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Com investimentos de R$ 50 bilhões, oferta solar vai subir 82% este ano – Edição da Manhã

O Valor Econômico traz, na edição desta segunda-feira (30/05), um suplemento especial sobre energias renováveis, com o título geral “O futuro é limpo”.

Uma das reportagens publicadas indica que os investimentos em ampliação da capacidade de geração solar no país, que devem alcançar R$ 50,8 bilhões em 2022.

Os recursos irão promover uma expansão de 82% na capacidade fotovoltaica instalada no país, que deve alcançar 24,9 gigawatts (GW) no Brasil até o final do ano. As projeções são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). “Estamos em um ciclo de forte crescimento e a geração fotovoltaica deve se consolidar como a fonte líder em expansão da capacidade instalada nos próximos anos”, diz Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar.

Em 2021, o Brasil foi o quarto país do mundo que mais agregou capacidade nova de geração solar, 5,7 GW, alcançando a marca de 13,7 GW instalados em dezembro, potência suficiente para estabelecer o país no posto de 13º maior gerador solar global. No fim de abril, o país registrava uma capacidade de geração de 15,3 GW, sendo 10,3 GW provenientes da chamada geração distribuída, aquela realizada por particulares que instalam placas fotovoltaicas em telhados e galpões.

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A geração concentrada, realizada em grandes usinas, respondia por 4,98 GW. Em 2022, os investimentos em geração distribuída devem superar R$ 40 bilhões. Os grandes projetos em geração concentrada somarão mais de R$ 10 bilhões e devem proporcionar uma capacidade de geração de 7,8 GW ao final do ano, superando a geração conjunta das hidrelétricas do Rio Madeira, Jirau e Santo Antônio, que somam 7,3 GW de potência.

Secretários estaduais se reúnem com Pacheco nesta segunda-feira para debater ICMS e criação de fundo

O portal de notícias G1 informa que secretários estaduais de Fazenda se reúnem nesta segunda-feira (30) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para discutir eventuais alterações ao projeto aprovado na Câmara que restringiu a cobrança do ICMS, tributo estadual sobre combustíveis, energia, gás natural, comunicações e transportes coletivos.

Na semana passada, o Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, Finanças, Receitas ou Tributação dos Estados e Distrito Federal (Comsefaz) criticou a proposta, afirmando que o texto aprovado na Câmara e que agora será submetido ao Senado pode provocar perdas de R$ 64,2 bilhões a R$ 83,5 bilhões ao ano, afetando serviços públicos estaduais e municipais.

Como alternativa à limitação do ICMS, os estados defendem a criação de um fundo de equalização dos preços dos combustíveis, já aprovado pelo Senado Federal, mas que ainda não passou pelo crivo da Câmara dos Deputados. Por isso, ainda não está valendo. Para o presidente do Comsefaz, Décio Padilha, afirma que o fundo de equalização é a única medida que “ataca” o aumento constante nos preços dos combustíveis. Somente neste ano, até 10 de maio, o preço diesel subiu quase 50%.

TCU questiona Aneel sobre benefício irregular dado a empresa da J&F

A Folha de S. Paulo informa que o Tribunal de Contas da União (TCU) questionou oficialmente a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre benefício concedido a uma empresa da J&F. A iniciativa tomada pela agência estaria irregular em relação ao contrato firmado pela J&F para fornecer energia e que é regulado pelo poder público – visão corroborada pelo ofício do órgão de controle.

A reportagem teve acesso ao pedido de informações. O TCU quer saber as razões que levaram a agência a permitir que quatro novas térmicas a gás da Âmbar, que estão com as obras atrasadas, sem entregar a energia no prazo estipulado em contrato, pudessem ser substituídas por outra usina, do mesmo grupo – um tipo de troca que é expressamente proibida por uma cláusula do mesmo contrato.

Governo pode adotar racionamento de diesel para contornar escassez

O portal IstoÉ Dinheiro informa que, correndo risco de ver o país com falta de diesel e inviabilizar diversos setores sensíveis da economia, como o de fretes, o governo federal pode adotar um plano de racionamento emergencial do combustível. Entre os dias 15 e 21 de maio, o preço do diesel chegou a R$ 6,943, maior valor nominal da série histórica da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), iniciada em 2004.

