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Contratos legados são a principal barreira à ampliação do mercado livre – Edição da Manhã

Os contratos legados das distribuidoras persistem como o principal empecilho para o processo de abertura do mercado livre. Apesar da esperada abertura para o setor de baixa tensão a partir de 2024, há ainda uma indefinição técnica sobre como será a medição e o modelo de faturamento, afirmou ontem (20/10) o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, no evento online Brazil Energy Frontiers 2021, promovido pelo Instituto Acende Brasil.

Hoje, cerca de 35% do mercado de energia já é livre e existem cerca de 180 mil potenciais consumidores livres de um universo de 87 milhões. A ampliação para a baixa tensão pode aumentar muito a migração para o ambiente de contratação livre (ACL). Segundo Feitosa, a financiabilidade de parques de geração no ACL está bem encaminhada. O diretor da Aneel afirmou ainda que as distribuidoras têm ficado cada vez mais sobrecontratadas e as empresas têm a obrigação de gerenciar o seu portfólio de contratos. (Canal Energia)

Repotencialização de hidrelétricas pode contribuir para segurança do sistema

A repotencialização e obras de melhorias em algumas hidrelétricas existentes no Brasil entram novamente em debate como uma alternativa de baixo custo para incrementar energia nova e dar mais confiabilidade ao sistema elétrico. O tema foi tratado ontem (20/10) durante o evento online Brazil Energy Frontiers 2021, promovido pelo Instituto Acende Brasil.

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Atualmente, o país tem um parque hídrico com mais de 110 gigawatts entre UHEs e PCHs muitas delas com idade superior a cinco décadas. E mesmo com o avanço da geração a partir das fontes eólica e solar, os ativos hídricos continuarão por bastante tempo a ter participação relevante na matriz elétrica brasileira, o que exigirá melhor aproveitamento e flexibilidade do parque gerador disponível.

O presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Rui Altieri, sempre foi um defensor desta ideia. Segundo ele, “a repotenciação de hidrelétricas pode dar uma contribuição fundamental”.

Todavia, neste novo papel que as hidrelétricas terão no sistema, o diretor de Estudos de Energia Elétrica da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), Erik Rego, lembra que muitos contratos de concessão vencem nesta década e isso pode não ser atrativo para o investidor. (Canal Energia)

Programa de corte voluntário de energia vive aprendizado, afirma ONS 

O diretor de planejamento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Alexandre Zucarato, afirmou que os primeiros meses do programa de Resposta Voluntária da Demanda (RVD) têm funcionado como uma “prova de conceito”. De acordo com o dirigente, em setembro o programa começou contando com a participação de seis agentes, totalizando cerca de 100 megawatts (MW) e que, na virada para outubro, “quase 30 agentes” estavam envolvidos na iniciativa, num total de 600 MW.

“Foi período de aprendizado e engajamento. Não é um programa definitivo de resposta da demanda. Foi uma solução que a urgência (crise hídrica vivida pelo país) exigia… Uma solução estrutural passa a partir desse exercício, de colher os aprendizados e incorporá-los numa regulamentação permanente”, afirmou o diretor do ONS, durante participação em evento online da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O programa de resposta à demanda é solução de adesão voluntária que permite que grandes consumidores que estão no mercado livre desloquem seu consumo do horário de maior demanda em troca de uma bonificação.

O presidente da Associação Brasileira dos Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Pedrosa, cobrou mais previsibilidade da inciativa. “Recentemente o ONS parou de despachar a redução da demanda, inclusive no momento em que muita gente já tinha feito bid (oferta), já tinha programado a sua operação para a semana seguinte. Isso deu um drible nos consumidores, muitos tiveram prejuízo na sua produção, porque tinham programado a resposta da demanda e interrompeu processo de aprendizado”, disse Pedrosa. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

Depois de abrir 2º maior parque solar do país, Essentia mira energia limpa para triplicar de tamanho

A Essentia Energia, empresa de geração e comercialização de fontes renováveis do Pátria Investimentos, pretende triplicar de tamanho nos próximos cinco anos sobretudo com projetos eólicos e solares. Isso significa investir cerca de R$ 10 bilhões e alcançar pelo menos 3 mil megawatts (MW) de capacidade instalada no Brasil, diz Marcelo Souza, sócio do Pátria e presidente do conselho de administração da Essentia.

