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Conta de luz: custo extra de R$ 4,5 bilhões por ano pode impactar tarifa por três décadas – Edição da Manhã

Reportagem publicada na edição desta quinta-feira (15/09) do jornal O Globo destaca que a Medida Provisória (MP) 1118/2022, aprovada pela Câmara Federal no fim de agosto, que prorroga o subsídio às fontes incentivadas, como energia eólica e solar, pode gerar um custo extra de ao menos R$ 4,5 bilhões ao ano, ao longo de três décadas, impactando a conta de luz dos brasileiros. A reportagem ressalta, ainda, que os consumidores das regiões Norte e Nordeste seriam os mais afetados.

Esses subsídios foram criados no passado para incentivar a expansão da matriz energética renovável do Brasil, quando os equipamentos eram caros, a tecnologia nova e havia pouco investimento no setor. Hoje, a energia eólica já representa 12,3% da capacidade de geração instalada no país, e a solar, 3%. Já aprovado na Câmara e criticado por especialistas, o texto precisa ser votado no Senado até o fim deste mês para entrar em vigor.

“Mais dois anos de subsídio significarão, pelo menos, um adicional de R$ 4,5 bilhões, por ano, que ficarão nas tarifas por 30 anos, dado esse ser o período das outorgas beneficiadas pelas alterações”, afirma a Aneel.

A agência afirma que já há uma grande quantidade de geração renovável contratada para os próximos anos. Já existem em outorgas aprovadas 81 gigawatts (GW) de energia solar, eólica e pequenas centrais hidrelétricas, que ainda não entraram em operação comercial, e outros 160 GW de pedidos de outorga em análise, distribuídos em milhares de projetos, um sinal de que existe interesse do setor privado pelas fontes.

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“As outorgas aprovadas e as em análise representam, respectivamente, 43% e 86% da potência instalada atual do país, o que significa que a oferta com direito a desconto será suficiente para atender o crescimento da demanda do país por décadas e, portanto, a única restrição ao crescimento dos subsídios seria o limite temporal”, esclarece a Aneel.

Braskem entra em comercialização de energia e gás natural

O Valor Econômico informa que a Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, segregou suas operações de compra e gestão de energia em uma empresa independente, a Voqen. A nova comercializadora vai atender tanto à petroquímica quanto a outros clientes, sobretudo do setor químico e petroquímico, com foco em novos modelos de comercialização de gás e energia e na entrega de soluções de energia renovável que acelerem a transição energética.

A reportagem explica que a Vogen nasce 100% controlada pela Braskem e possui carteira relevante, de mais de R$ 3 bilhões por ano em contratos de energia elétrica e gás natural sob gestão. A nova empresa vai atuar em um mercado disputado por grandes companhias do setor elétrico e empresas independentes. A carteira potencial de clientes da Voqen, em teoria, equivale à carteira de clientes da própria petroquímica. Esses primeiros contratos geridos pela Voqen abrangem cerca de 750 megawatts (MW) médios e 2,5 milhões de metros cúbicos diários de gás, consumidos pelas operações da petroquímica no Brasil.

Segundo o diretor de energia da Braskem, Gustavo Checcucci, a proposta da nova empresa é ir além da comercialização de energia. “Sempre fomos procurados por nossos clientes, de forma natural, para auxiliá-los com soluções em gestão de energia. Agora, vamos ser mais ativos nesse processo”, disse o executivo ao Valor.

Tereos Brasil começa a produzir energia a partir do biogás obtido de resíduos de cana

Na busca por energias renováveis, o grupo francês Tereos, terceiro maior produtor de açúcar no Brasil, está iniciando a produção de energia por meio da utilização do biogás. A Tereos Açúcar & Energia Brasil colocou em operação sua primeira usina de biogás no país, que utiliza como matéria-prima a vinhaça, resíduo da destilação do etanol. A usina está localizada na unidade de Cruz Alta, em Olímpia, a 420 quilômetros de São Paulo. (O Globo)

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Estado de S. Paulo traz como destaque da edição desta quinta-feira (15/09), uma análise das propostas tributárias dos candidatos à presidência da República., feita pelo movimento suprapartidário “Pra Ser Justo”. Analistas mapearam os programas de governo e as falas dos quatro presidenciáveis mais bem pontuados nas pesquisas sob a ótica de uma reforma tributária sobre o consumo e avaliou que Simone Tebet (MDB) é quem traz a proposta mais completa e justa para os mais pobres, seguida de Ciro Gomes (PDT) e, depois, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A de Jair Bolsonaro (PL) é considerada pelo estudo a mais injusta.

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Reportagens dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo trazem informações a respeito do ataque do deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos-SP) à jornalista Vera Magalhães após debate com candidatos ao governo de São Paulo, realizado na noite de terça-feira (13/09). As hostilidades levaram aliados de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de Jair Bolsonaro (PL) a atuarem para conter danos devido ao temor de efeitos eleitorais adversos.

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O Valor Econômico informa que as cooperativas de crédito desembolsaram R$ 15,5 bilhões em financiamento rural nas linhas do Plano Safra 2022/23 nos dois primeiros meses da temporada, alta de 11% em relação ao bimestre inicial do ciclo passado, e superaram os empréstimos dos bancos privados aos agricultores via sistema financeiro – sem contabilizar emissões de títulos do agronegócio. Ficaram, assim, atrás apenas de instituições públicas, lideradas, ainda com folga, pelo Banco do Brasil.