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Com atraso, segunda maior térmica do Brasil entra em operação nesta quinta-feira – Edição da Manhã

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o início das operações, a partir desta quinta-feira (16/09), da usina termelétrica GNA 1, a segunda maior do país, informa o Valor Econômico. Com custo de geração de R$ 552 por MWh (megawatt-hora), a térmica vai acrescentar 1.338 MW ao sistema, que precisava de 5,5 mil MW para garantir o abastecimento até o início das chuvas, segundo as últimas projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

“A entrada dessa usina será muito benéfica para o setor, especialmente na atual conjuntura. A energia será injetada no sistema na região Sudeste, a mais castigada com a estiagem dos reservatórios”, disse, em nota, o diretor-geral da Aneel, André Pepitone.

De acordo com a reportagem, a térmica tinha início de operações previsto para o primeiro semestre, mas teve que esticar o cronograma devido a problemas durante a fase de implantação e comissionamento dos equipamentos. O projeto é controlado pela Prumo, dona do Porto do Açu, pela petroleira BP e pela fabricante de equipamentos elétricos Siemens. A princípio, operará com gás importado em navios, mas o plano é conectar um gasoduto do pré-sal ao porto para abastecer a usina.

Em meio à piora do mercado, Rio Energy cancela IPO

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A Rio Energy Participações desistiu de fazer sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3, a Bolsa de Valores brasileira, devido às condições desfavoráveis do mercado, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

O grupo, que havia protocolado o pedido de IPO na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em março, desenvolve usinas de geração eólica, solar fotovoltaica e a comercialização de energia no mercado livre. A companhia tem capacidade total instalada para geração de 1,02 gigawatts (GW) no Ceará e na Bahia. O portfólio de desenvolvimento tem previsão de capacidade instalada adicional de aproximadamente 2 gigawatts (GW).

A reportagem ressalta que a desistência da Rio Energy não é um caso isolado. Apenas este ano, houve mais de 50 IPOs cancelados – quadro que se agravou nas últimas semanas em decorrência do ruído político que levou o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, a acumular queda de quase 8 mil pontos.

Seca já atinge geradoras de energia

Reportagem do Valor Econômico mostra que companhias do setor elétrico começam a sentir os efeitos da crise hídrica do país em suas operações e preveem impactos nos resultados do segundo semestre de 2021. O diretor-geral da paranaense Copel, Moacir Bertol, por exemplo, afirmou que a empresa vai precisar comprar energia este ano para compensar a baixa na geração das usinas hidrelétricas que opera, em meio à crise hídrica.

“Temos a necessidade de comprar energia esse ano para compensar a exposição, devido à diferença entre o que foi programado e o que está se realizando. Isso é importante e necessário e tem impactos nos resultados da companhia. Essa compensação vai afetar um pouco os resultados do segundo semestre, mas não estamos sob estresse”, afirmou Bertol, em evento online realizado ontem (15/09), de preparação para o Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase).

Também presente à discussão online, o presidente da America Energia, Andrew Storfer, disse que entre as 14 usinas hidrelétricas do grupo, dez estão gerando volumes de energia abaixo do esperado. O grupo atua nas áreas de geração, comercialização eficiência e gestão de energia. Storfer acredita, no entanto, que não há risco de racionamento de energia em 2021.

Governo pede novos estudos sobre horário de verão

A Folha de S. Paulo informa que o Ministério de Minas e Energia (MME) solicitou novos estudos ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para avaliar a possibilidade de retorno do horário de verão, extinto pelo presidente Jair Bolsonaro em 2019. O operador disse que não comentaria o tema.

De acordo com a reportagem, o MME avalia que a volta do horário de verão teria impacto limitado no consumo de eletricidade do país e não ajudaria a enfrentar a crise energética atual. No entanto, há forte pressão nesse sentido por parte de diferentes setores econômicos.

“A contribuição do horário de verão é limitada, tendo em vista que, nos últimos anos, houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período diurno”, diz o ministério, em nota.

De acordo com a reportagem, na última segunda-feira (13/09), o pleito ganhou apoio também do Instituto Clima e Sociedade (ICS), Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e Iniciativa Energética Internacional (IEI), que consideram que o governo precisa lançar mão de todas as medidas de economia de energia possíveis.

“O ganho é pequeno, mas nesse momento (de crise hídrica e energética) precisamos contar megawatt por megawatt”, disse o ex-diretor do ONS, Luiz Eduardo Barata, em mesa redonda com jornalistas para apresentar estudo sobre programas de eficiência energética. A opinião é compartilhada pela Associação Brasileira das Companhias de Energia Elétrica. “Por mais que não faça grandes diferenças, poupar é sempre bom”, diz o diretor-presidente da entidade, Alexei Vivan.

Ainda segundo a reportagem, para o governo, a menor economia não justifica o transtorno provocado a trabalhadores que precisam acordar cedo e tomar o transporte público com o céu ainda escuro.

Gestão de recursos hídricos contra a crise

O jornal O Globo traz, na edição desta quinta-feira (16/09), um artigo assinado por Christianne Dias, diretora-presidente da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), no qual ela argumenta que, “do ponto de vista da hidrologia, não é considerada a pior situação de escassez hídrica da História”.

