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COP 28: Acordo de Dubai é aprovado e menciona de modo vago o abandono de combustíveis fósseis – Edição do Dia

A nova versão do texto do acordo do Balanço Global acaba de ser aprovada em Dubai (onde se encerra hoje (13/12) a COP 28 – a conferência do clima da Organização das Nações Unidas). É mais forte em relação à eliminação dos combustíveis fósseis do que o primeiro texto que circulou há alguns dias.

Não diz claramente que os países desenvolvidos devem liderar o processo nem usa o termo “phase out” – abandono dos combustíveis fósseis – mas adota expressões equivalentes. O texto foi à plenária para avaliação dos governos e colocado pelo presidente da COP 28, Sultan Al Jaber, como primeiro tópico a ser avaliado. Não houve objeção e foi aprovado.

Dubai é a primeira conferência a citar uma rota de saída para os combustíveis fósseis. “É um pacote histórico”, disse Jaber. “Muitos disseram que não poderia ser feito, mas foi aprovado por consenso.”

O artigo crítico é o de número 28, que fala da transição energética e em manter vivo o compromisso de manter o aumento da temperatura em 1.5 °C, como diz o Acordo de Paris e meta do Brasil para a COP 30, em Belém, em 2025. (Valor Econômico)

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Preço da energia elétrica subiu 1% em novembro e acumulou alta de 8,94% em 2023, aponta IBGE

Com reajustes em quatro áreas do país, o preço da energia elétrica residencial passou de uma queda de 0,58% em outubro para uma alta de 1,07% em novembro. Com isso, o item já acumula alta de 8,94% em 2023, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação é bem superior à do IPCA (índice nacional de preços ao consumidor amplo), que foi de 0,28% e 4,68%, respectivamente, conforme ressalta o Valor Econômico.

Segundo o IBGE, houve reajustes em quatro dos 16 locais acompanhados pelo instituto para calcular a inflação: São Paulo, Goiânia, Brasília e Porto Alegre. Em São Paulo, o reajuste em uma das concessionárias foi de 6,79%, o que provocou alta de 2,80% do preço de energia no local a partir de 23 de outubro. As demais altas de preços foram em Goiânia (6,13%), Brasília (4,02%) e Porto Alegre (0,91%).

Eletrobras fecha na Justiça acordo de R$ 1,2 bi com a Petrobras

O Valor Econômico informa que a Eletrobras e a Petrobras chegaram a um acordo na Justiça que dá fim a uma disputa ligada a uma lei aprovada no governo de João Goulart. A empresa de energia elétrica pagará R$ 1,2 bilhão à estatal de petróleo por juros e correção monetária de um empréstimo compulsório que o governo criou nos anos 1960 para financiar a expansão do sistema elétrico nacional.

Diesel russo continua em alta mesmo após reajuste da Petrobras, diz S&P

A Agência EPBR informa que a importação de diesel russo continua forte no Brasil e deve permanecer em alta em 2024, segundo levantamento da consultoria S&P Global, mesmo com o reajuste anunciado pela Petrobras na última semana. De acordo com a consultoria, o país importou 10,5 milhões de barris de diesel em novembro, dos quais 7,7 milhões, o equivalente a 73%, da Rússia.

Na primeira semana de dezembro, foram 2,2 milhões de barris de diesel importados, dos quais 1,6 milhão provenientes do mercado russo — já há contratos fechados para entrega em janeiro. O valor do diesel brasileiro está próximo do produzido no Golfo do México, nos EUA, mas ainda está mais caro que o russo.

Mercado de curto prazo do setor elétrico movimentou R$ 799,5 milhões em outubro

O mercado de curto prazo (MCP) do setor elétrico brasileiro liquidou R$ 799,5 milhões em outubro de 2023, do total de R$ 1,89 bilhão contabilizado. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pelas operações, registrou R$ 1 bilhão ainda represado por conta de liminares contra o pagamento do risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês) no ambiente de contratação livre. (Fonte: CCEE)

Plano de Milei desvaloriza peso, reduz subsídios, inclusive de energia, e diminui repasses a províncias na Argentina

O governo de Javier Milei, por meio de seu ministro da Economia, Luis Caputo, anunciou ontem (12/12), o seu aguardado pacote econômico de ajuste que visa tirar a Argentina da crise. Entre as medidas estão a redução de subsídios e repasses nacionais às províncias, forte desvalorização da moeda para 800 pesos a cada um dólar e a manutenção de auxílios sociais.

O dólar oficial, que no governo Alberto Fernández era vendido acima 400 pesos, dobrou de preço, mas ainda está abaixo do que é cobrado no mercado paralelo. Os subsídios de transporte e energia sofrerão uma redução, mas não ficou claro se serão imediatos.

Na semana passada o jornal local Clarín, adiantou que a retirada seria feita gradualmente até abril. Além disso, obras públicas serão congeladas. Contratações comissionadas na máquina pública serão suspensas. Também haverá mudança nos sistemas de importação e retenção de parte das exportações, em um cenário em que o país tenta conter a fuga de dólares. (O Estado de S. Paulo) 

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: O megaleilão de transmissão de energia, marcado para sexta-feira, será o maior já realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com previsão de R$ 21,7 bilhões em investimentos no período de 60 a 72 meses. As expectativas no setor são de baixa concorrência e descontos menores, diferentemente dos últimos certames. A disputa deve ficar concentrada em empresas com robustez financeira e capacidade tecnológica.

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Os jornais O Globo e O Estado de S. Paulo trazem como principal destaque as primeiras iniciativas do novo presidente da Argentina, Javier Milei: desvalorização do peso e cortes de subsídios.

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A Folha de S. Paulo traz como principal destaque uma entrevista com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirma que as queixas e denúncias de abusos de poder vindas de presos e réus do 8 de janeiro e de seus parentes e advogados, bem como de parlamentares, são do jogo democrático, mas parte delas soa incoerente com o que sempre pregaram seus críticos. Moraes defende sua atuação como relator das ações penais do 8/1 e diz que seu trabalho tem sido referendado pelo plenário do Supremo.