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Com todos os lotes arrematados, leilão de transmissão atrai investimentos de R$ 3,35 bilhões – Edição do dia

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Crédito: Pixabay-2
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O leilão de transmissão n° 2/2024, realizado a sexta-feira (27/9) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na sede da B3 em São Paulo, foi concluído com vencedores para os três lotes apregoados. O deságio médio foi de 48,89% em relação às receitas anuais permitidas iniciais máximas estabelecidas pela agência para o certame, o que se reflete em uma economia de R$ 6,8 bilhões para os consumidores de energia.

O consórcio e as empresas vencedoras tornaram-se responsáveis pela construção e a manutenção de a construção e a manutenção de 783 quilômetros (km) em linhas de transmissão e de 1.000 megavolt-ampères (MVA) em capacidade de transformação, além da continuidade da prestação de serviço público de 162,9 km de linhas de transmissão e 300 MVA em transformação.

Os lotes abrangem seis estados: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Santa Catarina. O investimento previsto é de R$ 3,35 bilhões e são previstos 7 mil empregos diretos durante o período de construção das instalações.  A homologação do leilão pela ANEEL está marcada para 12 de novembro e a data marcada para assinatura dos contratos de concessão é 13 de dezembro. Os empreendimentos arrematados terão prazo de conclusão de 42 a 60 meses. (Fonte: Aneel)

Outubro terá bandeira tarifária vermelha patamar 2

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, na sexta-feira (27/9), que a bandeira tarifária será vermelha, patamar 2, em outubro. A sinalização demonstra que haverá cobrança complementar na conta de luz para os consumidores de energia elétrica conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

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Na bandeira vermelha patamar 2 serão cobrados R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do preço de liquidação de diferenças (PLD) que foram influenciados pelas previsões de baixa afluência para os reservatórios das hidrelétricas e pela elevação do preço do mercado de energia elétrica ao longo do mês de outubro.

Uma sequência de bandeiras verdes, sem cobrança extra nas tarifas, foi iniciada em abril de 2022 e interrompida em julho de 2024 com bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto e a vermelha, patamar 1, em setembro. (Fonte: Aneel)

Amazonas Energia entra com novo pedido na Justiça para forçar transferência para irmãos Batista

A Amazonas Energia entrou com um novo pedido na Justiça, na noite de sexta-feira (27/9), para que seu controle acionário seja transferido para a Âmbar, empresa de energia dos irmãos Joesley e Wesley Batista. A distribuidora de eletricidade do Amazonas alega que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) agiu com “descaso” em relação a ordens judiciais determinando sua transferência e pede “medidas interventivas”, além do afastamento e prisão dos diretores da agência por crime de “desobediência”.

Procurada pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo no sábado (28/9), a Aneel ainda não se posicionou. A Amazonas Energia e a Âmbar também não responderam.

Em julho deste ano, a J&F, dos irmãos Batista, propôs assumir o controle da Amazonas Energia. A iniciativa ocorreu após a Âmbar ter sido beneficiada pelo governo federal com uma medida provisória que socorre o caixa da distribuidora do estado e repassa o custo para a conta de luz dos consumidores brasileiros por até 15 anos.

A reportagem explica que a proposta dos irmãos Batista tem um curto estimado  de R$ 15,8 bilhões para os consumidores, sendo que o ideal seriam R$ 8 bilhões, segundo a área técnica da Aneel. No começo da semana passada, a Justiça Federal do Amazonas obrigou a Aneel a transferir a Amazonas Energia para a Âmbar, nos termos da proposta da companhia.

O prazo para a agência repassar a distribuidora para o grupo dos Batista era de 48 horas e terminou na tarde de sexta-feira, 27, às 16h45. A agência recorreu da decisão no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, mas até a publicação da reportagem não havia um novo julgamento judicial.

ONS: afluências estimadas para outubro estão abaixo da média

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) para a semana operativa que vai do dia 28 de setembro a 4 de outubro traz os primeiros cenários para o mês que vem. A Energia Natural Afluente (ENA) ao final de outubro deve estar abaixo da Média de Longo Termo (MLT) em todos os subsistemas.

A região Sul tem a perspectiva mais elevada: 86% da MLT. Para as demais, as previsões são inferiores a 50%: Sudeste/Centro-Oeste, 43% da MLT; Norte, 38% da MLT; e o Nordeste, 33% da MLT.

“As projeções para o próximo mês permanecem com afluências abaixo da média nas principais bacias. Esse fator combinado com a expectativa de temperaturas mais elevadas do que o histórico para o mês de outubro deixa o SIN mais pressionado, principalmente nos horários da ponta de carga. No entanto, as condições dos reservatórios são compatíveis com o período e o sistema dispõe dos recursos necessários para o atendimento da demanda”, afirma Christiano Vieira, diretor de Operação do ONS.

As perspectivas para os níveis de Energia Armazenada (EAR) ao final de outubro indicam que dois submercados devem superar 50%: Norte (61,8%) e Sul (53,7%). Para o Nordeste, o índice projetado para o último dia do mês é de 44,2% e no Sudeste/Centro-Oeste está em 39,9%.

