O Brasil consumiu 72.416 megawatts médios de energia elétrica no primeiro trimestre de 2024, volume 5% maior na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo balanço da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O aumento é um reflexo do calor em boa parte do país e da atividade mais intensa em setores como serviços, comércio e as indústrias alimentícia e de bebidas.
O mercado regulado, no qual o consumidor compra sua energia das distribuidoras locais, cresceu 3,5% no comparativo anual, muito por conta do uso mais intenso de ventiladores e ar-condicionado. Já no ambiente livre, aquele em que é possível escolher o fornecedor de eletricidade e negociar condições de contratos, houve um crescimento de 7,6%.
Fontes como eólica e fotovoltaica estão fora do leilão de setembro
O próximo leilão de energia está previsto para 27 de setembro, quando serão licitados cinco lotes de linhas de transmissão, no total de 848 quilômetros, e 1.750 megavolt-ampères (MVA) em novas transformações. Fontes termelétricas e hidrelétricas são as contempladas, mas há discussões para a lista incluir também fontes sustentáveis como eólica e fotovoltaica.
A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados promove uma audiência pública na terça-feira (7/5) sobre leilão de fornecimento de energia elétrica. A audiência será realizada no plenário 14, a partir das 10 horas, a pedido do deputado Max Lemos (PDT-RJ).
De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o segundo leilão de transmissão de 2024 (o primeiro foi em março) tem a expectativa de atrair investimentos de R$4,06 bilhões com geração de 10.800 empregos para as obras e a manutenção dos empreendimentos. Os lotes abrangem sete estados: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. (Monitor Mercantil)
Petrobras atualiza valor de dividendos extraordinários
O Valor Econômico informa que a Petrobras atualizou o valor a ser pago por ação de dividendos extraordinários relativos ao exercício de 2023, considerando a correção da taxa Selic até 2 de maio. O valor total por ação passou de R$ 1,7571 para R$ 1,7599. Considerando que esse dividendo será pago em duas parcelas iguais, o valor de cada parcela passou de R$ 0,8785 para R$ 0,8799. Os pagamentos serão realizados nos dias 20 de maio e 20 de junho. A Petrobras destacou que os valores brutos dos dividendos por ação continuarão sendo corrigidos pela taxa Selic de 31 de dezembro de 2023 até as respectivas datas de pagamento.
Gastos de Itaipu bancados por consumidores passam de R$ 4,7 bi por ano
O Valor Econômico informa que os gastos da usina hidrelétrica de Itaipu Binacional em ações socioambientais no Brasil e no Paraguai em 2023 superaram US$ 921,7 milhões (R$ 4,78 bilhões), segundo informações das demonstrações contábeis e relatório dos auditores independentes divulgados pela empresa.
O aumento representa 82,45% a mais em relação ao ano d 2022, quando a usina gastou US$ 505,2 milhões, e recaem diretamente na conta de luz de mais de 100 milhões de brasileiros do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Isso porque cerca de 85% dos custos são pagos por brasileiros, uma vez que o Paraguai não consome toda energia a que tem direito e por regra do Tratado de Itaipu, o Brasil contrata a parcela que sobra.
Petrobras abre licitação para retomar obras do antigo Comperj
A Petrobras anunciou ontem (2/5) processo de licitação para obras de construção e conclusão de unidades do Polo GasLub, antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
A Folha de S. Paulo explica que o projeto, em Itaboraí (na região metropolitana do Rio de Janeiro), foi alvo da Operação Lava Jato e havia sido desidratado pelas gestões anteriores. De acordo com a companhia, a estimativa é que as unidades terão capacidade para produzir cerca de 12 mil bpd (barris por dia) de óleos lubrificantes, além de 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil bpd de QAV-1 (querosene de aviação).
ONS toma medidas preventivas devido à chuva no RS
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) acompanha de perto os desdobramentos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul e, especialmente, os efeitos na operação do Sistema Interligado Nacional (SIN).
