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Conselheiro da Petrobras renuncia e esquenta disputa por vaga às vésperas de nova assembleia – Edição do Dia

O jornal O Estado de S. Paulo informa que o advogado Efrain Pereira da Cruz comunicou à Petrobras na última sexta-feira (20/1), a sua renúncia ao cargo no conselho de administração da empresa. Ele havia sido indicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em março do ano passado, e apesar de impedimentos apontados pelas regras de governança da companhia, foi eleito para o posto em 27 de abril. Ele também deixou a presidência do conselho de administração da EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

Efrain da Cruz era secretário-executivo do MME até o último dia 11, quando foi exonerado. Sua atuação na Petrobras, no entanto, era independente do cargo no governo e, por isso, a renúncia chamou a atenção de integrantes do comitê. Antes de ocupar o cargo de número 2 no ministério, Cruz dirigiu a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A saída dele esquenta a disputa pela vaga às vésperas de uma nova mudança no comitê, desta vez com o vencimento do mandato de todos os conselheiros, em março.

Governo indica nome para conselho da Petrobras que havia sido rejeitado pela empresa no ano passado

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O Ministério de Minas e Energia indicou formalmente o advogado Renato Campos Galuppo para o conselho de administração da Petrobras. A comunicação foi feita no último sábado (20/1), em ofício enviado ao presidente do comitê, Pietro Sampaio Mendes. Galuppo foi apontado para a vaga aberta com a renúncia de Efrain Pereira da Cruz, que era o número 2 do ministério e foi exonerado há dez dias.

A indicação de Galuppo foi formalizada pelo ministro Alexandre Silveira, que comunicou ainda que o nome dele passou pela aprovação prévia da Casa Civil. Galuppo teve a indicação para a Petrobras rejeitada em março do ano passado, em razão de sua vinculação com o partido político Cidadania. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Governo Lula prepara medidas para frear explosão das contas de luz

A jornalista Mariana Londres, do portal de notícias UOL, informa que o governo Lula está preparando ações para reduzir os impactos que o consumidor de energia do mercado regulado (residencial e comercial), a grande maioria dos brasileiros, vem absorvendo na conta de luz nos últimos anos.

A jornalista destaca que nas últimas semanas, o governo intensificou o discurso sobre a importância de reduzir os subsídios e distorções que pressionaram para cima as contas de luz dos brasileiros. Uma das ações que estão sendo preparadas, ainda segundo a jornalista do UOL, é a medida provisória do setor elétrico, que deve ser editada até o final deste mês.

O texto pode trazer, por exemplo, o remanejamento de recursos para reduzir o impacto do reajuste contratual de energia do Amapá previsto para 2024; o remanejamento de outros recursos, como fundos setoriais, redução da extensão dos benefícios para a geração distribuída incluídos pela Câmara Federal na aprovação do marco da energia renovável em alto-mar (esse texto ainda precisa ser analisado pelo Senado).

Governo deve leiloar 56 projetos de infraestrutura, com investimentos de R$ 173 bilhões

Reportagem do jornal O Globo indica que a agenda de 2024 das privatizações de infraestrutura promete contratar pelo menos R$ 173 bilhões em investimentos para os próximos anos. Estão no radar leilões de, no mínimo, 56 concessões e parcerias público-privadas (PPPs) federais e estaduais. Para especialistas e executivos, as concessões encontram agora um cenário menos incerto do que um ano atrás.

Serviços de água e esgoto – projetos, geralmente, estaduais – , trechos rodoviários, arrendamentos portuários e linhas de transmissão de eletricidade são os destaques nas licitações previstas para este ano.

O total de projetos foi compilado pelo Globo a partir de informações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – que trabalha na modelagem de 138 concessões e PPPs, com um potencial de mobilizar R$ 268 bilhões em obras – e dos ministérios dos Transportes, de Portos e Aeroportos e de Minas e Energia (MME).

Ainda de acordo com a reportagem, o MME prevê a concessão de pelo menos 16 lotes de linhas de transmissão, em dois leilões neste ano, com investimentos de R$ 24,7 bilhões. O leilão previsto para março licitará 15 lotes de concessões que somam 6,5 mil quilômetros de linhas de transmissão.

Alckmin apresenta nova política industrial nesta segunda-feira

O Valor Econômico informa que o governo vai lançar nesta segunda-feira (22/1) a nova política industrial do país, a ser implementada até 2033. Chamada de ‘Nova Indústria Brasil’, o plano será apresentado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O objetivo da nova política é o fortalecimento da indústria brasileira para que ela possa voltar a impulsionar o crescimento econômico. “O fortalecimento da indústria brasileira é chave para o desenvolvimento sustentável do Brasil, dos pontos de vista social, econômico e ambiental”, diz o documento que detalha a nova política.