A ideia de um racionamento surgiu após reunião de Conselheiros da Petrobras para debater um eventual desabastecimento. Entre os pontos debatidos pelo conselho, estão: aumento sazonal da demanda mundial no segundo semestre; menor disponibilidade de exportações russas pelo prolongamento de sanções econômicas ao país; eventuais indisponibilidades de refinarias nos Estados Unidos e no Caribe, com a temporada de furacões de junho a novembro.

De acordo com a reportagem, caso o governo adote o racionamento de diesel, a ideia é separar serviços essenciais, como ambulâncias e transporte de grãos, que teriam prioridade no abastecimento.

Energia solar em sede municipal gera economia de R$ 150 mil em dois anos de funcionamento

Uma usina fotovoltaica no edifício-sede da prefeitura de Belo Horizonte já gerou uma economia de cerca de R$ 150 mil para os cofres públicos, em um período de dois anos. O sistema de energia solar já produziu mais de 150 MWh. Com a usina, cerca de 150 toneladas de gás carbônico (CO2) deixaram de ser emitidos na atmosfera.

As informações são do idealizador do projeto, Humberto Martins Marques, assessor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). Em 10 anos, a expectativa é que a usina gere uma economia aos cofres públicos da ordem de R$ 10 milhões. Com potência instalada de 65 kWp, a usina foi implantada em maio de 2020 a um custo de aproximadamente R$ 180 mil.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Minas Gerais é líder entre os estados brasileiros em potência instalada de pequenos e médios sistemas fotovoltaicos em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. No ano passado, o estado atingiu a marca histórica de mais de dois GW de capacidade instalada de geração de energia de fonte solar. (portal de notícias G1)

PANORAMA DA MÍDIA

O cenário difícil para os preços elevou mais uma vez as projeções do mercado para a inflação e já leva mais instituições a acreditar que o ciclo de alta da taxa básica de juros, a Selic, pode não acabar em junho. Nesse cenário, pesa também uma atividade econômica mais aquecida no primeiro semestre. Entre os dias 24 e 27 de maio, o Valor Econômico consultou mais de 100 instituições financeiras e consultorias sobre projeções de inflação, taxa básica de juros e PIB neste ano e em 2023.

Segundo a mediana das projeções de 101 instituições, o IPCA deve ser de 8,9% em 2022 e de 4,5% em 2023. Na última coleta feita pelo Valor e publicada em 12 de maio, a mediana das expectativas para o IPCA era de 8,35% neste ano e de 4,2% em 2023. Em relação ao rumo da Selic, a mediana das estimativas se manteve em 13,25% no fim deste ano, mas aumentou de 9,5% para 9,63% no fim de 2023.

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Reportagem do jornal O Globo destaca que o corte do imposto de importação do etanol, café, margarina, queijo, macarrão, açúcar e óleo de soja promovido pelo governo em 22 de março, para tentar conter os preços internos, não teve efeito na inflação. Os produtos continuam subindo acima da média. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, foi de 1,06% em abril, enquanto o óleo de soja subiu 8,24%, o macarrão, 3,47%, o queijo, 2,95%, e o etanol, 8,44%.

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A safra de grãos será a mais cara da história – esta é a manchete da edição de hoje (30/05) do jornal O Estado de S. Paulo. Fertilizante, defensivo e óleo diesel são os responsáveis pelos custos de produção da próxima safra e devem encarecer em 45% o plantio da soja e em quase 50% o do milho no país.

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A situação econômica do país está sendo determinante para a maioria dos brasileiros decidir em quem votar neste ano – e, para a maior parte dos eleitores, o quadro piorou nos últimos meses. Segundo pesquisa Datafolha, 53% dos brasileiros consideram que a situação econômica está tendo “muita influência” na sua decisão de voto. Somados aos que acham que a economia tem “um pouco de influência” (24%) nessa escolha, a importância do tema atinge 77% – enquanto 21% não veem influência alguma. (Folha de S. Paulo)

 

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