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Comitê ‘racha’ e assembleia da Petrobras promete fortes emoções – Edição da Manhã

Em análise sobre a assembleia geral extraordinária (AGE) da Petrobras marcada para as 15h desta segunda-feira (12/04), o Valor Econômico define a expectativa como sendo de fortes emoções. A reunião de acionistas foi chamada para destituir Roberto Castello Branco e eleger o general Joaquim Silva e Luna para o conselho da estatal, pré-requisito para que o militar seja efetivado, posteriormente, como presidente da companhia.

Também serão definidos os novos membros do conselho. Conforme explica a reportagem, informações divulgadas no fim de semana pela companhia e a movimentação de bastidores, envolvendo candidaturas dos minoritários, deram um sinal do que deve ser a AGE. Deve haver reclamações de acionistas, questionamentos e, eventualmente, até troca de candidatos.

O advogado Leonardo Antonelli, conselheiro da estatal e candidato à recondução pelos minoritários, ameaça desembarcar da candidatura, embora até sábado a companhia não tivesse recebido comunicado oficial da desistência. Antonelli integra o comitê de pessoas, órgão de assessoramento ao conselho de administração da Petrobras, que realizou reunião na quinta-feira para avaliar as indicações para o colegiado da petroleira feitas pelo controlador, a União, e por minoritários.

Como membro do comitê, Antonelli apontou restrições à maioria dos candidatos. A oposição de Antonelli deve gerar reações de acionistas uma vez que há quem entenda que haveria conflito de interesses de um candidato ao conselho (Antonelli) avaliar a elegibilidade de outros candidatos que concorrem diretamente com ele pelas vagas. Procurado pela reportagem, Antonelli não respondeu.

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Conselhos de estatais têm mudança em série sob pressão do governo

Reportagem publicada hoje (12/04) pelo jornal O Globo destaca que a interferência do presidente Jair Bolsonaro nas principais estatais está se materializando em mudanças nos conselhos de administração de Banco do Brasil (BB), Eletrobras e Petrobras, que estão entre as maiores empresas brasileiras listadas na Bolsa. Saem conselheiros de perfil mais técnico e independente, entram mais alinhados ao governo.

A União já indicou ou está prestes a apontar ao menos dez novos conselheiros para as três estatais. Sete integrantes dos colegiados pediram demissão nos últimos meses, alguns manifestando abertamente desconforto com o que consideram riscos à governança corporativa das empresas.

Hoje, a Petrobras realiza uma assembleia de acionistas para renovar sua cúpula. Além de novos conselheiros, a estatal deve oficializar a nomeação do general Joaquim Silva e Luna para presidir a estatal no lugar de Roberto Castello Branco. Em seguida, os presidentes do BB, André Brandão, e da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., pediram demissão. O primeiro foi duramente criticado por Bolsonaro por um plano de fechamento de agências e redução de pessoal. O segundo demonstrava insatisfação com o atraso na privatização da estatal de energia.

Na Petrobras, João Cox Neto, Nivio Ziviani, Paulo Cesar de Souza e Silva e Ornar Carneiro da Cunha, indicados pelo governo para o colegiado, recusaram a recondução na assembleia de hoje, que promete ser agitada. Há um movimento de acionistas minoritários para ampliar de 11 para 13 o número de cadeiras do conselho de administração, como forma de ganharem mais espaço para fazer frente ao apetite intervencionista do governo.

Dos onze conselheiros atuais, sete são indicados pela União, três são representantes dos minoritários e um é eleito pelos empregados. Hoje, os acionistas trocam oito. Para especialistas ouvidos pela reportagem, ainda que haja nomes técnicos entre os indicados pelo governo, as mudanças nos conselhos refletem a intenção de reduzir a autonomia na gestão das estatais, aumentando o risco de uso político.

Nova Engemix busca virada com negócios em energia

Após passar os últimos anos administrando os efeitos da Lava-Jato sobre seus negócios, a Nova Engevix começa a se movimentar para ganhar corpo e recuperar a atuação que teve, no passado, no setor de energia elétrica.

De acordo com reportagem publicada hoje (12/04) pelo Valor Econômico, o plano da companhia, que tenta se reerguer depois de minguar com as investigações e a crise de reputação, passa pela recriação de um braço voltado à geração de energia. “Nossa ideia é voltar para a área e montar de novo uma empresa de renováveis, usando como base a hidrelétrica de São Roque, um excelente ativo”, disse ao Valor José Antunes Sobrinho, acionista e presidente da holding Nova Participações.

