 21 usinas, perfazendo uma capacidade instalada de 3,407 GW (16,6%). Já a cogeração a gás natural tem 93 usinas, somando uma capacidade instalada de GW instalados (15,4%). A cogeração derivada de cavaco de madeira chega a uma capacidade instalada de 880 MW (4,3%) derivadas de 70 usinas. A produzida com biogás detém uma capacidade instalada de 376 MW (1,8%), partindo de 51 usinas. Outras fontes somam uma capacidade instalada de 299 MW, oriundas de 32 usinas, e completam o quadro (1,5%). 

Tarifa de Itaipu deveria ser mais baixa sem dívida da construção, dizem consumidores

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O anúncio de que Brasil e Paraguai fecharam um acordo e fixaram tarifa de Itaipu Binacional em US$ 16,71 por quilowatt (kw) não agradou aos consumidores de energia, que avaliam que a tarifa tinha condições de cair muito mais, já que as despesas para manter os Custos de Serviço de Eletricidade (Cuse) da usina incluíam a dívida contraída para a construção, mas que foi integralmente paga no fim de fevereiro. A dívida representava 60% do total.

Como a usina não pode ter lucro, a sobra deveria incidir diretamente aos consumidores, cerca de 130 milhões de brasileiros. Entretanto, em entrevista exclusiva ao Valor Econômico, o diretor-geral brasileiro, Enio Verri, disse que da maneira como foi construída a proposta do governo Lula, a modicidade tarifária não é a prioridade e parte dos recursos serão alocados em projetos sociais.

“A questão da escolha de modicidade tarifária ou de investimentos em políticas sociais está ligada a uma análise da conjuntura. Neste momento, com o resultado do governo passado, temos que ajustar a crise social que vivemos. Pode ser que daqui 2 ou 3 anos nossa prioridade seja a modicidade tarifária”, afirmou. Na do dia 17 de abril, a Itaipu anunciou que o Brasil e o Paraguai fecharam acordo sobre a nova tarifa para o exercício 2023. Segundo a estatal, a Cuse é 19,5% menor que o custo praticado em 2022, de US$ 20,75 por kW. Entretanto, a depender da leitura, isso pode também significar um aumento de 31,9%, pois no fim do governo Bolsonaro, em 2022, o lado brasileiro fixou unilateralmente uma tarifa de serviços de eletricidade de US$ 12,67 por kW, em caráter provisório.

Para o presidente da Frente Nacional de Consumidores de Energia, Luiz Eduardo Barata, ex-presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e ex-secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), não há razão para que a redução não seja mais relevante e reduza o valor das contas de energia dos brasileiros que pagaram pela construção da usina binacional.

Eletrobras vai adiantar R$ 4 bilhões em dívida de usina com bancos

Um mês depois de anunciar a compra das participações de outros três acionistas na Santo Antônio Energia, a Eletrobras informou ontem (19/4) que pretende adiantar o pagamento de até R$ 4 bilhões de dívida da usina com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e bancos repassadores até o fim deste ano.

Desse total, serão quitados R$ 1,9 bilhão com o banco de fomento e R$ 2,08 bilhões com os repassadores do crédito tomado pela usina, que incluem Santander, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú BBA , Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, Haitong e Banco da Amazônia. (Pipeline Negócios / Valor Econômico)

Eletrobras: Justiça julga improcedente pedido formulado por escritório ex-contratado pela empresa

A Eletrobras informou ontem (19/4), em complemento ao comunicado de 15 de fevereiro de 2023 no qual cita um processo judicial movido pelo escritório Buffara Bueno Advogados contra a companhia, que o Juízo da 40ª Vara Cível julgou improcedente o pedido formulado pelo escritório ex-contratado pela Eletrobras. A Justiça ainda condenou o escritório nas verbas sucumbenciais.

