O setor de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) do Brasil espera que a construção de novas unidades avance em cerca de 30% após a aprovação pelo Congresso da contratação obrigatória de instalações do gênero, que está prevista na lei elaborada para privatização da Eletrobras.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de PCHs e CGHs (AbraPCH), Paulo Arbex, o futuro reserva um cenário “brilhante” para o segmento, composto por empreendimentos com potência de 5 a 50 megawatts (MW), no caso das PCHs, e até 5 MW, no caso das centrais geradoras hidrelétricas CGHs. A expectativa refere-se ao processo de transição energética pelo qual passa o mundo, com a substituição de combustíveis fósseis pela energia elétrica. “O mercado vai crescer muito, não só pelo aumento do consumo per capita, mas também pelo crescimento por migração de mercado. A eletricidade vai assumir uma parcela grande do mercado que hoje é dos combustíveis fósseis”, acrescentou.
De acordo com a lei que abre caminho para a privatização da Eletrobras, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em julho, o processo de desestatização da companhia está condicionado à contratação, nos leilões A-5 e A-6, de PCHs para atendimento a no mínimo 50% da demanda declarada das distribuidoras, ao preço máximo equivalente ao teto estabelecido para geração. (portal Investing.com – com informações da agência Reuters)
Ministério quer pré-sal na oferta permanente
O diretor do departamento de política de exploração e produção de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia (MME), Rafael Bastos, informa que a pasta pretende expandir o número de áreas de exploração e produção de petróleo e gás oferecidas pelo modelo da oferta permanente a partir do próximo ano, com a possibilidade de inclusão de blocos dentro do polígono do pré-sal.
“Estamos estudando a possibilidade de colocar blocos no regime de partilha de produção também na oferta permanente, abrindo o polígono do pré-sal para esse modelo. É possível acrescentar também áreas além das 200 milhas náuticas, dependendo das discussões no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)”, afirmou durante workshop técnico da oferta permanente realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Bastos explicou que a expectativa é encaminhar, até o fim do ano, uma resolução para aprovação do CNPE nesse sentido. Ao todo, estão disponíveis hoje na oferta permanente para manifestação de interesse por parte das companhias um total de 1.068 blocos em 17 diferentes bacias sedimentares. (Valor Econômico, Agência ANP)
No Brasil, energia vira foco de investimentos chineses e fundo fica só na promessa
Reportagem do Valor Econômico indica que o grosso do dinheiro chinês no mercado brasileiro chega por meio de aquisições ou investimento em concessões públicas, em vez de empréstimos Estado-Estado, como ocorre em muitos países latino-americanos.
O último levantamento do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) identificou aportes totais de US$ 66,1 bilhões entre 2007 e 2020. Quase metade foi no setor elétrico, com destaque para o avanço das estatais State Grid (atual controladora da CPFL Energia e da linha de transmissão de Belo Monte) e da China Three Gorges (que detém 8,3 mil megawatts em capacidade instalada de geração no país). Área petrolífera e indústria de mineração vêm na sequência.
De acordo com a reportagem, duas promessas feitas pela China para alavancar investimentos no Brasil jamais se transformaram em realidade. Em 2015, durante passagem do primeiro-ministro Li Keqiang por Brasília, os dois países falaram em um fundo bilateral de US$ 20 bilhões (dos quais US$ 15 bilhões injetados por Pequim). Em 2019, à margem da cúpula dos Brics em Brasília, o presidente Xi Jinping colocou à disposição do governo Bolsonaro fundos estatais para uma nova rodada de investimentos no Brasil. O Ministério da Infraestrutura firmou acordo de cooperação com a pasta homóloga da China para elaborar projetos em um horizonte de cinco anos. Nenhum resultado palpável, contudo, saiu disso.
Produção global de energia vai ter que aumentar 50% nos próximos anos, diz Cebri
O mundo vai ter que ampliar sua produção de energia em 50% nos próximos anos para garantir o acesso às diferentes fontes de energia, afirmou o coordenador do núcleo de energia do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), Jorge Camargo, durante a Live do Valor (íntegra da transmissão no link) realizada hoje (24/08) pela manhã.
Camargo destacou que o aumento da produção será um desafio em meio à transição para uma economia de baixo carbono. “A transição energética tem dois desafios: um é descarbonizar as bilhões de toneladas de carbono que são emitidas e o outro é fornecer energia às mais de 1 bilhão de pessoas que ainda não têm acesso”, afirmou.
Eletrobras atualiza créditos de CCC a receber da Boa Vista Energia
O portal Energia Hoje informa que a Eletrobras terá direito a receber R$ 81,2 milhões a título de créditos relativos à Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), de acordo com cálculos atualizados pela estatal, a partir de dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A agência reguladora emitiu na semana passada uma nota técnica na qual estima devolução de R$ 29,7 milhões à CCC, na posição de abril deste ano. Esse valor corresponde a uma das etapas da fiscalização da agência. A nota técnica da Aneel refere-se ao processo de fiscalização e reprocessamento mensal dos benefícios da CCC pagos à Boa Vista Energia, entre julho de 2016 e abril de 2017. Esses créditos foram cedidos à Eletrobras, no âmbito da privatização da distribuidora. A Eletrobras foi gestora da CCC até abril de 2017, quando a atribuição foi transferida à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
PANORAMA DA MÍDIA
Prestes a cumprir o contrato para o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina Coronavac para o Ministério da Saúde, o Instituto Butantan se prepara para negociar a vacina contra a covid-19 para outros países. A estratégia para o mercado internacional também inclui a Butanvac, atualmente em fase de estudos clínicos.
Ontem (23/08), ao entregar mais 4 milhões de doses ao ministério, o instituto chegou a 79 milhões de doses fornecidas ao governo federal. A expectativa é encerrar as entregas antes do fim do setembro, prazo do contrato. Segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, há compromissos firmados com Ceará, Espírito Santo, Piauí, Pará e o próprio Estado de São Paulo, que pode precisar de doses adicionais para completar sua vacinação. Há acordos em andamento com Argentina e Bolívia e cartas de intenção trocadas com o Uruguai. “À medida que encerrarmos o contrato com o ministério teremos esses outros mercados. Já temos 60 milhões de doses adicionais para atendê-los”, afirma Covas. (Valor Econômico)
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Turistas brasileiros completamente imunizados contra a covid-19 podem, a partir desta semana, viajar para a Alemanha e para a Espanha sem a necessidade de fazer quarentena. Na Espanha, a entrada foi liberada nesta terça-feira (24/08), e viajantes que saem do Brasil podem entrar no país desde que tenham tomado, há pelo menos 14 dias, a segunda dose das vacinas disponíveis no Brasil. (Folha de S. Paulo)
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Charlie Watts, baterista do grupo inglês Rolling Stones, o mais antigo grupo de rock do mundo, morreu hoje (24/08) aos 80 anos, informou seu porta-voz Bernard Doherty. “Ele faleceu pacificamente em um hospital de Londres na manhã de hoje, cercado por sua família”, afirmou. Watts se juntou aos Rolling Stones durante o primeiro ano de existência da banda, que já contava com a dupla Mick Jagger e Keith Richards entre seus fundadores. A primeira gravação do grupo data de julho de 1962. (O Estado de S. Paulo)