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Com crise hídrica, deputados querem aprovar projeto com subsídio à geração própria de energia – Edição da Manhã

A Folha de S. Paulo informa que membros da Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal querem destravar nos próximos dias a votação do projeto que cria regras para micro e minigeradores, como uso de energia solar para consumo próprio de empresas e residências.

Deputados argumentam que o incentivo a esses projetos de geração de energia pode desafogar a demanda do sistema elétrico diante do risco de racionamento ou apagão. Entidades, como a que representa as empresas distribuidoras de energia, negam que essa proposta resolva o problema da crise hídrica e preveem aumento da conta de luz se o projeto for aprovado.

Hoje, há isenção para essas pequenas instalações de geração de energia. Mas o Ministério da Economia já chegou a defender o fim desses benefícios. A versão mais atual da proposta, relatada pelo deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), prevê apenas a retirada de parte dos subsídios a esses pequenos geradores de energia, que essencialmente são de luz solar.

O texto está na pauta do plenário da Câmara. Pelo formato mais recente, empresas e residências com esses geradores de energia não pagariam todos os custos do sistema elétrico – custos de distribuição e transmissão de energia nem encargos.

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Com crise nos reservatórios, investidor deve ficar atento às empresas de energia

A diminuição no volume de chuvas fez o Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) emitir um alerta de emergência hídrica. Agora, o país está em um cenário delicado e incerto para a produção de energia elétrica. A situação também pode causar impactos no mercado financeiro e o investidor deve estar atento aos impactos nas ações ligadas ao setor, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

A energia proveniente das hidrelétricas é responsável por 63,8% da produção no Brasil, segundo o Ministério de Minas e Energia. Estudos de acompanhamento para o setor elétrico realizados pelo SNM alertam que as perspectivas climáticas indicam que a maior parte da região central do Brasil entra em seu período com menor volume de chuvas de maio a setembro.

“As empresas mais expostas a fontes hídricas e as que têm maiores níveis de contratação devem ser as mais afetadas, pois precisam honrar os contratos”, afirma Vitor Sousa, analista de investimentos com ênfase nos setores de energia elétrica e saneamento da Genial Investimentos. “Para isso, podem acabar precisando comprar no mercado à vista (operação de troca imediata de produtos entre diferentes empresas de um mesmo setor), que em geral é uma energia mais cara.”

A reportagem analisa diversas opções de investimento entre empresas do setor elétrico, entre elas Cesp, Engie Brasil, AES Brasil, Alupar, Ômega e Eneva.

Contas de luz da RGE e da CEEE-D devem subir no segundo semestre

Apesar de os processos de revisões e reajustes tarifários das distribuidoras de energia poderem contemplar índices negativos, o que acaba nessas ocasiões reduzindo a conta de luz, esse não deve ser o caso neste ano para as duas maiores concessionárias gaúchas: a RGE e a CEEE-D, segundo o Jornal do Comércio (RS).

A perspectiva é que ocorra uma elevação nas tarifas dessas duas empresas, sendo que a primeira a passar pela alteração será a RGE, que tem tradicionalmente a data do seu reajuste marcado para vigorar a partir de 19 de junho. Antes de chegar essa data, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deverá divulgar os percentuais que serão aplicados nas tarifas da companhia.

Fundos apostam em startups com foco em eficiência energética

Reportagem do Valor Econômico ressalta que startups que desenvolvem soluções de eficiência energética, baseadas em análise de consumo, adequação tarifária e gerenciamento remoto de máquinas, garantem que podem oferecer uma economia de energia de 15% a 40%, ao mês, para usuários residenciais e corporativos.

As novidades chamaram a atenção de grandes clientes, como Burger King e O Boticário, e de fundos de investimento, como Canary e SuperJobs, que apostam nas iniciativas com aportes acima de R$ 3,2 milhões. No mercado há menos de dois anos, a intenção da startup paulista Clarke Energia é que as empresas economizem até 30% na fatura. Atua com análises de consumo, adequações de tarifas e compra de energia no mercado livre. Um levantamento da empresa com sete mil companhias de diversos setores indicou que é possível poupar com a transição da cobrança da tarifa convencional para a branca. A tarifa branca engloba valores mais baixos, com o uso da força fora dos horários de pico, como de manhã ou nos finais de semana.

Interdependência entre energia e água fica maior

A crise de energia que ronda o setor elétrico é um dos entraves à sustentabilidade da matriz de geração, hoje calcada nas fontes renováveis, que respondem por cerca de 85% da eletricidade no Brasil, conforma mostra reportagem do Valor Econômico publicada em suplemento sobre sustentabilidade. Para poupar energia nos reservatórios das hidrelétricas, acionam-se as térmicas a gás natural, cujos efeitos são maior emissão de poluentes e consumo de água.

Ao contrário do que acontece no resto do mundo, onde a maioria da eletricidade se origina de fontes térmicas altamente poluidoras como o carvão, o setor de energia no Brasil responde por cerca de 20% dos cerca de 2,2 bilhões de toneladas de gases de efeito-estufa (GEE), segundo dados de 2019. Entretanto, as empresas têm ampliado suas emissões. A principal razão é a necessidade de acionamento de usinas térmicas a gás natural, cada vez mais relevantes em momentos de seca.

Dados do Instituto de Energia e Meio Ambiente apontam que, em 2019, a geração de eletricidade foi responsável por 53,4 milhões de toneladas de CO2 equivalente, o que representa uma elevação de 7% frente a suas emissões de 2018. Isso se deve a um maior acionamento de usinas termoelétricas, que, por outro lado, tiveram o ápice de seu uso no ano de 2014, quando as emissões foram 35% maiores em relação às de 2019. O cenário deverá continuar em alta. Neste ano, diante dos reservatórios em baixa, as térmicas estão acionadas à plena carga.

A interdependência entre energia e a oferta de água crescerá. A mudança da matriz de geração, com fontes intermitentes como eólicas e solares, além de hidrelétricas sem reservatórios, se soma ao pré-sal e avanço do gás natural. Resultado: as térmicas deverão ganhar espaço.

PANORAMA DA MÍDIA

Credenciadoras, fintechs, fundos de investimentos e bancos tradicionais já se movimentam para ocupar o espaço que se abre na oferta de crédito para micro, pequenas e médias empresas, informa o Valor Econômico.

Uma norma do Banco Central (BC), que entra em vigor a partir de hoje, facilita o uso do fluxo de pagamentos com cartões para garantir empréstimos por lojistas. Agora, todos os valores recebidos por vendas via cartões serão inscritos em câmaras registradoras, que atestarão a existência e a unicidade desses recebíveis. Eles poderão ser oferecidos como garantia para obter crédito mais barato.

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O afastamento de Rogério Caboclo da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ontem (06/06), é o principal destaque da edição desta segunda-feira dos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo. O dirigente foi afastado por 30 dias, pelo conselho de ética da CBR, para que tenha tempo de se defender da acusação de assédio moral e sexual feito por sua secretária.