O processo tramita em segredo de justiça, e a Eletrobras diz que não apresentará maiores detalhes sobre a sentença, mas que manterá o mercado informado sobre atualizações. Como o Valor Econômico informou em fevereiro, o escritório Buffara Bueno Advogados processou a Eletrobras alegando não ter sido pago para revisar e reclassificar mais de 7 mil processos judiciais. Na ação movida em primeira instância, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o escritório afirmou que a empresa não fez o pagamento porque estaria ocultando contingências judiciais que somariam cerca de R$ 60 bilhões, o que a Eletrobras nega.

Em resposta a questionamento que cita a matéria publicada pelo Valor, a Eletrobras reiterou, em comunicado emitido em 15 de fevereiro deste ano, a contestação às alegações do Buffara Bueno Advogados ao afirmar que houve inadequação do cumprimento do contrato, bem como atrasos em entregas. O contrato foi firmado em 2017, no valor de R$ 6,9 milhões, o que em valores atualizados, segundo a ação movida pelo escritório, seria de R$ 8 milhões.

Solatio anuncia investimento de R$ 8,5 bilhões em parque solar de 2,5 GW no Mato Grosso do Sul

O grupo espanhol Solatio Energia anunciou o investimento de R$ 8,5 bilhões em uma fazenda solar com 3,5 mil hectares de painéis solares e capacidade de 2,5 gigawatts (GW) no Mato Grosso do Sul. O empreendimento será o maior de geração fotovoltaica do estado, informou o governo local.

De acordo com o presidente da companhia, Pedro Vaquer, a empresa tem um contrato para início da geração em janeiro de 2025. As obras para instalação das placas serão iniciadas em setembro deste ano. “O conjunto de placas em Cassilândia será conectado à estação de Chapadão do Sul, e o de Paranaíba se conecta com a estação de Inocência”, explicou o executivo durante reunião com o governador do estado, Eduardo Riedel (PSDB), em evento realizado em Campo Grande. (O Estado de S. Paulo)

Taesa: entenda o que está em jogo com possível oferta de ações

O portal e-investidor, do jornal O Estado de S. Paulo, traz hoje (20/4) uma análise a respeito da notícia, veiculada há 10 dias, de que a Taesa estaria preparando uma oferta de ações na casa de R$ 2 bilhões, que impactou a cotação dos papéis da companhia na Bolsa. Segundo reportagem do Brazil Journal, que revelou a história, a empresa estaria se preparando para ir a mercado já nesta segunda metade de abril ou início de maio, em uma capitalização para se preparar para os leilões recordes de linhas de transmissão de energia que vão ocorrer em 2023.

A Taesa logo se pronunciou, dizendo que não há decisão formal a respeito de qualquer oferta de valores mobiliários, mas afirmou que “busca e avalia constantemente oportunidades e alternativas de financiamento e otimização da sua estrutura de capital”. A análise do e-investidor ressalta que ainda assim, as ações cederam mais de 3% naquele dia 10, entre as maiores quedas do Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira. A repercussão – em grande parte negativa – à possibilidade de follow on na Taesa se deve a alguns pontos, que são analisados pelo portal.

A princípio, a oferta de ações não costuma agradar investidores que já têm ações da companhia que está se capitalizando. Isso porque, ao emitir novos papéis, a empresa acaba diluindo as participações de quem já é acionista. Além disso, os ativos costumam ser ofertados a um preço inferior ao que são negociados, uma estratégia para atrair novos investidores.

Nordex avalia instalar unidades de torres eólicas no RS

O diretor de vendas da Nordex, Federico Bianchi, informa que a empresa está interessada em instalar no Rio Grande do Sul, uma planta de torres de concreto utilizadas para a geração eólica, conforme informação do Jornal do Comércio (RS). A companhia de origem dinamarquesa, que nasceu na Dinamarca e tem hoje sua sede em Hamburgo, na Alemanha, já possui fábricas de torres no Brasil, no Rio Grande do Norte e na Bahia, e entregou mais de mil estruturas dessa natureza no país, no período de dez anos.

