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Conselheiro da Petrobras faz proposta conciliatória para crise nos preços – Edição da Tarde

O Valor Econômico informa que a escalada de pressões do presidente Jair Bolsonaro e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), contra o reajuste do diesel (+14,2%) e da gasolina (+5,18%) anunciado na manhã desta sexta-feira (17) levou a Petrobras a discutir uma proposta de congelamento dos preços por 45 dias e a formação de um grupo de trabalho com representantes da empresa, do mercado de combustíveis e do governo para uma nova fórmula de reajuste.

Em contrapartida, a União se comprometeria a manter a atual governança da companhia com a retirada tanto das indicações do secretário de desestatização do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade, para substituir o presidente José Mauro Coelho, quanto aquelas dos conselheiros que representam o acionista controlador.

A nova lista é encabeçada pelo presidente do Serpro, Gileno Gurjão para a presidência do Conselho de Administração. A proposta, de autoria do conselheiro Francisco Petros, foi endereçada ao presidente da estatal e aos ministros das Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e da Casa Civil, Ciro Nogueira. Eleito pelo voto dos acionistas privados detentores de ações ordinárias, Petros tem mandato até abril de 2024. A diretoria da Petrobras vai se reunir hoje às 16h para analisar sua proposta.

Reajuste ou escassez? O dilema da Petrobras na formação de preços da gasolina e do diesel

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Análise publicada no início da tare de hoje (17/06), pelo Valor Econômico, define como “um dilema” a situação em que a Petrobras se encontra no momento, no que concerne à política de reajuste de preços de derivados de combustíveis nas refinarias da petroleira.

Pela manhã, a empresa anunciou aumentos no preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras, de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro; e na do diesel, de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. Respectivamente, os aumentos são de 5,18% na gasolina e de 14,26% no diesel, nas refinarias. Ontem, feriado de Corpus Christi, foi convocada às pressas reunião extraordinária do conselho de administração da empresa na qual os conselheiros foram informados pela diretoria da companhia da necessidade de elevar preços, principalmente do diesel, devido ao aumento na defasagem entre preço internacional e o praticado no mercado doméstico.

De acordo com a análise do Valor, se não houver reajuste, as importadoras, que respondem por cerca de 30% do fornecimento de diesel no país, se sentiriam desestimuladas a comprar externamente o combustível, mais caro no exterior, para vender no Brasil. Por outro lado, se houver reajuste e, assim, a diminuir defasagem, o impacto na inflação já elevada será imediato — e o ônus desse avanço inflacionário atingirá em cheio o atual governo, em plena campanha de reeleição.

Reajuste de combustíveis provoca reação de governo, Congresso e STF contra Petrobras

O jornal O Estado de S. Paulo informa que o presidente Jair Bolsonaro, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) lançaram uma ofensiva contra a Petrobras, depois que a estatal anunciou aumento de preços dos combustíveis nesta sexta-feira (17/06). O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), defendeu dobrar o imposto cobrado sobre o lucro da petroleira para bancar um subsídio ao diesel, seja direto para a empresa ou na forma de uma “bolsa” para caminhoneiros, taxistas e motoristas de aplicativo.

Já no STF, o ministro André Mendonça determinou que os estados passem a cobrar alíquotas uniformes sobre todos os combustíveis (diesel, gasolina, etanol e gás de cozinha). A estatal também terá que prestar informações ao STF sobre a formação dos preços dos combustíveis nos últimos meses. Bolsonaro chamou o aumento de “traição com o povo brasileiro” e afirmou que está articulando com a cúpula da Câmara dos Deputados a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a direção da Petrobras que ele mesmo indicou.

PANORAMA DA MÍDIA

O governo dinamarquês protestou nesta sexta (17/06) contra a violação de suas águas territoriais por um navio de guerra russo. Foram duas incursões perto da ilha de Bornholm, onde ocorre o Festival da Democracia da Dinamarca, evento que reúne políticos e empresários do país nórdico. O local fica no mar Báltico.

“Uma provocação irresponsável e grosseira”, afirmou o chanceler do país, Jeppe Kofod. A Dinamarca é membro da Otan, a aliança militar ocidental que agora tem suas vizinhas regionais Suécia e Finlândia como candidatas a entrar no clube devido à Guerra da Ucrânia. (Folha de S. Paulo)

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Deputados federais, inclusive aliados ao Palácio do Planalto, pressionam o governo federal a conceder uma espécie de 14º salário a aposentados e pensionistas do INSS. O auxílio consta em um projeto de lei apresentado ainda durante a pandemia, e que foi resgatado de forma a permitir o pagamento deste abono neste ano e no próximo. O custo estimado é de pelo menos R$ 50 bilhões nesses dois anos. (O Globo)