O jornal O Estado de S. Paulo traz hoje (19/06) uma matéria sobre o projeto do linhão de transmissão de energia elétrica que ligará Manaus (AM) a Boa Vista (RR) e irá conectar o estado de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A reportagem retoma o histórico do projeto: mais de sete anos depois de ter vencido o leilão para construir a linha de transmissão, último trecho que falta no país para interligar a rede nacional de energia, a concessionária Transnorte, formada pela estatal Eletronorte e a empresa Alupar, não conseguiu iniciar as obras porque não obteve licença ambiental por causa do impacto a terras indígenas de Roraima.
Afora, o licenciamento em vias de ser autorizado, mas, segundo o jornal, a concessionária está cobrando R$ 966 milhões a mais, sob alegação de que foi prejudicada pelo atraso e que não teve culpa de nada. A informação consta de um ofício emitido na última sexta-feira (14/06), pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No parecer, a empresa argumenta que acumulou despesas que não previa por causa das exigências ambientais e sucessivos adiamentos do projeto.
A Aneel não concorda com a cobrança e apresentou uma contraproposta. A Alupar e a Eletronorte foram procuradas pela reportagem para comentar o assunto, mas não responderam ao pedido de entrevista.
Estado do Rio muda regras para abrir mercado de gás natural
O jornal O Globo informa que o governo do Estado do Rio de Janeiro aprovou uma série de mudanças na regulamentação da comercialização e distribuição de gás natural. A principal delas permite que grandes consumidores, como indústrias, possam comprar gás de outros fornecedores, além da Petrobras. A expectativa do setor é que a concorrência permita a redução das tarifas de gás e a atração de novas empresas para o estado.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio, Lucas Tristão, com as mudanças, o grande consumidor poderá construir seu próprio gasoduto até o ponto de recebimento do gás, sem ter de esperar que a companhia estatal de distribuição faça os investimentos. Esse consumidor, que passa a ser considerado consumidor livre, deverá consumir mais de 300 mil m³ por mês de gás natural, patamar comum em indústrias de médio porte.
PANORAMA DA MÍDIA
Dois temas estão entre os destaques de hoje (19/06) nos principais jornais do país. Um deles, a decisão do Senado, que derrubou, ontem, os dois decretos do presidente Jair Bolsonaro que flexibilizavam a posse e o porte de armas. O outro tema é a classificação da seleção feminina de futebol para as oitavas de final do Mundial disputado na França.
O Valor Econômico ressalta que o presidente Bolsonaro contatou pessoalmente vários parlamentares a favor dos decretos das armas que acabaram derrotados no plenário do Senado, por 47 votos a 28. Agora, o texto segue para a Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já disse que considera “frágil” a defesa da proposta feita pelo governo.
A Folha de S. Paulo informa que depois da votação no Senado sobre o tema, Bolsonaro escreveu em rede social dizendo esperar que a “Câmara não siga o Senado, mantendo a validade do nosso decreto, respeitando o Referendo de 2005 e o legítimo direito à defesa”.
No Globo, o colunista Merval Pereira analisa que a vitória do Senado, “por uma diferença bastante folgada, além da expectativa geral, é parte da disputa de espaço político que se trava entre Legislativo e Executivo”. Para o jornalista, a resultado da votação reafirma a “independência do Parlamento diante do Executivo”.
No noticiário esportivo, o Estado de S. Paulo destaca que o pênalti cobrado por Marta, na vitória por 1 a 0 para o Brasil, contra a Itália, deu à jogadora o título de artilheira das Copas, com 17 gols. O Correio Braziliense analisa que o jogo contra a Itália “vale a valorização da Copa no Brasil”.