O executivo explica que o progresso da iniciativa está condicionado à demanda do mercado. “É uma tecnologia que faz muito sentido no Sul, por conta dos custos logísticos que implicaria trazer as torres do Nordeste”, argumenta. De acordo com Bianchi, em princípio, a ideia seria uma planta para uma capacidade de fabricação de duas a quatro torres a cada semana.

Bianchi participou do Wind of Change – Encontro de investidores em Hidrogênio Verde e Eólicas Offshore/Nearshore, realizado no Hotel Laghetto Moinhos, em Porto Alegre. e que terminou ontem (19/4). As informações são do Jornal do Comércio (RS).

Pan American Energy assina primeiros acordos de venda de energia de usinas do Brasil

A Pan American Energy (PAE) assinou acordos comerciais para fornecimento de energia elétrica a partir de seu primeiro parque de geração renovável em construção no Brasil. Os contratos, com prazo de até cinco anos, envolvem suprimento de ao menos 70 MW megawatts (MW) médios de energia e foram assinados com empresas como Auren Energia, do Votorantim e CPPIB, e Eneva.

Os acordos serão atendidos pelo complexo eólico Novo Horizonte, que está em implantação na Bahia e tem início de operação previsto para 2024. O projeto baiano, que marca a entrada da companhia no Brasil, receberá R$ 3 bilhões de reais em investimentos e já teve aprovado R$ 900 milhões em crédito do BNDES.

A Pan American Energy é um grupo de energia com presença em seis países da América Latina, com destaque para a Argentina. Ingressou no Brasil no início deste ano, com o anúncio do projeto renovável na Bahia, e vem avançando com a negociação de contratos junto a clientes e adesão à Câmara Comercializadora de Energia Elétrica (CCEE) para iniciar operações no mercado livre. (Investing.com – com informações da agência de notícias Reuters)

El Niño: previsões indicam chegada do fenômeno nos próximos meses

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informa que com o fim do fenômeno La Niña, as temperaturas no Oceano Pacífico tropical estão próximas da média histórica desde o mês de março, caracterizando uma fase de neutralidade do fenômeno El Niño–Oscilação Sul (ENSO). No entanto, diversos modelos climáticos internacionais sugerem a persistência dessas condições até o final do outono.

Ainda de acordo com o Inmet, uma previsão mais estendida dos modelos aponta para um aquecimento significativo das águas em toda a bacia do Pacífico durante o inverno, dando início às condições de formação do fenômeno El Niño (aquecimento). Entretanto, é preciso ter cautela com seus impactos, pois é necessário que o mesmo se estabeleça, ocasionando mudanças sobre o regime de chuvas e temperaturas no planeta.

No Brasil, em anos de El Niño, geralmente, a chamada corrente de jato subtropical (ventos que sopram na região subtropical de oeste para leste, se posicionando a 10 km de altitude) é intensificada, bloqueando as frentes frias sobre a Região Sul do país e causando excessos de chuva nos meses de inverno e primavera. Nas regiões Norte e Nordeste, há uma diminuição das chuvas nos meses de outono e verão, enquanto no Sudeste e Centro-Oeste, não existem evidências de efeitos no padrão característico das chuvas.

Durante o inverno, também existe uma tendência de aumento moderado das temperaturas médias na parte central do país e possibilidade de redução do número de geadas de forte intensidade na região Sul, restringindo a ocorrência em áreas pontuais e de maior altitude.

Petrobras e BNDES iniciam tratativas para constituição de comissão mista

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, iniciaram tratativas para constituição da Comissão Mista BNDES-Petrobras, dedicada a apresentar projetos em matérias de interesse comum às duas instituições.

