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Com queda do petróleo, analistas veem espaço para mais redução do preço da gasolina – Edição da Manhã

As reduções de preços da gasolina anunciadas pela Petrobras estão respaldadas por critérios técnicos, segundo especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo. E, mais do que isso, há espaço para novas quedas no preço do combustível.

A reportagem explica que o mesmo não acontece com o diesel, cujos preços da Petrobras estão acima da paridade internacional (PPI), mas têm pouca margem de manobra em função da alta volatilidade das cotações. Segundo Pedro Shinzato, analista da divisão de óleo e gás da StoneX, a redução de 7%, ou R$ 0,25, no litro da gasolina na semana passada respeitou os preços de paridade internacional e poderia ter sido ainda maior.

Em seus cálculos, o litro da gasolina em refinarias da Petrobras estava R$ 0,62 acima do preço de paridade de importação (PPI) e, após o reajuste, ainda ficou R$ 0,36 mais caro que o preço de referência. “Havia bom espaço para baixa na gasolina. Para se ter uma ideia, a cotação internacional da gasolina está abaixo do patamar pré-guerra da Ucrânia”, diz Shinzato.

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Setor elétrico apoia mudança que dá ao consumidor mais opções para escolher fornecedor de energia elétrica

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O Valor Econômico informa que um mapeamento feito pela Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel) a partir das contribuições enviadas à consulta pública do Ministério de Minas e Energia (MME) sobre a ampliação do acesso ao ambiente livre de contratação indica que o setor apoia a abertura do mercado, tanto na alta tensão, quanto na baixa.

A consulta pública 131 foi realizada entre os dias 26 de julho e 24 de agosto, a fim de obter subsídios para a elaboração de uma portaria com diretrizes para a redução dos limites de carga (consumo de energia mais as perdas na rede) para a migração de consumidores ao mercado livre, ambiente no qual pode-se escolher o fornecedor da eletricidade. Os consumidores que não podem migrar para o mercado livre têm a gestão da energia feita pelas distribuidoras — o chamado mercado cativo.

No período, a consulta pública recebeu 69 contribuições. De acordo com o mapeamento da Abraceel, 93% dos agentes (64) apoiam a abertura do mercado na alta tensão, ou seja, clientes com carga menor do que 0,5 MW e conectados em tensão de 2,3 quilovolts (kV). Desse total, oito agentes, que correspondem a 12% do total de contribuições apoiam a redução de limites, desde que condicionada. A maioria das contribuições (49 de 69) apoia a abertura a partir de janeiro de 2024. Dezessete contribuições não trouxeram manifestaram sobre o tema e três indicaram que apoiam a abertura após janeiro de 2024.

Sengi investe R$ 440 milhões em duas fábricas de painéis solares

Reportagem do Valor Econômico mostra que a escassez de equipamentos fotovoltaicos no mercado brasileiro está abrindo oportunidades para a fabricante Sengi Solar em dois novos complexos fabris no Brasil. A empresa está investindo R$ 440 milhões na construção de fábricas no Paraná e em Pernambuco com capacidade anual de produção da ordem de 1 gigawatt (GW) em equipamentos.

São as primeiras fábricas no Brasil da Sengi, que é subsidiária do grupo Tangipar. A unidade em Cascavel (PR) já está pronta e inicia a operação agora em setembro. Já a unidade de Ipojuca (PE) tem previsão para entrar em operação em julho de 2023. Com tudo funcionando, a empresa deve ter uma capacidade de produção de mais de 3 mil módulos por dia.

Ao Valor, o diretor-geral da Sengi, Everton Fardin, diz que o valor investido foi feito totalmente com capital próprio e a empresa projeta que o faturamento vai saltar R$ 400 milhões previstos para 2022 para R$ 1,2 bilhão no próximo ano. “O mercado está bastante aquecido e carente de opções de módulos fotovoltaicos nacionais com alta tecnologia e qualidade. A Sengi pretende preencher essa lacuna e conquistar uma grande parcela do mercado, triplicando o faturamento em 2023”, diz.

PANORAMA DA MÍDIA

Uma vez definidas as eleições, independentemente de quem vencer, as empresas devem retomar os planos de levantar dinheiro na bolsa brasileira, preveem executivos do mercado financeiro ouvidos pelo Valor Econômico. Para bancos de investimentos, há espaço para até 35 operações, entre ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) e ofertas subsequentes de ações (“follow-ons”), a partir de 2023.

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O plebiscito realizado ontem (04/09), no Chile, com foco na nova Constituição do país, é destaque hoje (05/09), na mídia.

A proposta de nova Constituição foi rejeitada com uma ampla margem de votos. Com 99,95% das urnas apuradas até as 23h18 de Brasília (22h18 locais), a rejeição à Carta vencia por 61,87% a 38,13%, uma margem já considerada irreversível por especialistas. O presidente Gabriel Boric convocou uma reunião com todos os partidos para hoje, às 16h (17h em Brasília). (Folha de S. Paulo)

O resultado representa uma significativa derrota para os movimentos sociais de esquerda do país. Em 2020, cerca de 80% dos chilenos votaram em outro plebiscito para que houvesse uma mudança constitucional, e a Convenção Constitucional que redigiu o projeto da Carta, eleita no ano passado, tinha maioria de esquerda e independentes. (O Globo)

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O principal destaque da edição desta segunda-feira (05/09) do jornal O Estado de S. Paulo são as pesquisas eleitorais realizadas no país. A reportagem mostra que, ao mesmo tempo em que o número dessas pesquisas eleitorais aumentou, as sondagens viraram alvo de crescentes questionamentos judiciais. De 1.º de janeiro a 30 de agosto de 2022, o volume de processos em todo o país saltou 582% na comparação com o mesmo período de 2018, de acordo com levantamento feito pela reportagem em Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).