Segundo o governo, o Brasil passou a enfrentar um “processo de desindustrialização precoce e acelerado, a partir dos anos 1980, com primarização da estrutura produtiva e encurtamento e fragilização dos elos das cadeias”. Outro problema, segundo o governo, seria o fato de as exportações do país estarem concentradas em “produtos de baixa complexidade tecnológica, limitando os ganhos de comércio do Brasil”.

Geração própria de energia solar alcança marca de 26 GW, aponta Absolar

Dados atualizados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), divulgados na sexta-feira (19/1), apontam que a energia solar própria, instalada em residências, estabelecimentos comerciais e industriais, prédios públicos e em propriedades rurais, alcançou a marca de 26 gigawatts (GW) de capacidade instalada.

Reportagem do Valor Econômico explica que o volume corresponde a 2,3 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados, que atendem a mais de 3,3 milhões de unidades consumidoras. Segundo a Absolar, desde 2012 foram contabilizados R$ 130,7 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 780 mil empregos e arrecadação de R$ 39,2 bilhões a cofres públicos.

Ainda de acordo com a associação, um estudo realizado pela empresa de consultoria Volt Robotics, encomendado pela própria associação, concluiu que a economia líquida nas contas de luz dos brasileiros é de R$ 84,9 bilhões até 2031.

Gás privado entra de vez no Centro-Sul

Em 2024, ao menos três agentes privados – Shell, Compass e New Fortress (NFE) – passarão a fornecer gás natural a distribuidoras no Centro-Sul do país, informa a Agência EPBR.

De acordo com a reportagem, o movimento revela um novo fluxo no mercado brasileiro: concentrados num primeiro momento no Nordeste, os fornecedores privados direcionam cada vez mais seus portfólios para os grandes centros de consumo.

Levantamento feito pela Agência EPBR, com base nos contratos públicos do mercado regulado, mostra que ao menos 5,2 milhões de m³/dia estão contratados pelas distribuidoras junto a fornecedores privados, em 2024, no Sul/Sudeste.

É pouco menos da metade dos volumes firmes sob contrato, hoje, fora do universo Petrobras, no mercado regulado – que, enquanto o mercado livre ainda não desabrocha, segue como principal destino do gás nacional. A tendência é que o Centro-Sul se torne o principal destino do gás privado: quando se olha para o longo prazo, 90% do volume contratado pelas concessionárias estaduais em 2030, junto aos agentes privados, está nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Superávit na balança de petróleo sobe 20% e tem recorde em 2023

O superávit da balança comercial de petróleo e derivados atingiu recorde de US$ 25 bilhões em 2023, valor 20% superior ao do ano anterior e equivalente a um quarto do saldo de US$ 99 bilhões da balança total brasileira do ano passado, de acordo com reportagem do Valor Econômico.

Puxado pelos campos do pré-sal, o aumento da produção de petróleo deve propiciar contribuições cada vez mais importantes para as exportações brasileiras até o fim desta década, mesmo com projeções mais conservadoras do que as dos órgãos oficiais, indicam economistas, conforme explica a reporttagem.

O superávit somente nesses produtos pode avançar para US$ 31 bilhões neste ano e chegar a US$ 50 bilhões em 2029. Os cálculos são do BTG Pactual e consideram que a produção de petróleo chegue à média de 3,75 milhões de barris ao dia em 2024, com alta gradativa para 4,54 milhões de barris diários daqui a cinco anos.

Petróleo deve ter exportação recorde em 2024 e rivalizar com a soja pelo topo da balança comercial

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que o Brasil pode colher um valor recorde com a exportação de petróleo bruto neste ano. Em um cenário de produção crescente, a expectativa é que o produto seguirá ainda mais relevante na balança comercial brasileira nos próximos anos, o que deve contribuir ― e muito ― para os números do setor externo do país.

A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) projeta que, em 2024, as vendas do petróleo podem somar US$ 43,575 bilhões. Até então, o melhor desempenho obtido com a exportação de petróleo foi observado em 2022, quando o país vendeu US$ 42,553 bilhões. Em 2023, o resultado foi muito parecido: US$ 42,539 bilhões.

“A exportação de petróleo está crescendo em termos de quantidade. Há um aumento todo ano”, afirma José Augusto de Castro, presidente executivo da AEB. Nas projeções da associação, a exportação do produto atingirá 83 milhões de toneladas, acima das 81 milhões de toneladas apuradas em 2023.

A reportagem destaca que as previsões da AEB foram feitas no fim do ano passado e, claro, podem ser alteradas ao longo de 2024. O preço do petróleo pode ser impactado, por exemplo, por alguma questão geopolítica que hoje nem sequer está no radar dos analistas e pelo desempenho da economia global.

Em pleno período de chuvas, setor elétrico vê rios com vazão abaixo da média histórica

O Valor Econômico informa que os primeiros alertas de uma possível piora no cenário energético brasileiro começaram a ecoar no setor. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vem informando semanalmente em relatórios de programação da operação que as perspectivas de chuvas para boa parte do país têm se situado abaixo da média histórica para o período úmido, que teve início dezembro e se encerra em abril.