O trabalho será desenvolvido por meio de subcomissões temáticas compostas por integrantes de ambas as empresas. A comissão foi mandatada a sugerir propostas inovadoras nos campos de atuação da Petrobras e BNDES. Entre os focos prioritários da parceria estão medidas catalisadoras da transição energética, reindustrialização e fomento à pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico. (Agência Petrobras)

Biometano já põe trator para rodar no Brasil

Reportagem publicada na edição desta quinta-feira (20/4) pelo Valor Econômico revela que a fazenda São José dos Jesuítas, em Brasilândia (MS), tornou-se nesta semana a primeira propriedade rural do país a contar com um trator 100% movido a biometano em suas operações. Fabricada na Inglaterra, a máquina da New Holland, com potência de 152 cavalos, vai rodar com o gás feito a partir dos dejetos da criação em ciclo completo de cerca de 80 mil suínos.

A marca vendeu o trator à SF Agropecuária, empresa ligada à suinocultura que abate 180 mil animais por ano. De acordo com a fabricante, a máquina tem a mesma eficiência energética de um trator convencional. “No início do projeto, a ideia foi ter um processo mais sustentável. E o segundo ponto foi totalmente econômico. Com a quantidade de combustível que a empresa consome, fazer a produção internamente é uma facilidade incrível”, diz Fábio Pimentel de Barros, diretor da SF Agropecuária. Segundo ele, o equipamento permite uma economia de cerca de 40% em custos operacionais em comparação com um implemento movido a diesel.

Parlamento Europeu aprova lei que proíbe entrada na União Europeia de itens produzidos em terras desmatadas

O Parlamento Europeu aprovou ontem (19/4) uma legislação que vai proibir a entrada na União Europeia de itens produzidos a partir da destruição ambiental, e vai exigir que empresas apresentem documentos “verificáveis” que comprovem que seus produtos não foram cultivados em terras desmatadas após 2020. Inicialmente a lei será aplicada para produtos como gado, cacau, café, óleo de palma, soja, madeira, borracha, carvão vegetal e produtos impressos, porém deve demorar para entrar em vigor, já que a legislação precisa ser aprovada individualmente por cada país do bloco europeu. (Valor Econômico)

“Do ponto de vista do Brasil, que é um grande produtor agrícola, estamos projetando um impacto relevante”, afirmou Renê Medrado, sócio do escritório de advocacia Pinheiro Neto e especialista nas áreas de comércio internacional e concorrencial. As empresas também precisarão comprovar que cumprem as leis locais sobre proteção de direitos humanos e de indígenas. (O Estado de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Edson Gonçalves Dias, pediu exoneração do cargo ontem (19/4) após a divulgação de vídeos em que aparece supostamente orientando golpistas a sair do Palácio do Planalto, em vez de prendê-los, durante a invasão do prédio em 8 de janeiro. Na ocasião, as sedes dos Três Poderes foram alvo de golpistas. Para o lugar de Gonçalves Dias, o governo indicou, interinamente, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli. (Valor Econômico)

A notícia é o principal destaque da edição de hoje (20/4) na mídia. A demissão do general Gonçalves Dias do comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) deu força a um movimento no governo para extinção do órgão, tradicionalmente comandado por militares. A pasta, que já havia sido esvaziada no início do ano, deverá ser reestruturada a partir de agora e pode perder o status de ministério. (O Globo)

A decisão sobre a saída do ministro do GSI, general Gonçalves Dias, foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após uma reunião de emergência no Palácio do Planalto, da qual participaram o vice Geraldo Alckmin (PSB) e ministros mais próximos ao mandatário. Aliados de Lula dizem que ele estava bastante irritado, pois havia pedido reiteradas vezes ao general, sem sucesso, acesso às imagens do sistema de câmeras de segurança do Planalto. Ouviu que não seria possível e, de acordo com um interlocutor do petista, até que uma das câmeras estaria quebrada. Acabou surpreendido nesta quarta-feira (19/4) com a divulgação desse mesmo conteúdo, que teria sido negado a ele. (Folha de S. Paulo)

Governistas defendem a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas após ministro do GSI pedir demissão. (O Estado de S. Paulo)