O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) se reúne hoje (09/04) com o objetivo de tentar aprovar o acordo entre a Petrobras e a União para revisão do contrato da cessão onerosa e definir detalhes finais do megaleilão dos volumes excedentes da cessão, que deve ocorrer em 28 de outubro.
De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, o certame é visto pelas petroleiras globais como uma oportunidade de comprar ativos valiosos no pré-sal. Por ofertar volumes gigantescos, já descobertos, a rodada desponta como o maior leilão de petróleo do mundo.
Apesar da expectativa do setor, “o alto valor dos bônus esperado pelo governo, da ordem de R$ 100 bilhões, deve comprimir as taxas de retorno dos investimentos e pode reduzir a concorrência”, revela o Valor, com base em estudo da consultoria Wood Mackenzie. Nesse sentido, o mercado estaria atento à decisão da reunião de hoje sobre o bônus fixo e o excedente em óleo (participação mínima destinada à União) para as áreas ofertadas.
Setor de GLP aguarda decisões da reunião do CNPE
O site Petronotícias destaca que o setor de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP) está na expectativa da reunião do Conselho Nacional de Política Energética, agendada para hoje (09/04). Demandas importantes do setor serão discutidas. Entre elas, estão a forma como a Petrobrás precifica o GLP para as distribuidoras e o fim das restrições do uso do combustível em saunas e para aquecimento de piscinas.
“Com a movimentação dessas pautas, vai ser criado um cenário onde haverá novos investimentos e novas oportunidades”, disse o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Mello, em entrevista ao site. Segundo ele, o mercado de GLP viveu, em 2018, um ano de desafios e estagnação, mas as empresas do setor projetam para 2019 a retomada no crescimento das vendas, da ordem de 1,5% em média.
Queiroz Galvão divide recuperação da área de energia
O Valor Econômico informa que quatro empresas de energia do grupo Queiroz Galvão pediram proteção judicial e extrajudicial no domingo (07/04) à noite, depois que a Justiça indeferiu a homologação do plano de recuperação extrajudicial da Queiroz Galvão Energia, que abarcava todos os ativos de energia da holding. A Queiroz Galvão chegou a recorrer da decisão, mas teve o pleito indeferido.
De acordo com a reportagem, as empresas Queiroz Galvão Energia (QGE) e Queiroz Galvão Energias Renováveis (QGER) apresentaram planos de recuperação extrajudicial, já aprovados por mais de três quintos de seus credores. A hidrelétrica Jauru e a Companhia Energética Santa Clara, por sua vez, entraram com pedidos de recuperação judicial. No caso das duas últimas, os pedidos foram apresentados porque venceu ontem o prazo para o pagamento da exposição de ambas ao mercado de curto prazo de energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O montante total da dívida a ser reestruturado é de cerca de R$ 3,15 bilhões.
Novos projetos do setor fotovoltaico estimulam investimentos da indústria
O jornal DCI publica matéria sobre as perspectivas da indústria de equipamentos frente à expansão do setor fotovoltaico no Brasil. Empresas ouvidas pela reportagem esperam crescimento de até 40% da receita do segmento em 2019.
O otimismo dos prestadores de serviços e fabricantes de equipamentos tem como base projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), segundo as quais, o setor deve ter um aumento de 44% na capacidade instalada em 2019, gerando até R$ 5,2 bilhões em novos investimentos. A entidade estima incremento de 88,3% do faturamento na comparação com 2018.
PANORAMA DA MÍDIA
A demissão de Ricardo Vélez Rodriguez, do Ministério da Educação e Cultura (MEC), está nas primeiras páginas dos principais jornais do país. O novo ministro, Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub, é economista, com experiência no mercado financeiro, foi colaborador da campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro e compôs oficialmente a equipe de transição do governo.
A Folha de S. Paulo destaca, na seção Painel, que a indicação de Weintraub “gera apreensão sobre política para o ensino superior”. O motivo seriam as posições já expressas pelo ministro em relação ao setor.
O jornal O Estado de S. Paulo diz que a indicação de Abraham Weintraub foi uma “solução caseira” encontrada pela equipe do presidente Jair Bolsonaro para resolver uma disputa interna no MEC.
Outro destaque nos jornais de hoje (09/04) foi o assassinato do músico Evaldo Rosa dos Santos, de 46 anos, na tarde de domingo, na zona norte do Rio de Janeiro. O carro que ele dirigia foi alvo de mais de 80 tiros, que partiram de uma patrulha do Exército. A Folha de S. Paulo informa que dez militares foram presos.
O jornal O Globo traz uma ampla reportagem sobre as chuvas de ontem no Rio de Janeiro, que deixaram três pessoas mortas na zona sul da cidade.
E o Valor Econômico informa que os três maiores bancos brasileiros e cinco estrangeiros acertaram um financiamento de R$ 22 bilhões ao consórcio formado pela francesa Engie e o fundo canadense Caisse de Depôt et Placement du Québec (CDPQ) para a compra de 90% da Transportadora Associada de Gás (TAG). A cifra corresponde a aproximadamente dois terços do valor de US$ 8,6 bilhões que a Petrobras vai receber pela venda do ativo. Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco serão os maiores financiadores da transação. Juntos, vão entrar com R$ 13,5 bilhões, divididos em partes aproximadamente iguais. Para isso, farão uma emissão de debêntures com vencimento em sete anos.