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Consumo de energia volta ao nível pré-crise, mas indústria patina – MegaExpresso – edição das 7h

O Valor Econômico traz, hoje (21/02), matéria de análise, comparando dados entre o consumo de energia e a produção industrial no país, a partir de informações preliminares da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). De acordo com esses dados, o consumo de energia elétrica do Brasil em 2018 foi de 472,2 gigawatts-hora (GWh), volume ligeiramente inferior (-0,5%) a 2014, antes da crise. Na comparação com 2017, o consumo de energia no ano passado cresceu 1,1%. Considerando apenas o setor industrial, importante indicador da atividade econômica do país, o consumo de energia em 2018, de 169,5 mil GWh, apesar de 1,3% superior em relação ao do ano anterior, ainda está 8% abaixo do pico registrado em 2013. O desempenho da indústria em 2018 está ligeiramente superior ao registrado em 2009, indicando que, na média, o consumo de energia da categoria patinou nos últimos dez anos.

Segundo o presidente da EPE, Thiago Barral, as quedas do consumo de energia elétrica nos setores industrial e comercial foram compensadas pelo crescimento do consumo no segmento residencial. Além da influência de indicadores econômicos e demográficos, o consumo residencial foi influenciado por fatores como temperaturas mais elevadas. Em sua análise, a reportagem entrevistou vários especialistas e instituições do setor elétrico, comparando indicadores e interpretações, por exemplo, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), entre outros.

O modelo do setor elétrico

Pietro Erber, diretor do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE), publicou artigo, na seção de Opinião do Valor Econômico de hoje, sobre o que ele descreve como “crise grave e complexa” do setor elétrico brasileiro. “Tal qual no início dos anos 1990, observa-se perda de remuneração em muitas empresas, contestação de cobranças pelo suprimento de energia e investimento insuficiente para fazer frente ao crescimento da demanda”, analisa. Esse cenário, segundo ele, torna o setor “disfuncional”.

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Em seu artigo, Pietro Erber foca o atual modelo do setor elétrico brasileiro e critica a “excessiva ingerência governamental na operação do sistema (que) acarreta custos adicionais e impede que os objetivos fundamentais dos serviços do setor elétrico – eficiência, competitividade e sustentabilidade – sejam plenamente alcançados”.

Usinas fotovoltaicas enfrentam longa espera para se conectar ao sistema

Com crescimento puxado pela Geração Distribuída (GD), conhecida como autogeração, o setor de energia solar enfrenta dificuldades burocráticas para efetuar a conexão com o sistema e de oferta de equipamentos no país. Esta é a abertura de matéria do jornal DCI sobre o tema em foco. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista, entrevistado pelo jornal, o processo de conexão, previsto para 40 dias, muitas vezes demora de três a quatro meses.

De acordo com projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o setor ultrapassará a marca de 3 mil megawatts (MW) até o final do ano, atraindo ao país mais de R$ 5,2 bilhões em novos investimentos privados, com a instalação de mais de 1 mil MW adicionais em sistemas de pequeno, médio e grande porte.

PANORAMA DA MÍDIA

A reforma da Previdência foi a manchete do dia nos principais jornais do país, que analisaram alguns pontos do documento entregue ontem pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, à Câmara Federal, para análise e votação. Elaborado como Proposta de Emenda Constitucional (PEC), o projeto, se aprovado como está, deverá possibilitar economia de R$ 161 bilhões em quatro anos aos cofres públicos – R$ 1,07 trilhão em uma década –, informa o Valor Econômico. O texto atinge praticamente todos os setores, com exceção da carreira militar, que terá regras específicas em projeto de lei a ser enviado ao Legislativo em 30 dias, de acordo com promessa do governo.

O Globo preparou um guia da nova Previdência, que contém as mudanças para os trabalhadores do setor privado, dos servidores públicos e professores. O guia online traz, também, uma calculadora que cruza dados de tempo de contribuição e valor da aposentadoria a receber. O Correio Braziliense trouxe em destaque na primeira página da edição de hoje, os principais pontos da reforma. A Folha de S. Paulo ouviu as lideranças da Câmara, suas críticas, análises e sugestões ao projeto do governo. Para o jornal O Estado de S. Paulo, esta é “a mais ambiciosa das reformas”. Para a versão online do jornal, o Estadão preparou uma matéria sobre a proposta do governo e seus desafios políticos – no blog Estadão Podcasts.

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