MegaExpresso

Com previsão de melhora nas chuvas, governo limita geração de energia por usinas térmicas – Edição da Manhã

O jornal O Estado de S. Paulo informa que, com início do período úmido e previsão de chuvas nos próximos meses, o governo decidiu limitar a geração de energia por usinas termelétricas e a importação de energia ao longo deste mês. Até então, por conta da grave escassez nos reservatórios, todas as usinas, até mesmo as mais caras, foram acionadas para atender a demanda e evitar falhas no serviço prestado à população.

A decisão foi tomada ontem (01/12), em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Em nota, o Comitê informou que a decisão “busca otimizar o custo total da operação de energia”, já que a produção das térmicas é bem mais cara em relação à geração das hidrelétricas.

A reportagem ressalta que, apesar da decisão tomada ontem, o CMSE foi cauteloso em relação à situação. Considerando o início dos armazenamentos nos reservatórios das hidrelétricas, as restrições relativas aos usos múltiplos da água e as incertezas intrínsecas associadas à evolução da chuva em 2022, a decisão foi manter medidas excepcionais para o atendimento à carga e garantia do fornecimento de energia no próximo ano. A aplicação das ações será reavaliada periodicamente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Reservatórios terão 56% da capacidade em maio, diz CMSE

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Valor Econômico também traz reportagem sobre a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), realizada ontem (01/12), e informa que as estimativas feitas pelo órgão indicam que os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste devem chegar em maio de 2022 com 55,9% de sua capacidade máxima, terminando o período de chuvas com um nível de armazenamento 12,9 pontos percentuais superior ao de 31 de maio de 2021.

O cenário mais positivo para o atendimento da demanda ao longo do próximo ano permitirá o desligamento de algumas térmicas mais caras. Mesmo assim, elas continuarão sendo usadas em larga escala, considerando padrões históricos.

“Sobre as perspectivas futuras, foram apresentadas projeções com melhorias para os armazenamentos no horizonte até maio de 2022, bem como o pleno atendimento, tanto em termos de energia quanto de potência em todo o período, sem que haja necessidade de uso da reserva operativa”, informa o Ministério de Minas e Energia (MME).

O CMSE definiu que “medidas excepcionais” para atendimento à carga e a garantia do atendimento em 2022 continuarão sendo aplicadas, mas haverá reavaliações “periódicas”. O colegiado estabeleceu um limite de 15 mil megawatts (MW) para o despacho adicional de recursos para o atendimento do sistema interligado nacional, incluindo geração de usinas térmicas e importação de energia. Em reuniões anteriores, não havia limitação. No pico, o ONS considerou a geração de cerca de 20 mil MW de térmicas – a capacidade quase total dessas usinas.

Brasil bate recorde na compra de gás dos Estados Unidos após crise hídrica

A crise hídrica fez o Brasil comprar volumes recordes de gás dos Estados Unidos, com o país passando do sétimo lugar no ranking de maiores importadores de gás natural liquefeito (GNL) americano, em 2020, para o quarto neste ano, informa o Valor Econômico.

As importações de GNL, que respondem por quase um quarto da oferta de gás hoje no Brasil, mais que dobraram no último ano e devem se manter alta no médio prazo, afirmam analistas. No ano passado, o Brasil importou 3,29 bilhões de metros cúbicos (m3) de GNL, pelos quais pagou US$ 677,24 milhões, segundo dados da Global Trade Tracker, compilados pela consultoria Wood Mackenzie. Neste ano, de janeiro a setembro, o país comprou 7,19 bilhões de m3 de GNL, a US$ 1,85 bilhão. Hoje o gás liquefeito dos EUA responde por 90% do volume total de GNL importado pelo Brasil.

Regras para usinas híbridas tornam eólica e solar mais competitivas

Reportagem publicada hoje (02/12) pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que os projetos de usinas eólica e solar vão ficar ainda mais competitivos com a nova regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o funcionamento de centrais híbridas. Embora permita a combinação de várias fontes, incluindo hidrelétricas e termoelétricas, a regra beneficia, sobretudo, as energias renováveis, com o aumento da produtividade.

Para cada 1 megawatt (MW) de energia eólica instalado é possível colocar até 35% de capacidade solar, explica a desenvolvedora de projetos Casa dos Ventos. Isso porque as duas fontes são complementares. Enquanto o pico de produção da eólica é à noite, a solar gera energia durante o dia. Mas o parque eólico paga o uso do sistema de transmissão pela capacidade total. Com a regra, a inclusão de uma solar, por exemplo, poderia ocupar parte da capacidade da rede durante o período de baixa geração da eólica.

Em nota, a diretora da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Elisa Bastos, informa que, além da complementaridade das fontes de geração e do uso mais eficiente da rede de transmissão, a vantagem das usinas híbridas está na mitigação de riscos comerciais e economia na compra de terreno para instalação dos projetos.

Comunidades isoladas do Pantanal terão painéis de energia solar

A Folha de S. Paulo informa que a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) entregou 70 toneladas de alumínio para estruturas de sustentação de painéis solares fotovoltaicos, que irão gerar energia limpa e renovável para comunidades isoladas do Pantanal em Mato Grosso do Sul, que não têm acesso à energia elétrica.

O projeto, desenvolvido pela Omexom, do grupo Vinci Energies, pretende atender cerca de 5.000 habitantes de sete municípios distribuídos numa área de mais de 90 mil quilômetros quadrados. A previsão de conclusão da instalação dos sistemas é abril de 2022. Segundo a CBA, os sistemas a serem instalados também contarão com baterias de lítio para armazenar energia para utilização noturna e em dias nublados.

PANORAMA DA MÍDIA

A aprovação do nome de André Mendonça, ontem (01/12), para uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é o principal destaque nos jornais de hoje. Ex-advogado-geral da União, Mendonça foi aprovado pelo Senado por 47 votos a favor e 32 contra – houve duas ausências dentre os 81 senadores que votaram. Eram necessários pelo menos 41 votos para a confirmação da indicação de Mendonça no plenário. (Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo)

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.