Criada em 2019, a empresa acaba de inaugurar seu primeiro projeto solar, com capacidade de 475 MWp (megawatt pico – uma medida para energia solar). O complexo Sol do Sertão está localizado a 485 km de Salvador, capital do estado, na cidade de Oliveira do Brejinho, e tem potencial para atender cerca de 580 mil residências.

Trata-se do segundo maior parque solar do país (o primeiro é da italiana Enel, no Piauí), diz o presidente da Essentia, Leonardo Serpa. Ele conta que, além do parque solar que custou R$ 1,4 bilhão, a empresa desenvolve o projeto eólico Ventos de São Vitor, de 465 MW, em Xique-Xique, na Bahia. Nesse caso, o total de investimentos é de R$ 2,4 bilhões. O empreendimento só deve ser concluído no fim de 2022.

Outros projetos devem sair do papel nos próximos anos para que a empresa alcance a meta de triplicar de tamanho. Souza diz que a Essentia já está desenvolvendo novos empreendimentos para lançamento. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Preço do PVC dispara com crise de energia e demanda aquecida

O Valor Econômico informa que uma das resinas termoplásticas mais utilizadas no mundo, o PVC atingiu preços recorde nas últimas semanas em diferentes regiões, incluindo o Brasil, e não há perspectiva de inflexão dessa curva tão cedo.

Desde o pior momento para a resina após a pandemia de covid-19, os preços no mercado brasileiro praticamente triplicaram, chegando a US$ 2 mil a tonelada importada no início desta semana. Demanda aquecida, gás e custos logísticos nas alturas e crise energética na China, combinados a paradas não programadas em fábricas nos Estados Unidos e na Europa, dão suporte à alta das cotações no mundo. No Brasil, Braskem e Unipar são produtoras de PVC.

PANORAMA DA MÍDIA

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem (20/10) que o governo deve pedir autorização ao Congresso para usar R$ 30 bilhões, fora do teto de gastos, e garantir benefício de R$ 400 no Auxílio Brasil, programa previsto para substituir o Bolsa Família. O ministro disse, ainda, que outra opção seria antecipar a revisão da regra, prevista para 2026, para a “sincronização” entre os índices que corrigem o teto para o ano seguinte, o IPCA, e as despesas com Previdência, seguro-desemprego e abono, o INPC. A medida ampliaria a folga que poderia ser usada no auxílio. (Valor Econômico)

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Os pobres pagarão a conta – e será pesada – se o presidente Bolsonaro levar adiante sua nova jogada populista, agravar a crise fiscal e produzir mais inflação. Bandeira de sua campanha eleitoral permanente, o programa Auxílio Brasil, versão turbinada do Bolsa Família, é mais um risco para a saúde já muito precária das finanças oficiais. Sem cuidar de como cobrir os gastos e de como conter a dívida pública, ele determinou a elevação da ajuda para R$ 400 e sua extensão a mais beneficiários. Desses R$ 400, R$ 100 deverão ficar fora das normas fiscais. O resultado será mais uma violação do teto de gastos, disfarçada, se possível, por mais uma exceção à regra constitucional.

Os gastos sociais seriam financiáveis se fossem cortadas outras despesas, como as escandalosas emendas parlamentares abençoadas pelo presidente, mas nenhuma solução desse tipo foi decidida. Numa longa reunião, a equipe econômica mostrou os efeitos do aumento improvisado e voluntarista do Bolsa Família. (editorial / O Estado de S. Paulo)

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O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, ainda apresenta pontos criticados por membros do grupo majoritário. Por isso, o texto deve passar por mudanças até a votação. Uma das questões a ser resolvida ainda envolve a crise de Manaus, que os senadores do Amazonas julgam ter recebido pouca atenção no documento, além de não responsabilizar nenhum agente local. O relatório final deve propor também novos indiciamentos, segundo senadores do grupo majoritário. (Folha de S. Paulo)

O relatório pede o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por nove crimes na gestão da pandemia de covid-19. (O Globo)

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