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Comitê do RenovaBio fará estudos para balizar política energética para diesel verde – Edição da Manhã

O Valor Econômico informa que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) vai definir uma política pública sobre novos biocombustíveis. O assunto é objeto de debate entre a indústria de petróleo e a agroindústria. De acordo com o secretário de petróleo, gás e biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Ferreira, uma primeira reunião para discutir o tema foi convocada para o dia 30 de setembro, no âmbito do comitê do programa RenovaBio, que fará estudos para subsidiar a política.

O anúncio ocorreu durante a audiência pública da Agência Nacional do Petróleo (ANP) sobre a especificação do diesel verde (ou diesel renovável) realizada ontem (17/09). De acordo com a reportagem, o assunto vem opondo produtores de biocombustíveis e a indústria de petróleo.

A Petrobras defende que o diesel produzido a partir do coprocessamento de petróleo com óleos vegetais nas refinarias, conhecido como HBIO, seja enquadrado como biocombustível, mas a agroindústria argumenta que o produto tem como base 95% de combustível fóssil e apenas 5% de óleo vegetal e, deste modo, não poderia compor a mistura obrigatória de adição de biodiesel ao diesel (hoje de 12%, mas que será de 15% em 2023), nem gerar créditos de descarbonização — os Cbios, que as distribuidoras de combustíveis são obrigadas a comprar, dentro de metas assumidas no programa RenovaBio. A regulação proposta pela ANP diferencia os produtos.

Agronegócio tenta restringir novo biodiesel da Petrobras

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A Folha de S. Paulo também traz informações sobre a audiência pública realizada ontem (17/09) na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para discutir o diesel verde ou renovável.

A reportagem destaca que a Petrobras e produtores de biodiesel travam um embate em torno da regulamentação de um novo tipo de combustível desenvolvido pela estatal, que o agronegócio tenta restringir, apesar de manifestações favoráveis da área econômica do governo.

A disputa envolve um tipo de diesel produzido em refinarias de petróleo a partir de óleos vegetais, gordura animal ou resíduos oleosos e ocorre em um momento de escalada dos preços do biodiesel no país, que ultrapassaram os R$ 5 por litro no último leilão feito pela ANP.

O diesel verde é feito com uma tecnologia diferente do biodiesel já vendido no país. Por isso, a agência defende que são dois produtos diferentes e, por isso, não pode incluiir o diesel verde na mistura obrigatória de biodiesel. Mas, segundo a reportagem, a ANP deverá liberar o novo combustível para venda no mercado.

Aos 70 anos, a primeira grande refinaria do país, Rlam, está prestes a deixar de ser estatal

O jornal O Globo traz hoje (18/09) uma reportagem sobre a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia – a primeira grande produtora de combustíveis criada no Brasil, que completou 70 anos ontem e está prestes a se tornar a primeira unidade de refino da Petrobras a passar para o controle da iniciativa privada.

A reportagem destaca que a refinaria é importante para o desempenho das vendas da estatal, porque a unidade é responsável por cerca de 30% da produção total de óleo combustível no país, incluindo o chamado bunker, cujo preço está em alta no mercado externo.

A Petrobras está em fase final de negociações da Rlam com o Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, para fechar um negócio que poderá render cerca de US$ 4,5 bilhões aos cofres da companhia. O fundo árabe tem como principal parceiro na transação a empresa espanhola Cepsa, que deve cuidar da parte operacional da refinaria, se o negócio for de fato fechado.

Esse processo depende de uma discussão que começa a ter um desfecho hoje, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá iniciar o julgamento do pedido feito pelo Congresso para impedir a venda de refinarias pela Petrobras sem autorização do Legislativo.

Empresas campeãs de inovação

O Valor Econômico, em parceria com a Strategy&, consultoria estratégica da PwC, premiou ontem (17/09) as empresas mais inovadoras do país. A pesquisa serve de base para o ranking do anuário Valor Inovação Brasil, publicado hoje, e contou neste ano com 214 companhias que concluíram e enviaram o questionário para análise.

O Prêmio Inovação Brasil destacou as empresas mais inovadoras de 23 setores econômicos. A lista foi divulgada em ordem alfabética do setor e os representantes de todas as empresas acompanharam de forma virtual. No setor de energia elétrica, a vencedora foi a EDP.

PANORAMA DA MÍDIA

Ainda com quase metade de setembro pela frente, o Pantanal já bateu o recorde histórico de queimadas para todo o mês registradas pelo Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse é o principal destaque da edição de hoje (18/09) da Folha de S. Paulo.

A reportagem ressalta que a situação crítica e sem controle ocorre em meio ao período de estiagem do bioma, em contexto em que mesmo a temporada de chuvas precedente foi seca em relação ao histórico climático da região e sem perspectiva de melhora.

A alta histórica do fogo, que já destruiu o maior refúgio de araras-azuis do mundo e que ameaça áreas com onças pintadas, ocorre apesar da proibição de queimadas no bioma e na Amazônia. A Polícia Federal verifica se fazendeiros da região teriam iniciado os incêndios. Em entrevista à CNN Brasil, o delegado Daniel Rocha afirmou que quatro proprietários estão sendo investigados. De acordo com ele, sua equipe analisa focos de incêndio de junho e julho e que “não têm como não terem sido ocasionados por ação humana”.

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O Valor Econômico destaca que a Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, tenta salvar o acordo com o Mercosul, separando a parte comercial do acordo para tentar reduzir as dificuldades em sua tramitação em razão de desmatamentos e direitos dos indígenas na região do Mercosul.

A reportagem explica que o acordo UE-Mercosul tem três pilares: questões políticas e de segurança; cooperação econômica e institucional; e livre comércio. Ao fazer a separação desses temas, a aprovação da parte comercial não requereria unanimidade no Conselho Europeu (dos governos) nem a ratificação pelo Legislativo dos 27 países da UE.

A Comissão, que negociou o tratado e quer sua aprovação, pode então enviar o texto ao Parlamento Europeu e, havendo sinal verde, os compromissos de liberalização comercial poderiam entrar em vigor provisoriamente.

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O jornal O Globo informa que a Polícia Federal (PF) investiga indícios de que o governo do presidente Jair Bolsonaro financiou pessoas e páginas na internet dedicados à propagação de atos antidemocráticos, que fizeram ataques ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Um relatório parcial da PF, produzido no inquérito que tramita no STF sobre a realização de atos antidemocráticos, aponta pela primeira vez a relação desses atos com o Palácio do Planalto e apura se a publicidade oficial foi utilizada para direcionamento de recursos públicos.

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O prefeito Bruno Covas autorizou ontem (17/09) que faculdades e universidades voltem a dar aulas presenciais em 7 outubro, mas a maioria delas pretende continuar com atividades online até o fim do ano. “Não tem mais sentido, com os dados que nós temos, continuar a proibir o ensino superior na cidade”, disse Covas, em coletiva de imprensa.

Ele justificou a abertura com o resultado do inquérito sorológico dos adultos, também divulgado ontem, que indicou que 13,9% dos entrevistados já tinham anticorpos para a covid-19 na cidade, com prevalência maior entre os mais jovens. O mesmo material foi base para definir que o retorno do ensino básico será gradual, começando pelo reforço. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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