Seguem trechos do artigo: “A crise hidroenergética que o Brasil enfrenta não pode ser tratada como uma crise hídrica generalizada. Do ponto de vista da hidrologia, não é considerada a pior situação de escassez hídrica da História. O cenário atual é preocupante se for analisado o panorama da geração hidrelétrica, que considera o conjunto dos sistemas de geração e sofre com os baixos níveis de água nos reservatórios das regiões Centro-Oeste e Sudeste, que, juntos, representam 70% da capacidade de armazenamento de todo o Sistema Interligado Nacional (SIN).”

“Ao analisar pela perspectiva da gestão de recursos hídricos, observam-se condições hidroclimáticas desfavoráveis em diversas bacias, mas não há escassez de água que enseje a tomada de medidas mais severas junto aos demais usos dos recursos hídricos neste momento.”

“A situação atual de armazenamento, que resulta na crise de geração hidrelétrica, não se iniciou no último ano hidrológico. Desde 2013, diferentes regiões brasileiras registram precipitações inferiores às médias históricas, que acabaram se refletindo no escoamento dos rios e nas acumulações. A ANA atua desde então para o incremento da segurança hídrica e para a garantia dos usos múltiplos da água.”

“Sem perder de vista a necessidade de atender às demandas do setor elétrico, é preciso preservar os estoques de água dos reservatórios, para a recuperação no próximo período chuvoso, especialmente a partir de dezembro, que será determinante para o atendimento aos usos múltiplos em 2022.”

MP pega de surpresa o mercado de combustíveis

A edição da medida provisória (MP) 1.069/21, que flexibiliza a fidelidade à bandeira nos postos de gasolina e permite a venda direta de etanol dos produtores para os postos de combustíveis, foi recebida com surpresa, críticas e ressalvas por representantes do setor.

O Valor Econômico informa que, entre os principais pontos de questionamento estão a efetividade da MP em assegurar o objetivo final do governo, que é a redução de preços nas bombas, a possibilidade de judicialização em um mercado organizado e os riscos de aumento da sonegação.

De acordo com a reportagem, a publicação do decreto – o governo editou ao mesmo tempo o decreto 10.792, que regulamenta a legislação – não era esperada pelo mercado, já que uma medida provisória de agosto previa que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) teria 90 dias para discutir o assunto e regulamentar o tema.

PANORAMA DA MÍDIA

Combustível já pressiona o frete de mercadorias, informa o Valor Econômico. De acordo com a reportagem, empresas da cadeia de distribuição de produtos, como varejistas e atacadistas, já sentem o efeito dos seguidos aumentos nos preços dos combustíveis, em especial do óleo diesel. A alta também tem pressionado fortemente o setor de transporte de carga.

Redes e plataformas de comércio eletrônico têm recebido mais pedidos por reajustes, de 5% a 10% – os chamados “gatilhos”, que podem ser negociados pelas transportadoras nos contratos e tendem a pressionar mais a estrutura de custos das cadeias de lojas e sites, elevando a possibilidade de repasse ao consumidor.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que a partir de segunda-feira (20/09), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), deve suspender a produção de materiais destinados a diagnósticos e remédios para o tratamento de câncer por falta de recursos.

Para manter a produção, o Ipen aguarda a aprovação, pelo Congresso, de projeto de lei que adicionaria R$ 34,6 milhões ao seu orçamento. Outros R$ 55,1 milhões estão sendo buscados pelo MCTIC para completar os R$ 89,7 milhões de que o instituto precisa para produzir os radiofármacos até dezembro. Especialistas ouvidos pela reportagem já falam em apagão no tratamento de câncer no País e em prejuízos para até 2 milhões de pessoas.

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A forte aceitação da vacina contra covid-19 fez avançar a imunização total para quase 36% dos brasileiros, o que já se reflete nos números de transmissão, hospitalização e mortes, conforme mostra reportagem do jornal O Globo. Desde o pico de letalidade, em 12 de abril (3.015 mortos na média móvel) até ontem (15/09), com 597 registros de óbitos, a queda foi de 80,9%.

Dados do consórcio de imprensa da noite de ontem mostram que em uma semana houve redução na média de óbitos em 12 estados brasileiros e outros cinco se mantiveram estáveis. A média móvel de casos ficou abaixo dos 15 mil, patamar comparável a 20 de maio de 2020, quando foi de 14.647.

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Apesar de a antecipação da aplicação da segunda dose da vacina contra covid-19 estar travada em ao menos seis estados do país, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comemorou a logística de distribuição de imunizantes do governo federal e disse que há “excesso de vacinas” no país, informa a Folha de S. Paulo.

A reportagem ressalta que, além dos estados que não têm imunizante para antecipar a segunda dose, há ainda aqueles que tiveram de atrasar o intervalo entre aplicações por falta de vacinas. Ontem (15/09), Queiroga negou que haja problemas de distribuição. “Há excesso de vacina na realidade. O Brasil já distribuiu 260 milhões de doses, 210 milhões já aplicadas”, disse o ministro, sem explicar por que há unidades da Federação sem doses disponíveis para seguir o calendário vacinal.

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