Ativo antigo, mas que ainda não está operacional, a hidrelétrica São Roque, em Santa Catarina, tem 141 MW de capacidade instalada. A usina venceu um leilão A-5 de 2011, mas não chegou a ser concluída devido às dificuldades enfrentadas pelo grupo nos últimos anos. As obras foram retomadas no fim de 2020, após quatro anos paradas. Os 20% que restam para concluir a usina devem exigir aportes de R$ 380 milhões, e a expectativa é de entrada em operação da primeira máquina em junho de 2022, afirma José Antunes Sobrinho.

Usina de energia solar sobre as águas será inaugurada na Tailândia

A inauguração da maior usina flutuante de energia solar na Tailândia pode revolucionar o mercado e abrir novas oportunidades para investimentos. A nova usina irá abastecer uma cidade inteira de pequeno porte com a sua geração de eletricidade. A usina solar deve ser inaugurada em junho deste ano.

A Tailândia é um dos principais desenvolvedores de eletricidade limpa na região e em 2016, o país entrou no Top 15 global segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), como líder do sudeste asiático em uso de energia solar. (portal Click Petróleo e Gás – o link inclui vídeo)

Irã classifica apagão em usina nuclear de Natanz como ato terrorista

A usina nuclear de Natanz, no Irã, sofreu um blecaute ontem (11/04) pela manhã. As autoridades iranianas classificaram o incidente como ato de “terrorismo”, aumentando as tensões na região. A suspeita recaiu imediatamente sobre Israel, e a mídia local relatou quase em uníssono que um ciberataque devastador orquestrado pelo país causou o apagão.

Inicialmente, o incidente na usina de Natanz, localizada na região da província central de Isfahan, foi descrito como um apagão causado pela rede elétrica que alimenta suas instalações acima do solo e salas de enriquecimento subterrâneas. Trata-se da principal instalação iraniana de enriquecimento de urânio, frequentemente monitorada por inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), sob diretrizes das Nações Unidas. “O incidente não resultou em baixas ou contaminação”, disse Behrouz Kamalvandi, porta-voz da Organização de Energia Atômica do Irã. “Apenas a rede elétrica foi afetada”. (Veja.com)

PANORAMA DA MÍDIA

A Folha de S. Paulo traz hoje (12/04) uma entrevista com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Embora afirme que seu “objetivo número 1” no ministério é acelerar a vacinação contra a covid-19, Queiroga admite que o cenário de oferta de doses ainda tende a enfrentar dificuldades até o segundo semestre. “A partir do segundo semestre conseguiremos ter mais doses disponíveis. O maior país a vacinar sua população é os Estados Unidos. Depois que conseguirem vacinar a população deles, vamos ter mais doses, é a nossa expectativa”, afirmou.

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Um fim de ciclo de commodities, um impeachment, uma recessão, uma pandemia e o Brasil encerrou a década de 2011-2020 perdendo oito posições no ranking dos maiores Produtos Internos Brutos (PIBs) per capita do mundo e viu sua vantagem em relação aos demais emergentes derreter. É o reflexo de mais uma “década perdida” no país, apontam especialistas ouvidos pelo Valor Econômico, e que pode se repetir se o Brasil não só falhar em lidar com a questão pandêmica de curto-médio prazo, como também ignorar seus problemas endêmicos.

O Brasil iniciou a década passada na 77ª posição entre os maiores PIBs per capita globais em paridade do poder de compra (PPC) e chegou a 2020 no 85º lugar, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) publicados na semana passada. O relatório traz informações de mais de 190 países.

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Dívidas em patamares recordes, atrasos em pagamentos, inflação alta e renda achatada. Estes são apenas alguns dos pontos de pressão sobre famílias e empresas brasileiras em 2021, conforme destaca reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Enquanto o país passa pelo pior momento da pandemia de covid-19, com picos de mortes, a situação da economia se agrava.

Dados do Banco Central citados pela reportagem, mostram que, em dezembro, o comprometimento da renda das famílias brasileiras com dívidas bancárias chegou a 31,1%, pico da série histórica. O dado reflete a parcela dos salários usada para pagar juros e amortizações de empréstimos. Ou seja: a cada R$ 100 de renda, sobram menos de R$ 70 para o pagamento das demais despesas. O endividamento das famílias também é recorde: 56,4% da renda total.

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O jornal O Globo informa que o presidente Jair Bolsonaro pede que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que deverá ser convocada para investigar a atuação do governo federal na pandemia de covid-19, investigue também prefeitos e governadores.