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Concessionária da usina Jirau inicia reestruturação – Edição da Manhã

A Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da usina hidrelétrica de Jirau, iniciou uma reestruturação que inclui a alteração do nome da empresa, que passa agora a se chamar Jirau Energia. Responsável pela usina hidrelétrica de maior disponibilidade no fornecimento ao Operador do Sistema Nacional (ONS), com um percentual que chega a 99,22%, a companhia busca reduzir custos e aumentar a eficiência do projeto, de acordo com reportagem publicada pelo portal do Valor Econômico.

Localizada no Rio Madeira em Porto Velho (RO), Jirau é a quarta maior hidrelétrica do país, com 3,75 gigawatts (GW) de capacidade instalada. “Revisamos estruturas e estratégias de operação e manutenção, em busca de eficiência e otimização de custos. Nesse processo de transição queremos o reequilíbrio econômico-financeiro da operação. Jirau teve dificuldades importantes”, diz o presidente da Jirau Energia, Edson Lima.

A hidrelétrica foi alvo de polêmicas na década passada. Protestos durante sua construção, devido aos impactos socioambientais da inundação da barragem, atrasaram as obras, que acabaram custando mais que o dobro dos R$ 9 bilhões inicialmente previstos. A hidrelétrica entrou em operação em 2013 e foi um dos maiores projetos de energia do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).

Conforme explica a reportagem, a Jirau Energia busca agora a renegociação dos pagamentos de dívidas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ao todo, a concessionária recebeu R$ 9,4 bilhões do banco. Também há expectativa de redução da tarifa paga para transmissão da energia (TUST) da unidade. De acordo com o presidente da companhia, há conversas em curso com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para cortar em até 30% a taxa, que atualmente está R$ 1 bilhão por ano. A expectativa é ter a nova tarifa no segundo semestre de 2022.

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Entre as iniciativas em análise para aumento da eficiência da operação está a possibilidade de instalação de placas fotovoltaicas na barragem, além da utilização dos troncos de árvores que passam pelo rio para geração de energia a base de biomassa. A ideia é aproveitar fontes renováveis para suprir o consumo de eletricidade das próprias operações da hidrelétrica.

EDF mira leilões de energia para expandir geração a gás

O grupo Électricité de France (EDF) aposta nos leilões de energia previstos para 2021, para se reposicionar no mercado brasileiro, informa o Valor Econômico. A EDF Norte Fluminense, braço de geração térmica e hidrelétrica da empresa francesa no Brasil, vai tentar negociar dois projetos termelétricos nas licitações deste ano. Em paralelo, a companhia mira aquisição de hidrelétricas no país.

De acordo com a reportagem, uma das prioridades da companhia, atualmente, é recontratar a usina Norte Fluminense (827 megawatts), em Macaé (RJ). O contrato da única termelétrica em operação da EDF Norte Fluminense no país vence em 2024. A ideia é aproveitar os leilões de energia existente para renegociar o ativo. A multinacional não informa se de fato cadastrou o projeto nos certames.

Ao mesmo tempo, o grupo francês mira as licitações de energia nova de 2021, como uma oportunidade de expansão dos negócios no Brasil. A companhia obteve no início do ano a licença prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para uma segunda usina em Macaé (RJ), a Norte Fluminense 2 (1.713 MW).

O presidente da EDF Norte Fluminense, Emmanuel Delfosse, informa que está atrás de um contrato para suprimento de gás natural, para viabilizar o projeto. A EDF Norte Fluminense opera, hoje, no Brasil, a termelétrica Norte Fluminense e a hidrelétrica Sinop (401 MW), no rio Teles Pires (MT) — no caso de Sinop, a francesa detém 51% da usina, com a Eletronorte (24,5%) e a Chesf (24,5%).

PANORAMA DA MÍDIA

Reportagem publicada hoje (15/02) pela Folha de S. Paulo mostra que o antagonismo entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e o presidente Jair Bolsonaro ultrapassou a retórica já conhecida como ‘guerra da vacina’ e hoje é apontado como um empecilho para ao menos oito projetos do governo paulista, que dependem da administração federal.

Segundo o governo do estado, as obras pendentes de realização na capital e no interior somam quase R$ 5,9 bilhões em investimentos, de ponte e duplicação de rodovia a canal e piscinão.

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À medida que o home office foi adotado pelas empresas desde os primeiros meses da pandemia de covid-19, uma pergunta se impôs no mundo corporativo em 2020: qual será o destino dos prédios de escritórios que abrigavam as empresas? Neste início de 2021, com a pandemia prestes a completar 12 meses, a resposta a essa questão parece já estar clara. A onda de devoluções de escritórios já começou e, segundo especialistas no setor imobiliário, deverá se agravar neste ano, conforme mostra reportagem publicada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O movimento das empresas se reflete diretamente nos dados desse mercado. De acordo com a empresa americana especializada em imóveis corporativos JLL, a taxa de disponibilidade de espaços em edifício corporativos saltou 50% do primeiro para o último trimestre do ano passado: o total de imóveis do tipo sem inquilino, que era de 13,6% entre janeiro a março, no pré-pandemia, fechou 2020 acima dos 20%.

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O jornal O Globo informa que, em meio à iniciativa do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, de pregar contra as decisões monocráticas de ministros, o julgamento da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro na condenação do ex-presidente Lula expôs outro mecanismo que concentra poder nas mãos de um magistrado: os pedidos de vista.

Neste momento, o expediente paralisa 377 processos na Corte, em desrespeito, na maioria das vezes, ao regimento interno do colegiado, que prevê a obrigatoriedade de retorno do caso ao plenário duas sessões depois para que a tramitação seja retomada. O mais comum é que os ministros levem meses e até anos para devolver os casos para julgamento.

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