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Com bandeira vermelha, aumenta a atenção aos vilões da conta de luz – Edição da Manhã

Os preços mais altos das tarifas de luz, especialmente em razão da bandeira vermelha patamar 2, têm impulsionado o consumidor a buscar entender melhor a fatura que recebe todo mês e identificar quais aparelhos domésticos mais impactam no valor da conta.

De acordo com simulação realizada por Jani Floriano, professora de economia e coordenadora do projeto de extensão Finanças Pessoais da Universidade de Joinville (Univille), a geladeira é o eletrodoméstico que mais consome energia (cerca de 72kWh/mensal) por ficar ligada 24 horas, mas os equipamentos com resistência que geram calor, como chuveiro elétrico, secadora de roupas, torneira elétricaa e ferro elétrico são os principais “vilões” quando se trata da média de consumo.

Ouvida pela reportagem do Correio Braziliense, a especialista explica que o “pulo do gato” não está apenas na redução da utilização desses aparelhos, mas em seguir outras dicas. “É preciso compreender que, além do tempo de uso, o aquecimento é o que consome mais energia. Então, quando for passar roupas, por exemplo, o ideal é separar todas as peças para passar e começar por aquelas que exigem menos temperatura, deixando as que demandam o ferro mais quente para o final”, explica. “Outra dica é utilizar o chuveiro sempre em temperatura média, não colocando no modo mais quente.”

As pequenas atitudes, segundo Jani Floriano, fazem diferença, ainda que discreta, no valor final da fatura. “O ideal é desligar o modem de internet da tomada, desligar computadores, notebooks, que mesmo na função ‘hibernar’ consomem energia.”

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Cotação do carvão é a maior em dez anos

Interrupções no abastecimento, uma seca na China e a recuperação da demanda por eletricidade aqueceram o mercado do carvão térmico, tornando a commodity mais abominada do mundo um dos ativos de melhor desempenho no ano.

Reportagem do jornal inglês Financial Times, publicada pelo Valor Econômico, informa que desde o início deste ano, o preço do carvão australiano de alta qualidade, que serve de referencial para o vasto mercado da Ásia, subiu 80%, para quase US$ 146 por tonelada, o maior patamar em mais de dez anos. Seu equivalente sul-africano também é negociado com a maior cotação em mais de dez anos, tendo se valorizado 44% em 2021, segundo a avaliação semanal mais recente da provedora de cotações de commodities Argus.

Isso coloca os referenciais do carvão à frente de duas das classes de ativos de melhor desempenho no ano: os ativos imobiliários, em alta de 28%, e as ações financeiras, em alta de 25%. Apenas o petróleo Brent, com sua valorização acumulada de 44%, exibe ganhos comparáveis.

De acordo com a reportagem, a ressurreição do carvão térmico, que é queimado em usinas termelétricas para gerar eletricidade, coloca em evidência as dificuldades enfrentadas pelos governos pelo mundo ao tentar empreender a transição a formas de energia mais limpas. Mesmo fontes renováveis que crescem em ritmo acelerado, como a energia eólica e a solar, não dão conta da alta na demanda por eletricidade e energia, de forma que a lacuna é preenchida pelos combustíveis fósseis.

PANORAMA DA MÍDIA

Inflação e desemprego são o tema de principal destaque da edição deste domingo (25/07) da Folha de S. Paulo. A reportagem mostra que a combinação de aceleração de preços e renda em queda mudou o cardápio dos brasileiros mais pobres, que se veem obrigados a optar por produtos mais baratos.

Saem óleo de soja, feijão e carne; entram banha de porco, lentilha e ovo. Enquanto numa ponta os preços sobem, na outra a renda cai. Além da redução do valor do auxílio emergencial, a taxa de desemprego atingiu o patamar recorde de 14,7% no trimestre encerrado em abril.

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Ao mesmo tempo em que passaram a receber montantes bilionários de recursos públicos para financiar suas operações e campanhas, os partidos políticos estão destinando parcelas cada vez maiores da verba do Fundo Partidário para as fundações mantidas pelas próprias legendas, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Os gastos dessas fundações não são divulgados pelo Sistema de Prestação de Contas Anual do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Deste modo, enquanto as receitas dos partidos estão em alta, a destinação das despesas está cada vez menos transparente.

As fundações são instituições obrigatórias. Por lei, todas as legendas precisam ter uma e destinar a elas ao menos 20% de recursos do Fundo Partidário. A ideia da legislação é manter, dentro das siglas, órgãos de caráter educativo que capacitem seus integrantes para propor políticas públicas consistentes. Um histórico de suspeitas, no entanto, ronda essas instituições. Nos últimos anos, gastos sem relação com funções educativas foram alvo de investigações.

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Segundo levantamento do jornal O Globo, oito a cada dez parlamentares já sofreram algum tipo de violência, por serem mulheres – violência de gênero. Na semana passada, o Senado aprovou um projeto de lei para combater a prática. Ainda falta sanção presidencial. Nos últimos dias, o Globo enviou um questionário com 24 perguntas sobre o tema para todas as 78 deputadas e 12 senadoras do país. A pesquisa foi respondida por 73. Delas, 59 (80,8%) relataram já ter passado por algum episódio de violência durante o mandato.

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