A reportagem esclarece que isso se dá pelos efeitos do fenômeno climático El Niño, que causa seca mais ao Norte do Brasil e enchentes ao Sul. A consequência da menor quantidade de chuvas no período pode se dar nos preços da energia, caso o cenário persista por mais tempo.

Dados do boletim do Programa Mensal de Operação Eletroenergética (PMO) do ONS para a semana operativa entre os dias 20 e 26 de janeiro, divulgados na sexta-feira (19), indicam que as afluências (a vazão dos rios) estão mais baixas do que a média verificada para o período. A Energia Natural Afluente (ENA) é o indicador da vazão dos rios e é diretamente associado ao volume de chuvas.

Quando o percentual está abaixo de 100% da chamada média de longo termo (MLT) nas previsões, significa que as vazões estarão abaixo da média histórica. E quando está acima de 100%, as afluências superarão a média, um sinal de que choverá mais do que o esperado para o período. As previsões semanais podem ou não se concretizar ao longo da semana operativa.

ONS prevê redução de carga no Sistema Interligado Nacional

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), referente à semana operativa entre os dias 20 e 26 de janeiro, indica a redução do ritmo de crescimento da demanda de carga comparativamente à semana anterior, tanto para o Sistema Interligado Nacional (SIN), como para todas as regiões.

Para o SIN, o avanço deve ser de 9,9% (82.009 MWmed). A expansão mais elevada é projetada equitativamente em termos percentuais para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, com 11,2% (46.763 MWmed) e Norte, igualmente com 11,2% (7.233 MWmed); seguido pelo Nordeste, com 10,1% (13.370 MWmed); e o Sul, com 5,1% (14.643 MWmed). Os números são comparações entre os possíveis resultados de janeiro de 2024 e o mesmo mês de 2023. (Fonte: ONS)

50 anos de duração: empresa chinesa anuncia criação da primeira bateria com energia nuclear

O jornal O Globo informa que a empresa chinesa Betavolt Technology afirma ter encontrado a solução para as baterias de dispositivos móveis que, apesar de todo avanço tecnológico, ainda dão dor de cabeça para muita gente quando acabam nos momentos mais inconvenientes.

A Betavolt Technology anunciou que desenvolveu com sucesso uma bateria para o mercado consumidor que funciona com energia atômica. Nesse caso, a energia para alimentar os equipamentos vem do decaimento natural de um isótopo radioativo.

Segundo a empresa, a ”bateria atômica” será menor que uma moeda, abastecida pelo isótopo radioativo Níquel 63 para gerar 100 microwatts e uma voltagem de 3V de eletricidade. A bateria está atualmente em fase de teste piloto e a Betavolt planeja produzi-la em massa para dispositivos comerciais como celulares, computadores e drones.

Justiça manda Braskem indenizar mais 3 mil moradores em Maceió

A 3ª Vara Federal de Alagoas determinou na última sexta-feira (19/1) que a Braskem indenize mais 3 mil moradores afetados pelas atividades da petroquímica em Maceió. Cabe recurso à decisão. De acordo com a determinação, a Braskem terá de pagar R$ 12.500 por ano para cada um dos proprietários de imóvel residencial ou comercial nos Flexais e na rua Marquês de Abrantes, no bairro do Bebedouro. No caso das famílias que exerciam atividade comercial dentro da própria residência, a indenização sobe para R$ 15 mil.

A empresa foi responsável por realizar as atividades de mineração de sal-gema que culminaram com os afundamentos de solo na capital alagoana. Em nota enviada na sexta-feira, a Braskem disse que ainda não foi oficialmente informada sobre a sentença, mas que se manifestará nos autos do processo. A companhia afirma, no entanto, que já indeniza esses moradores. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

O Globo: Leilões prometem R$ 173 bilhões em investimentos. O resumo da reportagem encontra-se acima, nesta edição do MegaExpresso.

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Valor Econômico: As vendas de ações e participações em bloco foram a principal opção para empresas e investidores brasileiros em 2023, um ano de muita volatilidade no mercado e que para as ofertas públicas na bolsa de valores foi morno. Nesse cenário, a estrutura de leilões de blocos de papéis – o chamado “block trade” no jargão financeiro – foi o modelo escolhido por acionistas para se desfazer de participações em companhias listadas. Foram 28 vendas em bloco, que somaram R$ 16,3 bilhões, um recorde.

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O Estado de S. Paulo: Após queda, investimento em startups deve voltar em 2024. A retomada deve ser gradual e ficar ainda longe do boom de 2021.

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Folha de S. Paulo: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem manifestado a aliados preocupação com a perspectiva de desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. Auxiliares apresentaram a ele um exame minucioso de todas as medidas tomadas até agora com potencial de melhorar o resultado da economia brasileira em 2024, mas já começam a discutir se mais iniciativas serão necessárias.