O governo deve anunciar na próxima terça-feira (23/07), novidades sobre o seu plano de abertura do mercado de gás – o “choque de energia barata” do Ministério da Economia, mas para o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Décio Oddone, ainda é difícil estimar o impacto para o consumidor.
“O mercado vai se encarregar de estabelecer os valores, é dinâmico. Qualquer previsão de redução tem que levar em conta a volatilidade, depende de preço de commodity, de câmbio.” Na indústria, a expectativa é pela redução de custos, embora possa haver resistência de distribuidoras.
Caberá aos estados optar pelas diretrizes recomendadas pela ANP, que quer uniformizar a regulação para tornar o mercado competitivo e quebrar o monopólio da Petrobras. A distribuição de gás hoje é regulada por cada estado. Quem privatizar poderá acessar mais recursos da União. As informações são da Folha de S. Paulo, seção Painel S.A..
Sustentabilidade se impõe e indústria aposta nos carros elétricos
O Correio Braziliense traz hoje (21/07) uma reportagem sobre a popularização dos carros elétricos no mercado global, apoiada no conceito de sustentabilidade e pelas metas de redução nas emissões de gases de efeito estufa.
No Brasil, no entanto, falta acelerador, informa o jornal. Em um país cuja frota é de quase 59 milhões de veículos, foram vendidos 10,6 mil carros elétricos entre 2012 e 2018, de acordo com a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). Ricardo Guggisberg, presidente da associação, explica que a indústria brasileira ainda é muito focada no motor a combustão. “O veículo elétrico é caro por causa das baterias. Isso dificulta o desenvolvimento. Mas ganhamos incentivos, como isenção de imposto de importação e de produção. Com a evolução e a queda dos preços, o cenário vai mudar”, afirma.
Saída de clientes da EDP já supera as entradas
A notícia vem de Portugal. De acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), a EDP é o comercializador de energia elétrica que registra o maior número de entradas e saídas de cientes no país. Segundo o mais recente boletim do órgão regulador, a EDP detém cerca de 80% do total de clientes, mas vem perdendo participação de mercado desde fevereiro de 2018, “o que significa que o número de saídas de clientes é superior ao de entradas”. Há um ano, a companhia tinha 83% dos consumidores no mercado livre de energia elétrica.
“Por outro lado, a quota em consumo da EDP representava, em março de 2019, apenas 41,5% de todo o fornecimento em mercado livre”, revelou a ERSE ao site português Dinheiro Vivo.
PANORAMA DA MÍDIA
A proposta de imposto único sobre o consumo, da equipe econômica do governo, uma das opções em estudos para a reforma tributária, enfrenta resistência no Congresso, informa o Correio Braziliense. Uma das polêmicas em torno dessa proposta, segundo a reportagem, é a criação de um imposto sobre movimentações financeiras. A ideia, que é parecida com a antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), com uma carga mais pesada, não vem sendo bem- recebida por parlamentares.
A Folha de S. Paulo informa que o gasto com servidores vai a R$ 928 bilhões e atinge o maior patamar da história, apesar da crise orçamentária. De acordo com dados apurados pelo Tesouro Nacional, os gastos com os funcionários ativos de União, estados e municípios aumentaram do equivalente a 12,3% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2014, para 13,6%, ou R$ 927,8 bilhões, no ano passado.
O principal destaque do jornal O Estado de S. Paulo é sobre a possibilidade de aumento do fundo eleitoral nas eleições de 2020. Criado há dois anos para compensar o fim do financiamento empresarial de campanhas políticas, o fundo poderá atingir uma cifra recorde que supera em R$ 1 bilhão o valor total doado por empresas aos candidatos a prefeito e vereador de todo o país em 2012, último pleito municipal em que a prática foi permitida.
O jornal O Globo traz hoje (21/07) uma reportagem sobre a atuação do tráfico de drogas e das milícias cariocas no Parque Estadual Costa do Sol, que compreende seis municípios na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. De acordo com a reportagem, o paraíso ecológico de restingas, mangues, lagoas e brejos agora divide espaço com centenas de casas construídas irregularmente, uma vez que, por se tratar de unidade de conservação de proteção integral, nenhuma construção privada poderia ser erguida lá. O poder paralelo queima trechos com vegetação e multiplica pequenas moradias sobre as dunas. A exploração imobiliária criminosa no parque, criado em 2011, é investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio.