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Com receio de recessão, petróleo recua 11% em setembro; minério de ferro, 5% - Edição da Manhã

Setembro foi outro mês de correção para as commodities minerais, conforme análise do Valor Econômico. Enquanto o minério de ferro recuou quase 5%, o petróleo perdeu pouco mais de 11% no acumulado mensal, com a piora das perspectivas para a economia global e receios quanto à China.

Em relatório da semana passada, o chefe de economia e pesquisa do banco Julius Baer, Norbert Rücker, destacou que a força do dólar também contribuiu para o ajuste nos preços das matérias-primas. “Ganhamos confiança na tese de que os mercados de commodities experimentaram choques temporários, incluindo superaquecimento pós-pandemia, geopolítica e clima. Não vemos um superciclo. O pessimismo do mercado empurrou os preços de volta a níveis fundamentalmente justificados”, escreveu.

Geração por painel fotovoltaico vive rápida expansão no país

A energia solar fotovoltaica já é a terceira principal fonte de geração elétrica no Brasil, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os painéis solares respondem por 8,1% da oferta de eletricidade no país, mesma proporção da oferta das usinas térmicas a gás natural e atrás da geração hídrica, com 53,9%, e da eólica, com 10% do total. Os dados são do levantamento de agosto.

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Há um ano, a geração solar representava somente 2,15% da matriz elétrica nacional, segundo o histórico da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A capacidade instalada de geração via painéis fotovoltaicos é superior a 19 gigawatts (GW), de acordo com a Absolar. A entidade calcula que os investimentos no setor somam R$ 99,7 bilhões desde 2012, com geração de cerca de 570 mil empregos e arrecadação de R$ 27 bilhões em impostos.

Segundo a Aneel, de janeiro a setembro de 2022 deste ano a energia solar cresceu 46,1% no país, com acréscimo de 6 GW. Do total, 6,1 GW de potência instalada pertencem às usinas solares de grande porte, a chamada geração centralizada, que fornece energia para a rede do Sistema Interligado Nacional (SIN). As informações foram publicadas na edição desta segunda-feira (03/10) do Valor Econômico.

Corte ilegal atinge 40% da madeira da Amazônia

O Valor Econômico informa que uma pesquisa inédita feita por quatro entidades revela que quase 40% da extração de madeira na Amazônia não teve autorização dos órgãos ambientais. É a primeira vez que se faz um levantamento sobre o percentual de irregularidade da exploração madeireira na região.

Deste total, 15% da extração não permitida aconteceu em territórios indígenas ou em unidades de conservação. A análise mapeou 377 mil hectares com extração de madeira na Amazônia entre agosto de 2020 e julho de 2021. No estudo foram analisadas imagens de satélite com degradação florestal pela exploração da madeira e depois confrontadas com as autorizações dadas pelos órgãos ambientais.

Foram analisados seis Estados – Mato Grosso, Pará, Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima. Do total, 142 mil hectares tiveram exploração madeireira não permitida no período – ou 38% do total

Brasil pode dominar 15% do mercado de créditos de carbono em 2030, diz McKinsey

O jornal O Estado de S. Paulo informa que um grupo de empresas começou a se preparar para um mercado que promete ser bilionário no Brasil em um curto espaço de tempo: o crédito voluntário de carbono, que é aquele em que não existe uma obrigação na lei.

Estudo da consultoria KcKinsey aponta que o Brasil pode dominar 15% desse setor até o fim desta década. A consultoria aponta que, apenas por aqui, esse mercado pode movimentar cerca de US$ 2 bilhões, ou mais de R$ 10 bilhões no campo atual já em 2030.

No entanto, atingir esse potencial depende do aumento da oferta de crédito de carbono no mercado – algo que precisa ser corrigido se o Brasil não quiser perder esse bonde. A McKinsey afirma que o setor precisa crescer muito: a geração de créditos para compensação de emissões teria de crescer dez vezes em relação ao que está disponível atualmente.

PANORAMA DA MÍDIA

O resultado das eleições gerais de ontem (02/10) é o principal destaque da edição desta segunda-feira da mídia – tanto jornais impressos como sites e portais de notícias, que trazem reportagens, análises e editoriais a esse respeito.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) vão disputar o segundo turno da eleição presidencial. A rodada final será no próximo dia 30. Com 99,86% das urnas apuradas neste domingo (2), o petista marcava 48,39%, ante 43,23% de Bolsonaro, que registrou um desempenho superior ao que previam as pesquisas encerradas na véspera, comandando uma onda de bons resultados de seus aliados nos estados. (Folha de S. Paulo)

Com pouco mais de 7% do total de votos, o eleitorado de centro – mesmo diminuído e representado principalmente por Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) – será decisivo no dia 30. (O Estado de S. Paulo)

Lula teve 57 milhões de votos, contra 51 milhões de Bolsonaro, que surpreendeu com desempenho não previsto pelos institutos de pesquisa. O bolsonarismo também mostrou força nas disputas estaduais e elegeu vários ex-ministros para o Senado e a Câmara. (O Globo)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu seu principal objetivo nesta eleição: sobreviver ao primeiro turno. Com uma votação maior do que apontavam as pesquisas, sobretudo no Sudeste, a aposta de Bolsonaro agora será aprofundar a estratégia de desacreditar os institutos que fazem esses levantamentos a fim de mobilizar sua base. Fontes de dentro da campanha já se apegavam há semanas na crença de que as pesquisas de intenção de voto estavam “descalibradas” devido ao forte rechaço de bolsonaristas radicais a empresas como Datafolha e o Ipec. E, de fato, Bolsonaro chega ao segundo turno em uma situação de equilíbrio muito maior do que apontavam as pesquisas. (Valor Econômico)