O monitoramento excepcional seguirá em regime especial até a normalização da situação no estado. Suas atividades incluem o acompanhamento dos reservatórios, em especial aquelas da bacia do Rio das Antas e do Rio Jacuí, para determinar ajustes de defluência, e de instalações como subestações e linhas de transmissão.
O nível do reservatório da UHE Dona Francisca chegou próximo ao seu nível máximo, exigindo que o Operador e os agentes adotassem medidas para mitigar o aumento do nível d´água do reservatório. O Operador também acompanha a situação da UHE Passo Real, cujo nível do reservatório está com uma elevação significativa, com a necessidade de aumento da defluência.
Em relação à usina 14 de julho, foi confirmado o rompimento de parte da estrutura lateral da barragem da usina. O ONS acompanha a situação junto com a Companhia Energética Rio das Antas (CERAN), responsável pela usina.
Com relação à infraestrutura do SIN, foi necessário o desligamento, em 1° de maio, da Subestação Nova Santa Rita 525/230 kV, por questões de segurança dos profissionais e equipamentos, em função do alagamento de seu pátio. (Fonte: ONS)
Chuva no RS e crise climática: “Até quando vamos correr atrás do prejuízo?”
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que cidades gaúchas registraram em dois dias um volume de chuva três vezes maior do que a média histórica para o mês, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Ao mesmo tempo, seis estados do Sudeste e Centro-Oeste estão em alerta para uma onda de calor que deve se estender até 10 de maio, segundo o Climatempo.
Tanto calor e tanta chuva são atípicos para o outono, mas, como alerta o professor do Instituto de Física da USP e membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas Paulo Artaxo, os fenômenos climáticos extremos vieram para ficar, cada vez mais intensos, frequentes e imprevisíveis.
Em entrevista ao Estadão, ele falou sobre a relação dos fenômenos recentes com a mudança do clima, a necessidade urgente de adotar diferentes estratégias para adaptar um país de dimensões continentais a esse “novo clima” e de agir para reduzir as emissões de gases de efeito estufa capazes de limitar o aquecimento do planeta.
Chuvas no RS: Entenda a combinação de fenômenos climáticos que provoca o dilúvio sobre o estado
Uma complexa combinação de fenômenos climáticos provocou o dilúvio sobre o Rio Grande do Sul, conforme explica reportagem do jornal O Globo. Eles estão, possivelmente, associados aos momentos finais do El Niño, que está em transição para uma La Niña, e às mudanças climáticas por trás do forte aquecimento dos oceanos.
O dilúvio é resultado da interação entre ventos do Pacífico, umidade da Amazônia, frentes frias da Patagônia, águas quentes no Atlântico e um domo quente no Centro-Oeste e no Sudeste. Todos se juntaram para que volumes sem precedentes de água estejam sendo despejados na maior parte do território gaúcho. Mas o que faz essas chuvas tão terríveis pela persistência é um bloqueio no Pacífico poderoso ao ponto de travar a atmosfera.
Ricardo Simabuku toma posse no conselho de administração da CCEE
Eleito pelos agentes na 25ª assembleia geral ordinária, realizada em 23 de abril, o engenheiro elétrico Ricardo Takemitsu Simabuku tomou posse como conselheiro de administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) nesta quinta-feira (2/5). O executivo terá mandato de quatro anos. (CCEE)
PANORAMA DA MÍDIA
As intensas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul são destaque na edição de hoje (3/5) dos principais jornais do país. Os temporais se estendem para Santa Catarina nesta sexta-feira, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O órgão também segue com alerta de “Grande Perigo” para acumulados de chuva acima de 100mm/dia sobre uma faixa entre os dois estados. (O Globo, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo)
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Valor Econômico: O Brasil tem hoje menos de dois contribuintes para cada beneficiário da previdência pública, uma relação baixa e que deverá diminuir ainda mais nas próximas décadas. A partir de 2051, a tendência é que haja mais segurados do que pessoas contribuindo para o sistema, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).