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comercializadora de energia Linkx avisa clientes que não cumprirá contratos – Megaexpresso – edição das 7h

A comercializadora de energia Linkx avisou clientes que não conseguirá cumprir contratos de venda com que se comprometeu e pediu a abertura de negociações em busca de “solução amigável”. A empresa alegou que foi afetada por volumes de chuva abaixo do previsto. A decisão da Linkx ocorre poucos dias após a comercializadora Vega Energy ter anunciado não dispor de recursos para cumprir compromissos comerciais para 2018, em meio a uma disparada dos preços devido à falta de chuvas que deixou a empresa negativamente exposta em mais de R$ 180 milhões. A notícia foi divulgada no fim da tarde de ontem (11/02) por diversos canais de internet.

Hoje (12/02), Valor Econômico destaca que a decisão da Linkx “gerou grande revolta no setor (porque a empresa) cobrou a energia vendida na sexta-feira e notificou os agentes ontem que não teria lastro para a entrega. Assim, as atingidas terão prejuízo em dobro, pois também precisarão pagar a exposição na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A Linkx vendeu contratos de energia sem ter lastro em carteira para isso, apostando na manutenção dos preços baixos no mercado à vista”. A reportagem do Valor entrevistou diversos agentes de mercado, entre clientes e concorrentes da Linkx.

O presidente da Comerc Energia, Cristopher Vlavianos, disse que “em um mercado volátil como o nosso, as empresas que calculam mal o risco e não sabem fazer hedge vão sendo eliminadas”. De acordo com a reportagem, a Comerc “levou um calote de mais de R$ 7 milhões da Vega, mas tem recursos para fazer frente sem maiores complicações”. Segundo Vlavianos, uma diferença grande hoje é que a CCEE faz um trabalho de monitoramento e de suspensão de agentes. “Não há prejuízo sistêmico como no passado”, disse o executivo. Ontem, o conselho de administração da CCEE suspendeu o registro de novas operações de compra e venda da Linkx, o mesmo que já foi feito com a Vega.

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Piora nas previsões de chuva eleva preço de energia

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A previsão de chuvas para os próximos dias nas regiões dos reservatórios das hidrelétricas, abaixo da média histórica, fez com que o preço de energia no mercado à vista chegasse a R$ 510,81 por megawatt-hora (MWh) nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul. A informação, divulgada no fim da semana passada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), foi publicada hoje pelo Valor Econômico. Na sexta-feira, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) publicou a revisão semanal do Programa Mensal da Operação (PMO), que apontou piora nas chuvas previstas para fevereiro. Um encontro extraordinário do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aconteceu em seguida, quando foi liberado o despacho de termelétricas com custo de geração de até R$ 588,75/MWh no Sudeste e no Sul.

Shell entra no mercado de energia

A notícia, que circula há dias, está, agora, confirmada: a Shell Brasil, que atua na exploração e produção de petróleo no Brasil, decidiu atuar também na geração de energia elétrica, informa o Globo. A petroleira vai participar do projeto de construção e operação da termelétrica Marlim Azul, em Macaé, no Estado do Rio de Janeiro. A entrada da Shell no negócio foi confirmada pelo Pátria Investimentos, parceiro da Mitsubishi Hitachi Power Systems (MHPS) no consórcio Marlim Azul, detentor da concessão da termelétrica. Além de participar do projeto, a Shell vai fornecer para a usina o gás natural que será produzido nos campos do pré-sal, na Bacia de Santos.

Enel vai à Justiça contra mudança em contrato da Celg

O grupo italiano Enel pretende entrar na Justiça contra uma lei aprovada neste ano pela assembleia legislativa de Goiás e que prevê que a Enel Distribuição Goiás (antiga Celg D, adquirida em 2016 pela companhia) seja obrigada a arcar com dívidas administrativas e judiciais da empresa geradas entre 2012 e 2015. A informação é do Valor Econômico. O jornal explica que a lei anterior determinava que o passivo existente até janeiro de 2015 seria bancado por um fundo criado pelo governo estadual, fruto do acordo de gestão compartilhada firmado entre a Eletrobras e o governo goiano, em 2012.

Incêndio atinge área da usina de Belo Monte, no Pará

O portal G1/Globo informa que um incêndio atingiu ontem uma área da hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu, sudoeste do Pará. Segundo a Norte Energia, consócio responsável pelo empreendimento, não houve vítimas e “os danos são somente materiais”. Por medida de segurança, todos os trabalhadores foram retirados do local. O incêndio começou no fim da tarde e atingiu o galpão de almoxarifado do Consórcio Construtor Belo Monte, responsável pela obra da usina.

CCEE completa 20 anos

A CCEE completou 20 anos no último domingo (10/02) e, para comemorar, lançou um livro especial, contando duas décadas de história do mercado brasileiro de energia elétrica. A publicação reúne artigos de 23 especialistas, que analisam episódios decisivos para o desenvolvimento do setor, além de debater desafios e oportunidades para os próximos anos. Mais informações, no site da CCEE.

PANORAMA DA MÍDIA

Desde ontem (11/02) à tarde, a notícia mais comentada na imprensa foi a morte do jornalista Ricardo Boechat, em um acidente de helicóptero, na rodovia Anhanguera, em São Paulo. Os jornais de hoje abriram espaço em suas primeiras páginas para o profissional que foi referência no jornalismo. O Globo, a Folha, o Estado e o Correio Braziliense publicaram o perfil de Boecht com destaque.

Ricardo Boechat, do Grupo Bandeirantes, morreu aos 66 anos. Ele voltava de Campinas, onde havia feito uma palestra. O helicóptero caiu no viaduto do Rodoanel, bateu em um caminhão e pegou fogo. O piloto da aeronave, Ronaldo Quattrucci, que tentava fazer um pouso de emergência na rodovia, também morreu na hora.

Âncora do Jornal da Band e da BandNews FM, Boechat atuou nos principais jornais do país, entre eles O Globo, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. Foram 48 anos de carreira em que ele ganhou três vezes o Prêmio Esso, o mais importante do jornalismo brasileiro.  Na rádio e na televisão, Boechat era conhecido e respeitado por seu estilo descontraído e crítico de dar e comentar as notícias do dia. Após noticiar a morte do colega, a BandNews FM pediu desculpas aos ouvintes e a programação ficou fora do ar por alguns minutos. Ouvia-se, apenas, a vinheta do programa.

O corpo do jornalista está sendo velado desde ontem à noite, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo. Aberto ao público, o velório deve durar até às 14 horas desta terça-feira, e depois o corpo será cremado em cerimônia privada para a família. A Força Aérea Brasileira informou em comunicado, que apura as causas do acidente.

O Valor Econômico informa que o governo está adaptando a reforma da Previdência para se antecipar a críticas. Entre os pontos em estudo, embora não haja certeza de que serão adotados, estão a inclusão das Forças Armadas e a redução da contribuição previdenciária para as faixas mais pobres da população, de 8% para 7,5% do salário. As faixas mais altas de renda deverão ter alíquotas de 14% ante os 11% atuais. A expectativa é de envio da proposta à Câmara ainda em fevereiro, depois que o presidente Jair Bolsonaro retornar a Brasília.

O Estado de S. Paulo informa que o governo prepara pacote de obras para a Amazônia. A Folha destaca, em manchete que o pedágio pode ficar até 25% mais caro em sete rodovias federais.

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