Os cenários prospectivos para a demanda de carga são de aceleração, tanto no Sistema Interligado Nacional (SIN), como em todas as regiões. O crescimento no SIN deve ser de 4,7% (82.095 MWmed). Entre os submercados, a expansão mais expressiva deve ser registrada no Norte, 10,4% (8.488 MWmed); seguido pelo Sudeste/Centro-Oeste, 4,8% (46.809 MWmed). Os avanços no Sul e no Nordeste podem chegar a 2,9% (13.122 MWmed) e 2,8% (13.676 MWmed), respectivamente. Os números são comparações entre as estimativas de outubro de 2024 ante o verificado no mesmo período de 2023.

O Custo Marginal de Operação (CMO) é o mesmo em todas as regiões: R$ 624,81. (Fonte: ONS)

Crescimento desordenado de renováveis gera impasse de R$ 1,2 bi entre empresas e governo

Reportagem da Folha de S. Paulo indica que o crescimento desordenado das energias renováveis no Nordeste ameaça onerar ainda mais a conta de luz dos brasileiros, já inflada por subsídios concedidos a diversos segmentos da economia, incluindo as próprias energias renováveis.

Empresas do setor e governo discutem na Justiça uma fatura que já chega a R$ 1,2 bilhão, provocada pelo descasamento entre a implantação de usinas geradoras de energia e a expansão do sistema de transmissão.

De acordo com a reportagem, as companhias querem ressarcimento por cortes involuntários na geração, intensificados por restrições impostas pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) à transferência de energia para o resto do país após o apagão de agosto de 2023. Sem linhas suficientes para escoar a eletricidade, essas usinas têm sido obrigadas a parar por determinados períodos do dia, um processo conhecido como “curtailment”, comum no setor mas que se agravou após o apagão.

Seca já afeta produção de hidrelétricas brasileiras e pode forçar mudança de modelo

Reportagem do jornal O Globo destaca que os efeitos das mudanças climáticas têm trazido mais volatilidade à geração no setor elétrico, com impactos sobre vazões de rios que abastecem as hidrelétricas, que produzem cerca de metade da eletricidade do país.

Dados do ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Edvaldo Santana apontam que a situação tem se deteriorado desde 2014. Para um período de 25 anos, observa-se, com base em dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), que, entre 2000 e 2005, a energia natural afluente — a quantidade de água que chega aos reservatórios das usinas hidrelétricas e que pode ser transformada em eletricidade pelas turbinas de hidrelétricas — equivalia a 93% da média histórica das vazões registradas desde 1931, quando o indicador começou a ser apurado.

Nos seis anos seguintes, a situação foi mais confortável, com energia afluente de 98% da média histórica. A partir de 2014 o quadro mudou e a água para gerar energia é cada vez menor.

Brasil está muito na frente para receber investimentos da transição energética, diz CEO da WEG

A Folha de S. Paulo traz, hoje (30/9), uma entrevista com Alberto Kuba, CEO da WEG, multinacional brasileira de equipamentos elétricos que se tornou uma das indústrias nacionais mais bem-sucedidas no cenário global. Segundo ele, O Brasil está em um bom momento, especialmente para receber investimentos que atendam as demandas por transição energética.

“Dada a matriz de energia renovável, (o Brasil) é um excelente player para atrair investimentos. E ainda há esse novo movimento que é a inteligência artificial, demandando cada vez mais energia. O Brasil está muito na frente, com pouquíssima dependência das usinas térmicas”, afirma o executivo de 44 anos, que começou como estagiário há 23 e assumiu o conglomerado em abril deste ano.

Para aproveitar a onda da transição verde, a empresa desenha quatro frentes prioritárias: eficiência energética, mobilidade elétrica, energias renováveis e eficiência operacional.

PANORAMA DA MÍDIA

Folha de S. Paulo: Os 13 boletins divulgados desde o final de junho pelo Ministério do Meio Ambiente sobre a crise das queimadas mostram que a escalada do fogo no Pantanal, Amazônia e Cerrado ocorreu em velocidade bem superior ao incremento no combate aos incêndios feito pelos governos federal, estaduais e municipais. Segundo os documentos, de julho até agora o acumulado da área queimada no pantanal triplicou de tamanho, chegando a 2 milhões de hectares — 13,4% do bioma.

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Valor Econômico: Empresas que passam por reestruturação financeira estão contratando executivos especializados em crise para assumir a gestão interina das companhias. Essa tendência tem crescido à medida que o número de empresas em dificuldades aumenta e boa parte do alto escalão é destituída. Muitos desses casos envolvem companhias que entram com pedido de recuperação judicial, o que requer executivos especializados em reorganizar os negócios.

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O Estado de S. Paulo: As disputas administrativas e judiciais de empresas e pessoas físicas com municípios, Estados e a União em torno da cobrança dos mais variados tributos atingiu R$ 5,7 trilhões em 2020, ou 75% do PIB brasileiro à época, de acordo com o dado disponível mais atualizado. Em termos comparativos, a cifra é superior ao valor de mercado das 371 companhias listadas na B3, a Bolsa de Valores de SP. Juntas, elas valem R$ 4,7 trilhões. 

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O Globo: O ministro da Educação, Camilo Santana, pretende lançar em 2025 o Pé-de-Meia universitário para dar apoio financeiro aos estudantes do ensino superior de baixa renda. O programa será nos mesmos moldes da iniciativa já lançada para o ensino médio. Santana também defende o uso de celular nas escolas só para fins pedagógicos. A proposta de restrição ao aparelho está em discussão no ministério e tem apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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